Capítulo 48: Atenção!

431 41 7
                                    

Casa de campo, Anápolis.

Estava com a Juliette e ela acabou pegando no sono e eu fiquei só fazendo cafuné nela e a admirando.
Sou retirado do meu estado de encantamento com meu telefone tocando. Era o meu pai e eu atendo o telefone.

Ligação em andamento...

Rodolffo: oi pai. Tudo bem?

Juarez: filho, cê tá onde com a Juliette?

Rodolffo: estou em Anápolis.

Juarez: na chácara?

Rodolffo: isso mesmo, eu vim mostrar a propriedade pra Ju.

Juarez: e não levou ninguém com vocês?

Rodolffo: não pai. Tá tudo tranquilo.

Juarez: Rodolffo, não vacile. Lembre-se das vezes que você foi seguido.

Notei que Juliette tinha acordado e estava ouvindo a conversa.

Rodolffo: mas não aconteceu dessa vez pai, tá tudo bem. Estamos voltando daqui a pouco.

Juarez: tá bom. Venham com Deus.

Rodolffo: tá pai, tchau.

Desliguei a chamada e Juliette já estava parada, sentada na cama, olhando pra mim.

Juliette: como assim tu anda sendo seguido Rodolffo?

Rodolffo: Ju, isso não anda mais acontecendo.

Juliette: e quando estava acontecendo? Por que tu me escondeu isso Rodolffo?

Rodolffo: calma Juliette. Eu sei me cuidar, não tem porque cê ficar alterada.

Juliette se levantou da cama e eu sabia que ela estava brava.

Juliette: quem pode estar te seguindo? Diga Rodolffo?

Rodolffo: eu não sei Juliette. Eu sei que por vezes vi um carro preto insistentemente me seguindo mas nunca vi quem estava dentro.

Juliette: é o Paulo. É ele Rodolffo.

Rodolffo: calma... Eu não posso acusar o cara sem provas.

Juliette: Rodolffo, quando ele souber do nosso casamento... Meu Deus. – ela sentou-se e levou as mãos ao rosto. – ele vai ficar indignado.

Rodolffo: eu reforcei a segurança Ju. Não vai acontecer nada, mesmo que ele queira.

Juliette: foi tu que reforçou a minha segurança? – ela perguntou me encarando.

Rodolffo: sim, fui eu. – disse sincero. – eu só pensei no seu melhor Ju e não quis te preocupar.

Juliette: Rodolffo tu quer casar mesmo comigo?

Rodolffo: é tudo o quê mais quero Juliette.

Juliette: e como pretende fazer isso dá certo se tu me esconde as coisas. Rodolffo se isso estava acontecendo, eu tinha o direito de saber. Eu não te escondo nada e não admito que tu tenha segredos comigo.

Rodolffo: Juliette, eu não posso provar nada contra ninguém. Pode ser fãs, pode ser outra pessoa...

Juliette: ou a peste do Paulo. Aquele infeliz não vai nos deixar em paz.

Rodolffo: Ju, eu não te contei para não te ver assim triste e preocupada. Cê tá grávida, tenta se acalmar. Tá tudo sob controle.

Juliette: como vou ficar em paz com você pelas estradas todo fim de semana? – ela falou indo em busca da janela de vidro. – como vou ter certeza que tu vai voltar pra mim se além dos perigos que você já enfrenta ainda tem alguém te perseguindo? Me fale Rodolffo.

Levantei da cama e fui até Juliette, a abraçando por trás.

Rodolffo: eu vou voltar procê e pra nossa família, eu te prometo.

Juliette: não prometa o quê tu não sabe se vai conseguir cumprir. Eu não posso te perder, entende? – falou virando para mim.

Rodolffo: cê não vai me perder. Eu tô aqui todim para viver o resto da vida do teu lado. – falei acariciando seu rosto e tentando limpar as lágrimas que lavavam sua linda pele. – Juliette não chore, por favor, se não por você ou por mim mas pelo bebê, lembra que agora aqui mora o nosso frutinho.

Juliette me olhava e quanto mais eu falava mais ela chorava.

Juliette: eu quero criar o nosso bebê do seu lado. – ela falou levando as mãos ao ventre.

Rodolffo: vamos criar Ju, Deus vai nos abençoar com isso.

Juliette: eu te amo Rodolffo, aconteça o quê acontecer, eu só quero que tu saiba disso.

Rodolffo: eu também te amo Juliette. E se algum dia eu neguei isso foi porque eu queria me blindar mas você sempre me desarmou e com esse seu jeito simples e ao mesmo tempo tão intenso, me conquistou completamente, não tive como escapar.

Juliette: eu nunca deveria ter feito o quê fiz no passado... – a interrompi.

Rodolffo: esqueçamos o passado, não é possível fazer nada a respeito para mudá-lo. Vamos construir o nosso presente e o nosso futuro, e ao seu lado a caminhada é mais bonita, o caminho é mais suave e a prosperidade é constante. Depois de amanhã diremos sim, e seremos uma família.

Juliette: tu é a pessoa mais incrível que eu poderia escolher para ser pai do meu bebê, nunca me cansarei de agradecer a Deus por me dá uma nova oportunidade e por mais uma vez ter o teu amor e ser a escolhida.

Nos abraçamos e ficamos ali por um tempo, até que resolvemos nos banhar, em seguida nos arrumar e seguir de volta a Goiânia.

A nossa viagem de volta foi tranquila e sem nada de anormal mas eu via no semblante de Juliette que ela ainda estava tensa.

Ela foi o caminho inteiro calada e olhando a paisagem e tinha uma mão sobre sua barriga.

Não dá pra acreditar que ela está quase de dois meses e só vinhemos descobrir agora. Por isso ela está tão bonita e iluminada. Resolvo dá uma pausa no nosso silêncio.

Rodolffo: daqui uns dias traremos todos aqui. Acredito que sua mãe vai gostar muito.

Juliette: ah com certeza irá. – ela disse olhando para o horizonte.

Rodolffo: eu tô te achando especialmente linda ultimamente.

Juliette: cuidado visse... Tu tem que olhar pra estrada...- ela disse já arengando.

Rodolffo: um olho na estrada e outro nocê. Dê um sorriso Ju, hoje é um dia tão feliz. Nenhuma palavra que eu disser hoje vai representar o quê eu tô sentindo.

Juliette: eu estou feliz mas ao mesmo tempo eu tenho medo. Eu luto contra esse medo... Acredita em mim?

Rodolffo: sim... Eu acredito. Mas fica tranquila, tudo vai ficar bem. Enfim, estamos em casa. – falei desligando o carro e destravando as portas.

Fui ajudar a Ju descer e logo minha sogra vem ao nosso encontro em busca de novidades.

Juliette me pediu para não revelarmos agora a gravidez e por hora será assim, vamos manter entre nós essa novidade.












Opostos que se atraem Onde histórias criam vida. Descubra agora