capítulo 37

666 85 56
                                    

Maraisa

Chegamos em casa e, assim que abro a porta, a Mel corre até nós e pula no meu pescoço com um sorrisão.

Mel: mamães! Vocês voltalam!

Mai: eu não disse que seria rápido, meu amor? — acaricia as costas dela —

Mara: você se comportou direitinho? — pego ela no colo —

Mel: tim!

Mara: muito bem! Agora fica bricando aí com as suas bonecas que a gente vão tomar um banho e já descemos pra brincar com você, tá bom? — coloco ela no chão —

Mel: tá bom! — corre pro tapete —

Eu e a Mai subimos pros nossos quartos. Tomei um banho, coloquei um pijama leve e fui bater na porta do quarto da minha irmã pra chamá-la pra fazer um lanche.

Mara: irmã, vamo comer alguma coisa lá na cozinha? Eu tô com fome

Mai: tô indo — levanta e pega o celular — quase esqueci de avisar, a Paulinha mandou mensagem falando que amanhã a gente tem show na rádio aqui de Goiânia mesmo

Mara: que bom que é perto, vamos ter mais tempo pra ficar com a Mel — sorri —

Mai: e depois pegar a estrada, né irmã? — ri —

...

Fizemos um show incrível na rádio e estamos voltando pra casa de carro mesmo. A estrada tá escura e bem silenciosa, exceto pelo barulho das buzinas de algus carros e a chuva que tá caindo lá fora. Estávamos passando por uma rua quando ouço um barulho estranho e como eu sou curiosa, decidi ir checar.

Mara: Bruno, para o carro — dou um tapinha no ombro dele —

Bru: no meio da rua? — encosta na calçada — o que que foi agora, Maraisa?

Mara: eu ouvi um barulho estranho vindo daquela lixeira ali — olho pra minha irmã — você ouviu, Maiara?

Mai: ouvi, eu vou com você ver o que é

O barulho se intensifica e percebemos que é um choro de bebê. Sem esperar mais, saímos do carro e corremos até a lixeira, pouco se importando com a chuva.

Mara: toma cuidado, irmã!

Mai: tá...— fica na ponta dos pés e coloca os braços dentro da lixeira — meu deus...

Ela tira um bebê de dentro da lixeira e olha pra mim com os olhos arregalados e a boca em formato de "O". Olhei dentro da lata de lixo e vi a caixa onde o pequeno estava, nela não tinha nada, só um pano velho. Sem pensar duas vezes, a Maiara cobre o bebê com o pano e corre de volta pro carro comigo logo atrás.

Bru: o que é isso?

Mai: Bruno a gente achou um bebê naquela lata de lixo! A gente precisa correr pro hospital! Agora! — tenta acalmar e aquecer —

Bru: mas vocês estão encharcadas e de roupa de show!

Mara: não importa! Anda logo!

Em poucos minutos, chegamos no hospital e nos disseram pra aguardar enquanto bebê que resgatamos era atendido.

Mai: como alguém pôde fazer uma crueldade dessas, irmã?

Nunca ● Maiara e MaraisaWhere stories live. Discover now