Passagem de tempo.
São João de Campina Grande, Junho de 2027.
Subir ao palco da minha terra tem sempre um sabor especial e mesmo ao auge dos meus 8 meses de gestação, de duas gêmeas idênticas, eu estou aqui firme e forte para animar o meu povo.
Felicidade me define e levo até o meu pequeno Gabriel para dançar comigo no palco. Meu menino já tem um aninho e é muito maravilhoso e inteligente, andou aos dez meses e hoje já dança, vê se eu posso com um danadinho desses?
Fiz um show que eu considerei incrível, sai do palco feliz e realizada. Nesse São João estamos em Campina Grande e só vou voltar após a maratona de show dos meninos no nordeste acabarem. Como estou esperando gêmeas pode ser que elas venham antes dos 9 meses mas estou crendo que elas vão vir no tempo delas, então por isso resolvi fazer esse show. Óbvio que eu não tenho tanta mobilidade e os passos de dança são reduzidos mas minha energia não. Eu busco fazer o melhor para os meus fãs sempre.
Quando volto ao camarim lá está meu bebê todo dengoso nos braços do pai que cantou mais cedo e já tinha voltado para nós.
Juliette: mas tu já voltou?
Rodolffo: graças a Deus que hoje terminou bem cedo... estamos juntos de novo. Como está minhas três meninas?
Juliette: estamos bem, mas suas meninas estão jogando futebol aqui dentro. Sem condições.
Rodolffo: Helena e Isadora gostam de uma atividade.
Juliette: ainda bem que agora se aquietaram mais. Mas amo vê-las mexer. Tenho aproveitado muito minha última gravidez.
Rodolffo: mas acho que cê não vai sentir falta do barrigão não.
Juliette: e tu tá achando feio é? - disse afobada.
Rodolffo: cê fica linda Ju, mas eu sei que não é fácil procê.
Juliette: realmente não é fácil mas gestar meus filhos foi a missão mais linda da minha vida.
Rodolffo: vamos? Sua mãe está nos esperando. E eu não posso deixar minha sogra esperar demais.
Juliette: as vezes acho que tu ama mais mainha que eu Rodolffo. - digo fazendo drama.
Rodolffo: como não irei amar minha sogra? Ela me deu o maior presente que um ser humano poderia ganhar, a minha Juli. - me abraçou de lado, com Gabriel no colo e saímos rumo a casa de mainha.
...
Meus dias na Paraíba foram incríveis, principalmente nesse fim de gestação que eu já me sentia bem mais cansada. Entre a casa dos meus irmãos e a de painho eu fiquei migrando com meu pacotinho pra lá e pra cá.
Gabriel: mamã... Qué? - falou apontando para uma guitarra de brinquedo que viu na casa do primo. - qué isso.
Juliette: tu é muito pequeno mas mamãe promete que quando tu crescer, eu te dou. Agora mamãe quer cheiro, se não mamãe chora.
Abri os braços e meu menino carinhoso veio me abraçar.
Gabriel: papá... Sódade. - ele disse fazendo biquinho.
Juliette: foi trabalhar meu amor mas amanhã ele estará conosco e vamos ficar juntinhos. Tu quer cheiro do teu papai?
Gabriel: quelo. - disse me enforcando num abraço.
...
Os dias correram e dia 3 de julho retornaríamos a Goiânia. Era hora de esperar a chegada das nossas gêmeas e me preparar para o parto cesário que seria a melhor opção para elas, segundo a minha médica.
Juliette: estou ansiosa visse. - disse enquanto Rodolffo fazia massagem nas minhas costas.
Rodolffo: eu também estou. Com o Gabriel foi bem mais tranquilo mas agora são duas.
Juliette: mas eu desejo tanto ver o rostinho da nossa Helena e da nossa Isadora, que todo esforço valerá a pena.
Rodolffo: tá melhorando alguma coisa?
Juliette: tá ótimo. Relaxante. Obrigada amor.
Rodolffo: estou sempre a disposição para você.
Juliette: eu sei piruca e sou muito grata a tu por isso.
Rodolffo: se pudesse carregava as bebês por você mas eu não posso, então é o mínimo que eu posso fazer.
...
Um dia antes de viajar a Goiânia, em 2 de julho de 2027, amanheci sentindo cólicas. Dessa vez a bolsa não estourou mas eu sabia que estava em trabalho de parto.
Rodolffo: meu Deus Juliette, ainda não tá no tempo. Era lá pro dia 22, não era?
Juliette: sim, mas eu estou com contrações Rodolffo, eu já pari uma vez, não sou ingênua.
Rodolffo: pode ser de treinamento. - ele disse ansioso.
Juliette: não é. Já estou dilatando.
Rodolffo: meu Deus. Eu não tenho maturidade. Nunca me controlo. - disse passando as mãos no cabelo.
Juliette: calma amor. Temos tempo. Ainda bem que trouxe uma bolsa básica com coisas delas.
Fomos a uma maternidade que recebia o nosso convênio. E as 12 horas do dia 2 de julho, de parto normal trouxe ao mundo minha Helena e minha Isadora. Conhecemos os rostos das nossas gêmeas e elas eram lindas e perfeitas. Ficamos muito emocionados e agradecidos por tudo ter se dado tão bem.
Nossa família está completa, somos imensamente abençoados e agradecidos.
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Opostos que se atraem
FanfictionOpostos não deveriam se atrair, mas se atraem. Quando isso acontece um turbilhão de emoções surgem e também muitos conflitos internos e externos. É possível vencer tantas diferenças e ter uma relação plena e feliz? Essa é uma história para viajar n...