capítulo 1

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Maiara

depois de mais uma semana concluída, voltamos pra casa muito cansadas. Já sabendo o que me esperava nessa folga, me preparei psicologicamente durante o voo, no final do dia, lá estava ele, sentado na minha cama, me olhando com aquela cara de  bravo como se eu tivesse feito algo de errado. 

Mai: Fernando, para com isso, você deveria estar feliz em me ver ― seco o cabelo ― sou sua noiva, certo?

Fer: e por isso eu tô com essa cara, você é uma mulher comprometida, não deveria usar aqueles vestido curto e rebolar no palco com aquela vagabunda.

Mai: não fala assim da minha irmã ― o olho ― e eu gosto de usar vestido curto, me faz sentir bonita!

Ele me puxa pelos braços e os aperta, olhando nos meus olhos.

Fer: mulher minha não anda por aí que nem puta! Tá me ouvindo, Maiara?!

Mai: tá me machucando! ― sinto meus olhos se encherem de lágrimas ―

Fer: não muda de assunto! 

Mai: eu não vou parar de usar meus vestidinhos curtos! Eu gosto deles...

Ele dá um soco no meu rosto e eu abaixo a cabeça, deixando as lágrimas rolarem silenciosamente.

Fer: Eu não quero mais você usando aquele tipo de roupa! ENTENDEU?!

assinto positivamente e permaneço calada. Ele me solta e começa a agir como se nada tivesse acontecido.

Fer: ótimo! ― sorri ― vou lá na cozinha pegar alguma bebida pra gente

Ele sai do quarto e quando me certifico de que ele já está bem longe, corro pra penteadeira e me olho no espelho.

Mai: que droga, meu olho tá roxo... ― pego um pouco de base e cubro a mancha roxa ― pronto, bem melhor...

visto um moletom pra esconder as marcas avermelhadas de dedos em meus braços, escuto aporta abrir e corro pra cama, colocando um sorriso no rosto. Pra minha sorte, não era ele.

Mara: oi irmã, tá tudo bem?

Mai: tudo ótimo! ― faço meu melhor sorriso forçado ― por que não estaria?

Mara: Maiara... ― me repreende ― não mente pra mim, tem certeza que tá tudo bem? Aquele idiota te machucou?

Mai: tá tudo bem... ― me seguro pra não chorar, mantendo a pose ― O Fer é um amor, ele nunca me machucaria. Era só isso que você queria?

Mara: era, e também perguntar se você quer dormir comigo hoje

Mai: vou ver com o Fer!

Minha irmã bufa e cruza os braços. Detesto mentir pra Maraisa, mas se eu contar a verdade é capaz dela cometer um crime de ódio e eu não pretendo ter que visitá-la na cadeia. Porém, por acaso ou distração minha, eu esqueci de guardar a base e os olhos dela se voltam pra embalagem aberta sobre a penteadeira.

Mara: Maiara Carla... ― se aproxima de mim e passa a mão no meu rosto, próximo ao olho direito ― eu não acredito...

Ela encara os dedos sujos de maquiagem, pega um paninho com demaquilante e tira o resto da base.

Mai: tem mais...

abaixo a cabeça e ergo as mangas do moletom, mostrando as marcas vermelhas, levanto as pernas do short e mostro alguns hematomas da semana passada espalhados  pelas minhas coxas, além de algumas manchas nas pernas. 

Minha irmã me olha incrédula e preocupada, tentando assimilar tudo.

Mara: quem fez isso com você?

fico calada e abaixo a cabeça, deixando algumas lágrimas caírem.

Mara: O Fernando te machucou, irmã? Foi ele?

Continuo calada e ela sai do quarto em disparada.

Maraisa

desço as escadas com fogo nos olhos e quando chego na cozinha, me deparo com o alecrim conversando com o Bruno e o Julyer como se nada tivesse acontecido. Nessa hora a minha raiva triplicou e dei um tapa na cara dele.

Mara: idiota!

Ju: calma, mulher! Pra que essa agressividade toda?

Bru: o que que tá acontecendo?

Mara: eu explico! ― aperto o pescoço do Fernando e olho no fundo da alma dele  ― esse idiota tava machucando a minha irmã embaixo do meu nariz esse tempo todo!

pego uma faquinha da mesa e pressiono contra a garganta dele com uma mão enquanto seguro seu pescoço com a outra.

Bru: Maraisa, calma!

Mara: não! ― volto a olhar nos olhos do idiota ― sabe o que aconteceu com o último que tocou em um fio de cabelo da minha metade?

Fer: não, deveria?

Mara: talvez, mas provavelmente ele não está mais aqui pra contar a história...

Bru: VOCÊ MATOU UMA PESSOA?!

Mara: QUIETO!

pressiono a lâmina mais um pouco, concentrando toda a minha raiva nela.

Mara: você vai se arrepender amargamente...Eu não sou tão boazinha como a Maiara...

Antes que eu prossiga minha performance, ouço alguém se aproximar.

Mai: irmã, para! Não vale a pena!

Mara: você tá protegendo esse animal depois de tudo que ele fez?!

Mai: eu não quero que você vá presa por homicídio!

Mara: como se essa porcaria de faca de mesa matasse uma pessoa

Mai: você sabe como matar uma pessoa?!

Mara: isso não vem ao caso

Jogo o Fernando no chão e ele vai embora assustado. A Maiara se aproxima de mim e me abraça, desabando em meus braços.

Ju: passada, chocada

Bru: a Marvel tá perdendo essa viúva negra, hein?

Sorrio levemente e subo pro quarto com a Maiara, depois de tantas emoções, ela precisa descansar e nós precisamos conversar.



Eai povo!

Se tiver 50 comentários aqui, essa vai ser a próxima fic 👀











Nunca ● Maiara e MaraisaWhere stories live. Discover now