Horas depois...
No Rio de janeiro, casa de Juliette.
Cheguei em casa e mainha e Preto tinham ido passear um pouco.
Estou me sentindo bem cansada, meu pé ainda dói mas nada que me impeça de fazer as coisas. Me deito na minha cama e me pego a pensar na minha estádia no navio e em tudo que vivi ao lado do homem que verdadeiramente amo, o quanto eu me sinto mais autêntica ao seu lado e o quanto sou feliz nos seus braços.
Me perco nessas lembranças até que meu telefone toca.Juliette: ué... Quem é?
Número desconhecido na tela.
Juliette: alô... Quem é?
Desconhecido: voltou vagabunda? Eu pensei que ia ficar o resto da vida naquele navio.
Juliette: quem está falando? – digo irritada.
Desconhecido: aqui quem está falando é um corno. Mas eu liguei só pra te avisar que se você não fica comigo, com ele você também não fica.
Juliette: Paulo é você? – perguntei assustada.
Eu esperei uma resposta mas simplesmente desligaram na minha cara.
Fico preocupada e resolvo tentar ligar para o Rodolffo. Verifico o seu contato que nunca perdi e dou início a chamada.
Discando...
Ele ainda não deve ter chegado. Resolvo desligar e aguardar um pouco mais. Mas logo em seguida ele me liga.
Chamada em andamento.Juliette: Rodolffo...
Rodolffo: oi Ju. Como cê tá?
Juliette: eu tô bem... Já estou em casa e tu?
Rodolffo: eu já cheguei em Goiânia e estou na correria. Tenho que decolar daqui a pouco. Desculpa não ter dado notícias antes é que as coisas vem tumultuada desde que sai do navio.
Juliette: e o quê tá havendo?
Rodolffo: eu posso te ligar mais tarde? Preciso te falar um trem que tá acontecendo.
Juliette: tu parece preocupado. É algo grave?
Rodolffo: não. Mas é importante. Eu não quero esconder isso e cê precisa saber o quanto antes. Agora eu tenho que desligar. Um beijo chupa péda.
Juliette: um xêro. Te amo piruca.
Rodolffo desligou a chamada e o meu coração que já tinha ficado apertado com esse trote agora ficou mais ainda. Eu não quero perder ele de novo.
...
Enquanto isso em Senador Canedo...
Cheguei em casa e tinha acontecido um problema aqui na encanação da parte externa da casa. Fui dá umas orientações ao pessoal ali e estou aqui arrumando e desarrumando mala.
Minha cabeça não para um segundo.Eu não consigo viver alheio a possibilidade de uma mulher dizer que espera um filho meu. Me desnorteia o fato de eu achar que ela está mentindo. É tão desconfortável olhar pra ela e dizer que sei que não é meu porque é a verdade. Não tem possibilidade de eu tê-la engravidado.
Desde que fiquei solteiro de novo, sempre fui cuidadoso ao máximo nas minhas relações. Sempre, sem exceções, me previno adequadamente para não fazer filho e principalmente para cuidar da minha saúde. Já tive muitos relacionamentos mas graças a Deus nunca me apareceu mulher alguma dizendo que estava grávida de mim. Eu já cogitei há um tempo atrás fazer uma vasectomia mas resolvi mudar de ideia porque como meus cuidados são constantes e eu sei que a camisinha é um método bem eficaz, sei que não faria tanta diferença. Foi uma época em que eu não queria mais a paternidade mas agora me reencontrando com a Juliette e reacendendo a chama do nosso amor, eu quero sim ser pai mas de um filho dela.
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Opostos que se atraem
FanfictionOpostos não deveriam se atrair, mas se atraem. Quando isso acontece um turbilhão de emoções surgem e também muitos conflitos internos e externos. É possível vencer tantas diferenças e ter uma relação plena e feliz? Essa é uma história para viajar n...