Opostos que se atraem

Capítulo 74: A angústia

Gabriel estava um pouco agitado hoje e não se acalmava fácil e tinha pequenas crises de choro.

Juliette: meu amor o quê tu tem? Diz pra mamãe. - eu abraçava meu bebê e lhe dava vários beijos mas eu sabia que ele queria o pai.

Gabriel ama o Rodolffo com verdadeira devoção e as vezes sinto que se não fosse o tetê dele, eu seria a excluída do rolê.

Juliette: meu amor, seu papai logo está de volta pra nós. Não fique assim.

Peguei uma camiseta do Rodolffo e peguei para que nosso bebê sentisse o cheiro do seu pai e eu também senti aquela fragrância gostosa do perfume que estava impregnada ali.

Parece que a vida de casados me fez amar mais o Rodolffo. Sempre me disseram que com o casamento tudo ficaria mais frio e distante mas eu amo estar junta dele e se pudesse vivia grudadinha.

Ele é um homem bom e de um coração gigante, ajuda a tantas causas e pessoas que eu nunca fiz ideia, isso faz o meu amor por ele multiplicar. Sua pureza no modo de viver a vida me encantam e seu jeito tranquilo de ver as coisas me deixa impressionada. Ao contrário do que todos pensam, Rodolffo já sofreu na vida e também enfrentou seus perrengues e batalhas mas sempre foi otimista e sonhador. Ele tem esse espírito valente que me conquistou.

Nosso menino tem tanto dele que parece ser sua versão mini, ele é moreninho claro, cabelos pretos e tem a boquinha de coração mais linda da vida.

Juliette: por que tu é tão lindo meu filho? Me diga. Mamãe é apaixonada por você sabia? Tu é o meu presentinho do céu. - falei dando muito cheiro no meu gorduxo.

Sai até o jardim com ele no início da noite só para respirar um ar fresco e percebi que uma chuva se formava no céu.

Juliette: vai chover amor. E seu pai vai ter que enfrentar a chuva na estrada.

Mainha estava em seu quarto deitada e eu acabei por fechar todas as portas da casa, verifiquei se Bob e mel estavam presos em suas casas e tudo certo. Agora vou tentar colocar esse bebê pra dormir.

Outra característica de Gabriel é a paixão aguda por cachorros. Nossa ele fica feliz demais vendo o Bob, a mel e o Marchal, ele só não brinca com eles por que eu não deixo mas Rodolffo coloca o menino em cima do Bob, ele é arteiro e tá ensinando o menino a ser também.

Subi com Gabriel para o quarto dele e fiz todo o ritual de sono que já fazemos desde que ele chegou em casa e principalmente o massagiei para que ele fique tranquilo.

Alimentado, limpo, cheiroso e gostoso de mãe, assim ele adormeceu e não deveria acordar tão cedo para mamar por ele aproveitou bastante e tem noites que ele só acorda uma vez na madrugada, mama e dorme. Fechei seu quartinho e comecei a ouvir fortes trovões lá fora, eu sempre tive medo de tempestades e espero que essa venha mais branda.

Resolvi me arrumar para esperar o meu amor. Hoje eu queria que aproveitassemos a noite com mais tranquilidade e quero matar a saudade que estou dele. Tomei meu banho relaxante, passei um hidratante que eu sei que ele ama, coloquei uma lingerie sexy e fiz uma leve maquiagem, além de aplicar um perfume que eu acho provocante. Meus cabelos estão do jeito que ele ama, ondulados e soltos.

Olhei no relógio e já marcava 22 horas. "Ele deve estar chegando", imaginei. Mas as horas correram e chegou a meia noite e ele não apareceu. Meu íntimo tentava se manter calma mas eu estava em pânico. Ele estava demorando muito.

Resolvi ligar para o meu sogro, Rodolffo me falou que ele também iria.

Chamada em andamento.

Juliette: oi Juarez.

Juarez: oi Ju, tá tudo bem? - ele me respondeu com voz de sono.

Juliette: me dê notícias de Rodolffo.

Juarez: eu não tenho Ju, não fui mais a Brasília. Mas já tentou ligar para ele?

Juliette: já sim. Tem muito tempo. O telefone não chama, nem o do Mudelo, tão pouco o do Israel. Juarez, eu estou em pânico.

Juarez: calma Juliette, não fique assim, não te fará bem. Eu vou tentar descobrir algo. Rodolffo levou o segurança?

Juliette: me falou que iria levar.

Juarez: calma daqui a pouco ele chega.

Ligação encerrada.

Desliguei a chamada e orei a Deus pelo meu marido, eu não posso perdê-lo. Em minutos meu sogro me ligou de novo.

Juliette: e aí Juarez?

Juarez: realmente está muito estranho. E a Laís acabou de ligar para mim, nada do Israel. Juliette terminou tudo lá antes das 9 horas da noite. Nenhum deles vai a nenhum compromisso externo, sei que Rodol queria vir cedo pra ficar com vocês. Tá tudo bem na sua casa?

Juliette: sim, aqui tá tudo bem. Fechei tudo e Gabriel tá dormindo e mainha também. Eu estou desesperada. - falei já chorando.

Juarez: vai dá certo minha filha, se acalme. Vou tentar descobrir mais coisas mas logo ele estará com ele junto a ti.

Juliette: obrigada Juarez.

Meu sogro era como um pai para mim e só ele para me trazer algum conforto nesse momento. Eu estava sentada na cama quando vejo uma luminosidade na área externa. Eu imaginei que seria ele que chegou.

Sai do quarto em disparada e chegando na porta da casa percebi que se tratava do carro dele. Pelo reflexo do vidro vi meu marido descer do carro e abri a porta ficando de frente por ele.

Rodolffo: pequena eu não consegui chegar mais cedo. Pegamos uma chuva que não nos deixava ver nada na pista. Me desculpa, nem consegui avisar nada.

Ele me dizia aquilo com um olhar de culpa e eu só pude colar o seu corpo no meu e tocar no seu rosto.

Juliette: graças a Deus você está bem, eu estava muito aflita.

Rodolffo: me perdoa amor. Realmente ficamos presos.

Juliette: eu te amo. - e o beijei.

Nosso beijo tinha paixão, desejo e fogo. O fui conduzindo para dentro de casa e fechei a porta principal e o encostei ali para mais um beijo gostoso e apaixonado.

Rodolffo me pôs no colo e me levou até o nosso quarto, me depositando na nossa cama.

Rodolffo: cê tá tão linda, tão cheirosa e sexy. Cada dia que passa cê fica mais maravilhosa, qual o segredo? - me disse sedutor.

Juliette: amor de sobra por você, esse é o meu segredo. - disse lhe dando um beijo.

Nossas carícias e beijos se intensificaram e nos entregamos um ao outro da forma mais completa que podia ser. Nosso amor se fez e tudo em nós se fez paz.