Capítulo 34: Oficialmente nós.

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A estadia que eu faria na casa de Rodolffo seria apenas de dois dias que se tornaram quatro e eu fui embora com muita tristeza.

Juntos curtimos muito a companhia um do outro, sorrimos, cozinhamos e brincamos. Sem medo do disse me disse eu tirei uma foto linda do pôr do sol que se fazia na última tarde que estive ali, muitos fãs reconheceram a vista e concluíram que eu estava na casa dele. A repercussão foi tanta que saiu nos principais sites de fofoca do país mas nós optamos por não nos declararmos ainda, foi um comum acordo e tudo certo. Seguimos como estamos, não escondidos como antes mas sem dizer ao certo o status da nossa relação. Buscar a nossa felicidade era o ideal.

Um mês depois...

Final do mês de junho de 2025.

Era época de São João e nós tínhamos show na minha terra Campina Grande e também na região circo vizinha.
Aproveitamos para curtimos juntos um pouco as festas desse período que tanto amamos. Estávamos felizes e dançantes, não importava se estavam nos fotografando ou não, pela primeira vez na vida eu nem ligava para isso e Rodolffo também não.
Juliette: tu tá tão bonito hoje, que eu tô com vontade de te agarrar aqui mesmo nesse camarote.

Rodolffo: e eu digo o quê procê que está pra lá de bonita nesse modelito aí? Eu vou nem falar o quê tô com vontade de fazer com você.

Juliette: tu não cansa de ser safado né?

Rodolffo: e cê não cansa de me provocar.

Eu não queria mais nem saber, coloquei meus braços sobre o seu ombro e olhei seu bonito rosto.

Juliette: eu não quero mais esconder a gente. – disse sincera.

Rodolffo: acho que do jeito que a gente tá aqui, tem mais nada escondido não.

Juliette: tem não?

Rodolffo: não.

Rodolffo me deu um beijo apaixonado e eu me aproveitei do momento que era só nosso.

Depois disso continuamos a dançar o nosso forró e não ligamos para os olhares que estavam em nossa direção.

Minhas amigas me falaram que um vídeo do beijo já circulava na web. E os fãs estavam em surtos variados,  tinham aqueles que estavam literalmente passando mal por diversos motivos, uns por que não aceitavam, outros por que já esperavam o momento e outros por motivos que nem ao menos eles conheciam.

As meninas se divertiam lendo a resenha e depois de vários drinks eu só queria curtir a minha noite sozinha com o meu namorado.

Juliette: amor... Vamos embora?

Rodolffo: vamos... Na hora que cê quiser.

Saímos de mãos dadas e fomos logo para a minha van que estava a nossa disposição.

Aproveitei para agarrar Rodolffo no banco traseiro do veículo.

Rodolffo: calma... A gente tá chegando apressadinha.

Juliette: eu não vejo a hora... Eu te quero tanto sabia?

Rodolffo: não mais do que eu quero você.

Nosso trajeto foi breve e ao chegar na casa que eu havia alugado para nós e minha família, o silêncio imperava.

Entramos devagar e sem fazer barulho no nosso quarto. E quando trancamos a porta, imediatamente arrastei Rodolffo até a cama.

Rodolffo: cê tá muito...

Juliette: psiu... Silêncio mocinho. Hoje tu é só meu.

Rodolffo: hum cê tá muito quente hoje. Só deixa eu ir ali na nécessaire  pegar uma camisinha... – ele falou se levantando.

Juliette: tu tem tanto medo assim de me engravidar? – falei me sentindo frustrada.

Rodolffo: ei... O quê é isso? Por que cê tá falando isso?

Juliette: tu sabe porquê... Eu já te falei sobre isso.

Rodolffo: Ju, ainda não é o momento. Nós temos que dá tempo ao tempo. Não é assim que tem que ser.

Juliette: me fala se tu não quiser. Não me engana, por favor. Eu sei que tu sempre foi convicto e a possibilidade daquela moça estar grávida de um filho seu te deixou bem chateado.

Rodolffo: óbvio que sim... Eu te falei sobre isso e te disse que não tinha possibilidade de ser meu Ju. Era um erro.

Juliette: eu quero gerar um bebê nosso, fruto de tudo que sentimos um pelo outro  mas você não quer, eu já entendi. – falei já com vontade de chorar.

Rodolffo: eu quero... Só Deus sabe como eu quero mas não é simples assim. Sua vida vai mudar Ju... Cê vai perder um pouco da sua liberdade quando estiver grávida e eu quero estar com você quando isso acontecer mas não moramos juntos. Juliette eu não quero ser um reprodutor, já te falei sobre isso. Meu desejo é ser pai, ser seu companheiro, te cuidar quando cê precisar por que gravidez cansa e não é simples... Eu quero estar do seu lado, entende? E quando a criança nascer da mesma forma, eu via tudo que o cumpadi passava com as crianças dele e não é tão fácil mas eu quero estar do seu lado.

Juliette: eu entendo. Mas me promete que não tá me iludindo?

Rodolffo: não estou. Sinceramente eu que tenho medo  de você estar me fazendo sonhar e depois cê ir embora...

Juliette: nunca mais diga isso. – falei firme. – eu nunca mais vou embora. Tu não acredita em mim e no meu amor?

Rodolffo: desculpa. Eu acredito sim.

Juliette: então nunca duvide que eu sou sincera e que te amo.

Rodolffo: tá bom... Nem de brincadeira... Eu prometo.

Depois disso nos beijamos e em seguida nos amamos mais uma vez, com carinho, tesão e também ternura. Estar nos braços dele me faz a mulher mais realizada, mais viva e mais desejada do mundo. O verdadeiro amor te desperta o melhor, te dá força para enfrentar tudo.

Quando estamos ao lado da pessoa que nos completa tudo fica mais leve, a conversa flui de forma natural e sem tabus. Não há medo em nós de sermos nós mesmos, não há amarras. O verdadeiro amor não te aprisiona, ele te liberta.

Opostos que se atraem Onde histórias criam vida. Descubra agora