Capítulo 62: Extremo cuidado

333 37 7
                                    

Alguns dias depois em Fortaleza no Ceará.

Véspera do Natal de 2025.

Estou ao lado de mainha vendo alguns dos meus sobrinhos se divertindo na piscina da casa de praia que locamos para passar com a família o Natal e o ano novo no nordeste.

Juliette: daqui uns dias será o meu bichinho correndo por aí. - falei acariciando minha barriga que nem apareceu ainda.

Fátima: se Deus quiser minha fia. O tempo voa quando estamos grávida... Tu vai ver.

Juliette: mainha, quando será que minha barriga vai crescer mais? Será que ainda vai demorar muito?

Fátima: minha menina eu acho que lá para o quinto mês tu estará bem redondinha, visse.

Juliette: tomara, não vejo a hora. Rodolffo que tem preocupações...

Fátima: ele anda bem calado mesmo. É pra lá e pra cá com o pai e aqueles dois seguranças. Tá acontecendo alguma coisa Juliette?

Juliette: não sei. Mas ele tá bem ansioso ultimamente. Óbvio que ele disfarça mas eu sei quando ele não tá bem e um dos sinais é o cigarro.

Fátima: tem fumado muito mesmo. Ele não tinha parado?

Juliette: na verdade ele não é fumante mas quando fica ansioso, estressado ou alterado de alguma forma, ele desconta no cigarro. Aí não me deixa nem chegar perto dele.

Fátima: Juliette, vocês estão bem? Quando falo bem é como casal ou tem havido briga?

Juliette: não brigamos mainha. Rodolffo tem a maior paciência existente nesse mundo. Ele prefere silenciar do que brigar. Óbvio que, as vezes, ele também é turrão e teimoso mas ele não vive arengando comigo, eu que arengo com ele.

Fátima: ah Juliette, eu conheço o seu gênio. - mainha disse rindo.

Juliette: mainha... Eu trouxe a caixinha para ele abrir. Quero que ele viva esse momento comigo, por isso resolvi não fazer o chá revelação. Será um momento só nosso.

Fátima: tá muito certa. É o filho de vocês. Tudo tem que ser junto.

Juliette: eu vou lá no quarto. Ele subiu tem um tempinho. Deve ter ido tomar um banho, daqui a pouco descemos para o almoço.

Fátima: tá bom.

...

Subi para o meu quarto e chegando lá percebi que Rodolffo ainda estava no banho, fechei a porta na chave, enquanto ouvia o barulho do chuveiro ligado.

Me despi e entrei no banheiro silenciosamente enquanto o vi de olhos fechados embaixo do chuveiro. Ele parecia estar chorando e não me viu chegar. O abracei por trás e beijei suas costas. Ele pegou minhas mãos e eu colei o meu rosto na sua pele.

Juliette: se precisar de mim, eu tô aqui. Se abre comigo Rodolffo, não faz assim.

Ele não respondeu nada mas senti que a sua respiração estava alterada, ele realmente estava chorando e isso não é nada bom. Rodolffo é um cara bem duro e só chora quando está verdadeiramente muito mal.

O virei para mim e nos abraçamos forte. Logo depois procurei sua boca e lhe dei um beijo apaixonado. Eu precisava deixá-lo tranquilo e saber o por quê daquilo tudo.

O ajudei com o banho e saímos os dois do banheiro. Nos sentamos na cama e ele pegou minhas mãos e beijou uma após a outra.

Juliette: o quê está acontecendo? Por favor não me poupe Rodolffo. Se tu tem amor por mim não me esconda nada.

Opostos que se atraem Onde histórias criam vida. Descubra agora