Alguns dias depois...
Setembro de 2025, Senador Canedo.
Ligação de vídeo em andamento.
Rodolffo: oi amor. Como cê tá?
Juliette: eu tô um pouco tristinha mas vai passar. – ela me falou com lágrimas nos olhos.
Rodolffo: Juli não fica assim, não faz bem. Eu prometo procê que vou sair daqui e vou te ver mais tarde. Só não fui antes por que não pude.
Juliette: amor não é isso. Tu sabe o porquê estou triste. Rodolffo eu não estou grávida... Eu tava com tanta esperança. Tu tem ideia que eu já acariciava minha barriga achando que eu tinha um bebê aqui?
Rodolffo: calma meu bem... Nossa hora vai chegar. Eu tava um pouco ansioso também mas não era a hora Ju, vamos pensar assim.
Juliette: eu tô com cólicas... Tô triste e muito abalada. Acho que foi a primeira vez na vida que ficar menstruada me deixou mal de verdade. Eu não quero fazer nada e ficar deitada é o melhor pra mim.
Rodolffo: não precisa ficar assim... Temos muito tempo para tentar o nosso bebê. Ju, vamos deixar acontecer naturalmente. Quando a gente menos esperar, o nosso bebê virá.
Juliette: tudo bem amor. Eu tô te esperando visse. Te amo piruca.
Rodolffo: te amo pequena.
Ligação encerrada.
Juliette não estava bem emocionalmente. Na verdade nem eu estou. Faziam cinco dias que ela estava atrasada e estávamos animados demais, ele ia fazer o teste quando eu chegasse no Rio mas não deu tempo, ela acabou menstruando e ficou destruída e óbvio que eu não quero que ela fique assim. Ela é minha noiva e vê-la mal também me deixa assim. Nossa criança virá, eu creio, só não foi dessa vez ainda.
...
Minha chegada ao Rio foi tranquila e logo eu me encaminhei a sua casa e chegando lá a encontrei deitada e ainda chorosa.
Rodolffo: como cê tá Juli?
Juliette: eu tô triste. Rodolffo eu não tô grávida... Por quê?
Rodolffo: só não é a hora... Mas ela vai chegar. Confia... Cê não pode ficar assim.
Juliette: eu sei mas não consigo me sentir bem. Mas eu vou melhorar.
Rodolffo: a investigação técnica na picape foi concluída.
Juliette: e o quê deu?
Rodolffo: deu desgate na engrenagem do freio, isso ocasionou uma falta de atrito entre a pastilha e o disco de freio, por esse motivo o carro não freiava.
Juliette: mas o quê isso significa?
Rodolffo: o técnico acredita que eu fui o culpado ou o Mudelo mas eu sempre tive cuidado com aquele carro. Não podemos incriminar ninguém.
Juliette: isso é muito estranho. Da próxima vez que mandar o carro na assistência tenha total cuidado e avalie bem o profissional.
Rodolffo: isso vou fazer com toda certeza. Ter mais cuidado na próxima mas eu mandei ajeitar a picape, sou doido naquela máquina.
Juliette: tu gosta muito de ter as coisas por muito tempo né?
Rodolffo: olha pra você, eu te quero para o resto da vida.
Juliette: acho bom visse. E que seja exclusivo só pra mim... Saiba que eu não aceito divisões, aqui só soma ou multiplica. Tipo: 1+1= 3.
Rodolffo: isso tá errado, essa conta aí...
Juliette: não, está certinho... Tu e eu mais o nosso bebê, três. Depois seremos 4 e logo mais 5, o máximo é 6.
Rodolffo: muié... Isso é gente demais... Melhor ficar na tentativa dos 5 mesmo.
Juliette: é... Mas nunca esqueça que eu sou de humanas e não de exatas.
Eu ri da minha noiva arengueira mas não quis mais discutir, aproveitei o nosso tempo juntos e ela melhorou bastante o astral com o passar do tempo.
...
Mais um mês depois...
Outubro de 2025, Rio de Janeiro.
Juliette estava a minutos dentro do banheiro com uns cinco teste de gravidez e simplesmente me proibiu de entrar lá. Isso tava me deixando numa ansiedade.
Rodolffo: ôh Ju... Cê quer me matar é? Se for, tá conseguindo. Tô tendo um treco aqui, tô avisando.
Juliette: tenha paciência homi.
Resolvi abrir a porta mesmo contra a vontade dela.
Rodolffo: e aí, o quê diz esses trem aqui? – falei apontando para o teste.
Juliette tinha um olhar fixo nos testes e na verdade eu não entendia aquele olhar.
Juliette: todos negativos piruca. Com certeza esses sintomas são de TPM, eu não estou grávida. – ela disse enquanto lágrimas rolavam no seu rosto.
Rodolffo: calma... – e abracei.
Novamente ela ficou triste mas eu também estava.
Foi um mês de preparação, ela checou todas as datas férteis, garantindo que iria engravidar mas parece que não é tão simples quanto parece.
Juliette: acho que não vou conseguir engravidar.
Rodolffo: não pense assim Ju, por favor.
Juliette: se eu não conseguir gerar um bebê, tu continuará me amando?
Rodolffo: eu te amo, não a amo ligada a uma condição... Te amo por você, e se nunca tivermos filhos, isso não vai mudar. Nunca mais pense assim. E não quero que cê fique com essa ideia fixa de gravidez, não tem te feito bem. Acho melhor voltar a usar preservativo e...
Juliette: não... Por favor, não quero desistir. Prometo que não vou ficar triste a cada ciclo, eu só não quero desistir de termos um bebê.
Rodolffo: entenda que sua dor me dói, não quero que isso se torne um fardo. Vamos relaxar e deixar que tudo se ajeita com o tempo.
Juliette: obrigada por ser tão compreensivo. Cada dia me convenço mais do quanto sou abençoada por ter você. Obrigada por tudo piruca.
Rodolffo: eu tô aqui, sempre estarei aqui amor. Não chora mais.
Abracei a minha mulher e lhe dei o amparo que ela precisava. Juliette se sentia frágil e eu precisava ter forças para lhe dá segurança e paz. Um bom parceiro deve ser assim e apoiar sua amada em todos os momentos.
Mesmo que nem todos os dias eu fosse tão forte quanto gostaria, buscar essa força era essencial. Se ela ficasse triste e eu também ficasse não teria ninguém que pudesse ser um porto seguro para ela, eu quero que ela se sinta segura e que nada a faça sofrer.
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Opostos que se atraem
FanfictionOpostos não deveriam se atrair, mas se atraem. Quando isso acontece um turbilhão de emoções surgem e também muitos conflitos internos e externos. É possível vencer tantas diferenças e ter uma relação plena e feliz? Essa é uma história para viajar n...