Capítulo 78: A vida é boa com você

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Senador Canedo, casa de Rodolffo e Juliette.

Peguei meu bebê fofinho no colo e sai com ele do quarto. Tínhamos voltado de Florianópolis e depois de todo o susto, nossa paz foi recuperada.

Paulo foi preso e agora ficará muito tempo preso. Ele já praticou inúmeros crimes então chegou a hora dele pagar.

Gabriel estava bem calminho e eu saí para dá uma volta com ele em meio as plantas que habitam próximo a nossa casa. Levei ele para ver os passarinhos e Bob também nos acompanhava no passeio. Em um dado momento, sentamos os três na grama e ficamos a olhar o horizonte.

Rodolffo: meu menino. Sua mamãe tá grávida. Eu sei que cê não entende e que vai demorar um tempinho pra entender, mas eu tô feliz demais.

Gabriel dava pequenos gritinhos enquanto olhava um beija flor que no rodeava. Ele é um bebê apaixonado na natureza.

Rodolffo: seremos quatro meu filho e só sua mãe para me dá uma alegria tão verdadeira. Acredito que tudo sempre foi tão intenso com ela, do riso ao choro, que era Deus arquitetando tudo para nós. Nem sempre os caminhos são retos, mas eles saem certos como tem que ser. Na hora certa tudo aconteceu. Imagina se eu não tivesse embarcado naquele navio, eu tinha perdido ocê, bebê. Eu tinha perdido a sua mãe.

Gabriel esticou os bracinhos e eu o coloquei no colo. Meu pequeno milagre de Deus. Lhe dei muitos beijinhos carinhosos e ele amava ser mimado. Imagino que será bom ter um irmão logo se não ele acostuma e vai ter muito ciúmes depois.

Rodolffo: Bob, meu amigão. Que bom ter ocê aqui com a gente. Cê mora aqui - falei apontando para o peito. - obrigado por ser muito mais que um animal de estimação. Cê é também parte dessa família, da minha família. - ele deu um grunhido.

...

Levantei e busquei Rodolffo e Gabriel pela casa e eles não estavam em parte alguma.

Juliette: mainha a senhora viu meus meninos?

Fátima: estão lá fora, passeando. E você como está Juliette?

Juliette: eu tô tão bem, nem parece o início de gravidez do Gabriel. Eu me sinto ótima mainha. Sem falar que estamos radiantes de felicidade.

Fátima: ôh minha Juliette, minha princesa. Eu tô tão feliz por vocês. Por toda a sua força de vontade e por se doar ao amor.

Juliette: é o maior desejo do meu coração mainha, quero e anseio ser toda amor. Mas me diga o quê acha que eu estou esperando? A senhora acertou o Gabriel. Rodolffo quer uma princesa.

Fátima: acho que é uma princesa também. Sem muito enjôo nos primeiros meses, é uma característica a se analisar.

Juliette: seja o quê Deus quiser mas amor nunca vai faltar.

Fátima: eu sei minha menina.

Abracei mainha e lhe disse:

Juliette: mainha obrigada por sempre me ensinar a amar, a perdoar, a ser verdadeira e a nunca desistir dos meus sonhos. Obrigada por ser minha força. Eu te amo muito.

Fátima: também te amo Juliette. - depositou um beijo em minha testa.

...

Estava distraído olhando as coisas com o Gabriel quando sinto duas mãos tamparem o meu rosto.

Juliette: advinha quem é?

Rodolffo: a mulher da minha vida.

Juliette: hum tu tá romântico. - depositei um beijo em seu pescoço. - e cheiroso.

Rodolffo: senta aqui com a gente Ju. - ele afastou para que eu sentasse.

Gabriel não pôde me ver que já veio até mim querendo seu precioso tetê. O peguei nos braços e lhe dei bastante cheiro enquanto ele mamava seu precioso alimento.

Juliette: quem é o menino lindo de mamãe? Quem é? - Gabriel sorria. - mamãe te ama meu dengo.

Rodolffo me deu um beijo na testa e enquanto eu amamentava ele alisava meus cabelos.

Juliette: te amo piruca. - eu lhe disse sorrindo.

Rodolffo: te amo minha peixinha chupa péda.

Juliette: eu sou muito feliz com vocês.

Rodolffo: eu também não me vejo sem vocês. Agora somos cinco Juli.

Juliette: oxe... E tu tá querendo dizer que vou ter gêmeos? - falei arregalando os olhos.

Rodolffo: amor... Nós, sua mãe e as crianças. Por isso somos cinco. Calma muié. Né gêmeos não. Bem, eu acho que não. Na sua família tem casos de gêmeos.

Juliette: já teve mas não é comum. Porém isso não tem muito a ver. Se tiver de vir, vem.

Rodolffo: mas vai ser só um.

Juliette: por um lado, eu ia amar ter gêmeos. Assim, eu fechava a fábrica.

Rodolffo: a gente pode fechar com dois uai...

Juliette: eu quero três. Apesar que se todos forem lindos que nem esse bebê, dá vontade de ter dez.

Rodolffo: calma muié, dez já é demais. Dois ou três tá bom demais.

Juliette: tá bom piruca. Nosso sapequinha dormiu no peito. Vamos entrar?

Rodolffo: vamos.

De mãos dadas, com o Gabriel no colo e o Bob do lado, voltamos a nossa casa e vivemos nossa vida comum, sem holofotes ou mídia, apenas dando e recebendo amor. A vida boa sempre é vivida ao lado daqueles que amamos.



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