Capítulo 73: Momentos cruciais

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Alguns dias depois...

Levantei cedo, dei alimento para o meu bebê, depois dei muito dengo ao meu menino manhoso. Dei seu banho morno e o coloquei para dormir e ele apagou. O deixei no seu berço e fui me arrumar por que hoje eu tenho consulta com minha ginecologista.

Rodolffo estava dormindo mas precisei acordá-lo.

Juliette: tô indo piruca. Cuida do nosso piruquinha mini visse.

Rodolffo: tá bom amor. Mas tá tudo bem mesmo né?

Juliette: só consulta de rotina. Gabriel tá dormindo, já tá limpo e alimentado.

Rodolffo: tá bom. Vai com cuidado.

...

Fui até minha ginecologista por que estou com dúvidas com relação a algumas coisas e chegando em seu consultório logo sou encaminhada para a sala.

Doutora Andreia me recebeu super bem e como sempre foi uma conversa fluída sobre as variadas dúvidas que eu tinha.

Doutora Andreia: se você quiser usar diu, eu posso colocá-lo a partir do mês que vem.

Juliette: eu não quero diu. Sinceramente já usei por anos, não desejo mais colocar.

Doutora Andreia: então qual método você pretende usar, sendo que você não gosta de nenhum método hormonal?

Juliette: nós ainda não voltamos a ter relações, já falei pra senhora mas e quando voltarmos, será que eu posso engravidar imediatamente?

Doutora Andreia: bem Juliette, não posso te garantir nada então se teme uma nova gravidez aconselho o uso de preservativo por que nesse momento é o mais indicado.

Juliette: tudo bem. Eu te agradeço muito pelos esclarecimentos.

Doutora Andreia: mas está tudo bem contigo, então vida que segue e pense com carinho sobre o Diu, se mudar de ideia estou a disposição.

Juliette: tudo bem. Obrigada.

Sai do consultório e logo voltei para casa, meu bebezinho deve estar saudoso de mim por que eu já tô dele.

...

Retirei meu pequeno do berço e levei ele para o nosso quarto.

Gabriel estava chorando desgostoso e fazendo biquinho.

Rodolffo: cê tá muito chantagista sabia? Bebê chantagista.

Ele sorria pra mim e era a coisa mais fofa.

Rodolffo: sua mãe não tá em casa... Hora da farra.

Levei ele pra cama e dei muito beijo, cheiro e fiz cócegas no meu pequeno, ele ama as travessuras.

Rodolffo: feliz dois meses meu filhão. Papai te ama tanto mais tanto que penso que vou morrer de tanto amar ocê trenzim.

Gabriel olhava pra mim e pegava forte nos meus cabelos e confesso que doía. Quando ele agarra o cabelo da Ju falta pouco não soltar.

Rodolffo: vamos soltar o cabelo do seu pai? Que tal? Filho cê tem a mão pesada. - falava enquanto tentava soltar as mãos dele.

Só consegui que ele soltasse fazendo cosquinhas em sua barriguinha fofa.

Rodolffo: o melhor cheirinho da vida é seu Gabriel. Eu te amo meu bebê.

Coloquei ele deitado por cima de mim, barriga com barriga, e fiz movimentos suaves massageando suas costas. Isso deixa ele tão relaxado que acabou dormindo nessa posição.

Rodolffo: dorminhoco do pai. - dei um beijo na sua cabeça.

E quando levantei o olhar lá estava a Ju nos olhando.

Rodolffo: ele dormiu de novo.

Juliette: eu tô vendo. Nossa criança ama dormir assim.

Rodolffo: eu também amo essa nossa união. Foi tudo bem na consulta?

Juliette: tudo bem. Eu estou ótima.

Rodolffo: isso é bom, graças a Deus. E aí, cê vai ir comigo hoje para Brasília?

Juliette: vamos ver se o filhote deixa né?

Rodolffo: ele é pequeno ainda mas em breve quero levar ele também.

Juliette: claro que vamos levar. Ele vai amar, é todo acelerado esse menino.

Rodolffo: puxou a você.

Juliette: é? Ele só tem mãe né? Tá bom. Vou levar ele embora e te deixar sem ele pra tu ver.

Eu fiquei triste e ela percebeu.

Juliette: é brincadeira amor. Eu jamais faria isso com você.

Rodolffo: Ju, nunca mais diga isso, por favor. Não é um tipo de brincadeira que me faz bem. Eu não suporto nem pensar em perder vocês.

Juliette: eu sei, desculpa. - ela me deu um beijo no rosto e outro na cabeça de Gabriel. - eu só brinquei mas também não suporto perder vocês.

...

O dia seguiu tranquilo mas Gabriel estava manhoso e um pouco choroso, julguei melhor não deixá-lo com a babá e nem com suas avós. Ele queria estar comigo e então, decidi não ir a Brasília com Rodolffo.

Juliette: não fique chateado, eu só prefiro cuidar dele, sem terceirizar.

Rodolffo: não tem problema. Eu não vou demorar tanto, é só uma apresentação breve. Mudelo irá comigo, daqui para meia noite eu estou de volta.

Juliette: que Deus te abençoe amor. E por favor leva um segurança.

Rodolffo: meu pai também vai e vamos levar sim um segurança. Se cuida tá?

Juliette: nunca esqueça que eu te amo muito. Nós te amamos muito.

Rodolffo: também amo vocês demais.

Ele me deu um selinho, um beijo na cabeça do nosso filho e foi se arrumar para ir a esse evento. Na verdade eu não estou gostando muito dessa viagem, sei lá, estou com uma sensação ruim mas ele me disse que vai se cuidar. Só me resta crer que tudo ficará bem.

Fui brincar com o Gabriel um pouco e logo meu marido saiu um desacato de lindo de dentro do closet.

Rodolffo: como estou? - ele falou dando uma volta.

Juliette: lindo como sempre.

Rodolffo: eu tenho que ir amor, mas não vejo a hora de voltar. Não dê trabalho a sua mãe Gabriel, comporte-se.

Juliette: ele vai se comportar sim, né filhote? E eu te desejo uma apresentação excelente. - lhe dei um selinho. - eu vou te esperar, prometo.

Rodolffo sorriu lindo para mim.

Rodolffo: tá bom boquinha de chupa péda. Tchau.

Juliette: até mais tarde amor.

Ele saiu por aquela porta e meu coração se apertou um pouco mais. Todas as viagens dele me deixavam assim depois que o Gabriel nasceu, ele era um suporte para nós dois, sem ele tudo era mais difícil, mas eu sempre tenho em mente: "daqui a pouco ele tá de volta".
















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