No dia seguinte, acordei juntinha do meu noivo. É tão bom sentir a tranquilidade da nossa relação atualmente. Estamos mais unidos, mais maduros e conseguimos conversar sobre tantas coisas e não arengar tanto.
Agora estou criando coragem para levantar dessa cama e me arrumar pra ir no sítio com ele. Revisitar aquele chalé é tudo que eu quero.
Rodolffo: dorminhoca... Temos que levantar.
Juliette: piruca eu tô com desejo.
Rodolffo: uai – ele riu de mim. – desejo de quê?
Juliette: eu desejo ser feliz com você por toda vida.
Rodolffo: hum... Cê tá inspirada. Eu quero te fazer feliz Juli, eu vou me esforçar bastante para isso.
Juliette: eu queria tanto apagar o nosso passado.
Rodolffo: nós não precisamos apagar o passado. Deixa só ele lá, no canto dele. Vamos viver o novo e o agora.
Juliette: tu é tão compreensivo. Eu não sei como mereço o teu amor... – falei triste.
Rodolffo: ei, eu sempre gostei de você e nesse tempo inteiro longe, nunca te esqueci. Então claro que cê merece o meu amor. Vamos levantar... O sítio nos espera.
Juliette: só um beijo antes pufavô...
Rodolffo: êh muié manhosa... Nunca vi um trem desses.
Juliette: deixe de arengar... Seu chatinho. Só um...
Eu ganhei meu beijo e levantei. Tomei um banho rápido e vesti uma roupa leve. Eu estava animada, desci para o térreo e Rodolffo deveria estar lá na área da garagem.
Me desloquei até lá e vejo meu lindo noivo sem camisa colocando os músculos para funcionar.
Juliette: fiu fiu... Acho que vi um gatinho.
Rodolffo: eu prefiro cachorro uai...
Juliette: tu quer que eu te chame de cachorro? Ah vá te lascar Rodolffo.
Ele gargalhou alto.
Rodolffo: eu sou cachorro mas cê é minha cachorra trem.
Juliette: é o quê? Homi pelas caridade. É assim que tu vai me chamar a vida inteira? Prefiro o chupa péda mesmo.
Rodolffo: tá bom chupa péda. Vamos? Tá tudo pronto.
Juliette: vamos piruca de nós todos.
Entramos no carro e partimos rumo a estrada. Rodolffo começou a ficar com um semblante preocupado. E eu via ele tentar freiar e aparentemente não conseguia.
Juliette: tá tudo bem Rodolffo?
Rodolffo: Ju... O carro tá sem freio. – ele falou sério.
Juliette: é o quê? – falei assustada.
Rodolffo: o nosso carro está sem freio totalmente. Calma. Vou tentar reduzir aqui pela marcha.
Rodolffo estava calmo mas eu não. Se ele não conseguisse fazer algo para parar o carro estamos bem encrencados, já que estamos numa BR.
Rodolffo: liga para o Mudelo Ju. Preciso falar com ele.
Disquei o número e coloquei no viva-voz, enquanto isso eu ia vendo o marcador de velocidade e estávamos a mais de 100 km/ h e íamos entrar em um trecho super movimentado agora.
Mudelo dava inúmeras instruções e o carro não reagia. Eu estava com medo e Rodolffo fazendo inúmeras ultrapassagem perigosas.
Rodolffo: nada funciona cara e agora?
Mudelo: o jeito vai ser bater o carro.
Rodolffo: cara esse carro tava ótimo. Eu mesmo levei na assistência, e não tô entendendo em como ele está assim. Estamos a mais de 100, se eu bater, cê acha que a gente pode capotar?
Mudelo: escolha algo para ir reduzindo o impacto. Não vai ter outro jeito Rodolffo.
Rodolffo: meu Deus. A Juliette tá preocupada mas vou tentar dá um jeito aqui.
A ligação foi encerrada e eu estava bem aflita mesmo.
Juliette: Rodolffo, não tem outro jeito?
Rodolffo: estou tentando voltar Ju... Quero fazer essa técnica perto de casa. Mas não sei se consigo. Confia em mim? Eu preciso que cê fique calma, tudo bem?
Juliette: meu Deus Rodolffo. Como vou ficar calma?
Rodolffo: confia em mim Ju, por favor.
Ele era habilidoso e num determinado ponto conseguiu fazer um retorno e quando estava próximo do lugar que ele teria que literalmente bater o carro, ele pediu para eu apertar o cinto.
Rodolffo: eu já fiz isso num jipe do meu pai mas nunca numa picape dessas, mas vai dá certo. Aperta bem o cinto e eu vou bater ali perto daquelas variadas árvores, isso vai evitar um capotamento.
Juliette: ai Deus. – falei levando as mãos a cabeça.
Ele foi com o carro e eu fechei os olhos. Só escutei o estrondo, seguida da quebra do vidro do para brisas. O airbag foi acionado, livrando Rodolffo e eu do pior.
Rodolffo desceu primeiro e me ajudou a sair... Pegamos os nossos objetos pessoais e ficamos aguardando o Mudelo que vinha com outro carro, enquanto um guincho foi acionado. Tudo poderia ter terminado pior mas graças a Deus e a Rodolffo conseguimos sair ilesos dessa.
Rodolffo: cê tá bem Ju?
Juliette: sim, estou bem.
Rodolffo: cê ainda quer ir ao sítio? Se quiser vamos no outro carro.
Juliette: não, quero ir pra casa. Eu tô com medo.
Rodolffo: tá bom querida. Vamos pra casa agora mesmo.
Retornamos a casa e eu estava com uma sensação tão estranha. Um mal pressentimento, resolvemos não sair de casa mais naquele dia e ficamos nos curtindo e tentando recuperar do susto.
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Opostos que se atraem
FanfictionOpostos não deveriam se atrair, mas se atraem. Quando isso acontece um turbilhão de emoções surgem e também muitos conflitos internos e externos. É possível vencer tantas diferenças e ter uma relação plena e feliz? Essa é uma história para viajar n...