A estadia que eu faria na casa de Rodolffo seria apenas de dois dias que se tornaram quatro e eu fui embora com muita tristeza.
Juntos curtimos muito a companhia um do outro, sorrimos, cozinhamos e brincamos. Sem medo do disse me disse eu tirei uma foto linda do pôr do sol que se fazia na última tarde que estive ali, muitos fãs reconheceram a vista e concluíram que eu estava na casa dele. A repercussão foi tanta que saiu nos principais sites de fofoca do país mas nós optamos por não nos declararmos ainda, foi um comum acordo e tudo certo. Seguimos como estamos, não escondidos como antes mas sem dizer ao certo o status da nossa relação. Buscar a nossa felicidade era o ideal.
Um mês depois...
Final do mês de junho de 2025.
Era época de São João e nós tínhamos show na minha terra Campina Grande e também na região circo vizinha.
Aproveitamos para curtimos juntos um pouco as festas desse período que tanto amamos. Estávamos felizes e dançantes, não importava se estavam nos fotografando ou não, pela primeira vez na vida eu nem ligava para isso e Rodolffo também não.
Juliette: tu tá tão bonito hoje, que eu tô com vontade de te agarrar aqui mesmo nesse camarote.Rodolffo: e eu digo o quê procê que está pra lá de bonita nesse modelito aí? Eu vou nem falar o quê tô com vontade de fazer com você.
Juliette: tu não cansa de ser safado né?
Rodolffo: e cê não cansa de me provocar.
Eu não queria mais nem saber, coloquei meus braços sobre o seu ombro e olhei seu bonito rosto.
Juliette: eu não quero mais esconder a gente. – disse sincera.
Rodolffo: acho que do jeito que a gente tá aqui, tem mais nada escondido não.
Juliette: tem não?Rodolffo: não.
Rodolffo me deu um beijo apaixonado e eu me aproveitei do momento que era só nosso.
Depois disso continuamos a dançar o nosso forró e não ligamos para os olhares que estavam em nossa direção.
Minhas amigas me falaram que um vídeo do beijo já circulava na web. E os fãs estavam em surtos variados, tinham aqueles que estavam literalmente passando mal por diversos motivos, uns por que não aceitavam, outros por que já esperavam o momento e outros por motivos que nem ao menos eles conheciam.
As meninas se divertiam lendo a resenha e depois de vários drinks eu só queria curtir a minha noite sozinha com o meu namorado.
Juliette: amor... Vamos embora?
Rodolffo: vamos... Na hora que cê quiser.
Saímos de mãos dadas e fomos logo para a minha van que estava a nossa disposição.
Aproveitei para agarrar Rodolffo no banco traseiro do veículo.
Rodolffo: calma... A gente tá chegando apressadinha.
Juliette: eu não vejo a hora... Eu te quero tanto sabia?
Rodolffo: não mais do que eu quero você.
Nosso trajeto foi breve e ao chegar na casa que eu havia alugado para nós e minha família, o silêncio imperava.
Entramos devagar e sem fazer barulho no nosso quarto. E quando trancamos a porta, imediatamente arrastei Rodolffo até a cama.Rodolffo: cê tá muito...
Juliette: psiu... Silêncio mocinho. Hoje tu é só meu.
Rodolffo: hum cê tá muito quente hoje. Só deixa eu ir ali na nécessaire pegar uma camisinha... – ele falou se levantando.
Juliette: tu tem tanto medo assim de me engravidar? – falei me sentindo frustrada.
Rodolffo: ei... O quê é isso? Por que cê tá falando isso?
Juliette: tu sabe porquê... Eu já te falei sobre isso.
Rodolffo: Ju, ainda não é o momento. Nós temos que dá tempo ao tempo. Não é assim que tem que ser.
Juliette: me fala se tu não quiser. Não me engana, por favor. Eu sei que tu sempre foi convicto e a possibilidade daquela moça estar grávida de um filho seu te deixou bem chateado.
Rodolffo: óbvio que sim... Eu te falei sobre isso e te disse que não tinha possibilidade de ser meu Ju. Era um erro.
Juliette: eu quero gerar um bebê nosso, fruto de tudo que sentimos um pelo outro mas você não quer, eu já entendi. – falei já com vontade de chorar.
Rodolffo: eu quero... Só Deus sabe como eu quero mas não é simples assim. Sua vida vai mudar Ju... Cê vai perder um pouco da sua liberdade quando estiver grávida e eu quero estar com você quando isso acontecer mas não moramos juntos. Juliette eu não quero ser um reprodutor, já te falei sobre isso. Meu desejo é ser pai, ser seu companheiro, te cuidar quando cê precisar por que gravidez cansa e não é simples... Eu quero estar do seu lado, entende? E quando a criança nascer da mesma forma, eu via tudo que o cumpadi passava com as crianças dele e não é tão fácil mas eu quero estar do seu lado.Juliette: eu entendo. Mas me promete que não tá me iludindo?
Rodolffo: não estou. Sinceramente eu que tenho medo de você estar me fazendo sonhar e depois cê ir embora...
Juliette: nunca mais diga isso. – falei firme. – eu nunca mais vou embora. Tu não acredita em mim e no meu amor?
Rodolffo: desculpa. Eu acredito sim.
Juliette: então nunca duvide que eu sou sincera e que te amo.
Rodolffo: tá bom... Nem de brincadeira... Eu prometo.
Depois disso nos beijamos e em seguida nos amamos mais uma vez, com carinho, tesão e também ternura. Estar nos braços dele me faz a mulher mais realizada, mais viva e mais desejada do mundo. O verdadeiro amor te desperta o melhor, te dá força para enfrentar tudo.
Quando estamos ao lado da pessoa que nos completa tudo fica mais leve, a conversa flui de forma natural e sem tabus. Não há medo em nós de sermos nós mesmos, não há amarras. O verdadeiro amor não te aprisiona, ele te liberta.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Opostos que se atraem
FanfictionOpostos não deveriam se atrair, mas se atraem. Quando isso acontece um turbilhão de emoções surgem e também muitos conflitos internos e externos. É possível vencer tantas diferenças e ter uma relação plena e feliz? Essa é uma história para viajar n...