Capítulo 6: Um passo de cada vez.

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Juliette estava literalmente me conduzindo até sua cama e óbvio que no ritmo que estávamos sabemos muito bem onde iria terminar a nossa conversa hoje e o meu objetivo principal não era esse apesar de deseja-la como nunca.

Rodolffo: Ju... Vamô devagar. – tentei não ir tão rápido.

Juliette: por quê? – ela perguntou já sentada sobre o meu quadril.

Rodolffo: por que antes disso a gente precisa conversar um pouco. Eu preciso te contar algumas coisas e é importante.

Juliette: mas no momento eu preciso mesmo é de você. – ela me falou olhando nos olhos e perto demais da minha boca.

Ela me beijou de novo e claro que ela não era uma mulher de desistir dos seus objetivos e eu sendo o seu foco no momento ela não desistiria. Eu não queria mais argumentar também.

Desisti de lutar contra os meus  instintos e os meus sentimentos, e o frio que eu sentia se transformou num fogo onde eu só queria me queimar nós braços dela. Acabamos fazendo amor com muita vontade e também com relativa pressa, tamanho era o nosso tesão um no outro.

Juliette, após nos entregarmos ao desejo, se aninhou no meu peito e ficamos ali só curtindo aquele momento que era só nosso. Mas eu não podia deixar de falar o quê eu desejava expor para ela.

Juliette: ai bichinho... Diga que é real? – ela levantou a cabeça para me olhar.

Rodolffo: pra te falar bem a verdade eu não sei se é ou não. Foi tão de repente que ainda estou absolvendo.

Juliette: mas tu também tava com saudade disso?

Rodolffo: eu tava com saudade não só disso mas de tudo, até do som da sua voz. – disse sincero.

Um grande silêncio se fez e eu acariciava seu sedoso cabelo buscando as palavras certas para dizer tudo que eu queria. Mas não de forma que soasse forçado ou ensaiado, eu queria que fosse natural.

Juliette: piruca... E essas fofocas que estão saindo de tu. Que você vive um affair com uma tal Luana? Foi verdade?

Rodolffo: sim... Foi verdade. E inclusive ela esteve comigo até ontem. Quando cê me ligou de manhã eu tinha acabado de dizer pra ela que não dava mais.

Juliette levantou de perto de mim e se enrolou no lençol e rapidamente saiu da cama.

Juliette: então no dia do show tu tava com ela? – ela me disse vermelha e eu sabia o porquê.

Rodolffo: sim... Eu estava. – falei calmo.

Juliette: por isso tu não tava no camarim? Tu é um safado mesmo e eu sou uma lesa. – ela falou com raiva.

Rodolffo: Juliette pare. Escuta o quê eu preciso te dizer.

Juliette: sabe Rodolffo, eu não quero ouvir e tu não pode e nem vai me obrigar. Se arruma e sai daqui. – ela disse já chorando.

Rodolffo: eu terminei com ela quando soube que cê foi atrás de mim. Eu não consegui te esquecer e nunca seria feliz com ela.

Juliette: mas com certeza ficou com ela até o último minuto e ainda usou várias pra tentar me esquecer né? Eu sei bem como é. – ela falava com deboche.

Rodolffo: eu não quero que você pense assim porque ocê também teve seus peguetes depois de mim e eu não te julgo por isso.

Juliette: e tu pode julgar quem mesmo?  Ninguém né? Por que pra tu o assento nem esfria. – ela apontava o dedo pra mim.

Rodolffo: cê me acha mesmo esse canalha? É isso?

Juliette: eu nem sei o quê acho de mim, avalie de você. Nesse momento eu acho que preciso de terapia... De uma sessão de descarrego de alguma coisa que tire tudo que eu sinto por você. – ela disse batendo no peito com os punhos serrados.

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