César Filho
Chegamos em casa e a Maiara relutou pra deitar, ela não quer dormir sem a Maraisa. Depois dela insistir pra eu não fazer isso por ser o irmão mais novo, fiz ela tomar um banho, colocar um pijama fofinho e fiquei na cama com ela. Minutos depois de finalmente cair no sono, minha irmã se agitou, provavelmente tendo um pesadelo.
César F: Mai...
Mai: NÃO ENCOSTA NELA! — levanta assustada e se senta — não...não...
César F: calma, maninha, foi só um pesadelo... — passo o braço por cima dos ombros dela — respira...
Mai: eu vi a Maraisa... — respira — eles levavam ela pra um tipo de quarto escuro... — regula a respiração — e machucavam ela...
César F: a Maraisa tá bem, amanhã ela volta pra casa...
Mai: eu tô sentindo um aperto no peito, o mesmo que eu sinto quando ela tá em perigo — me olha — irmão, a Maraisa não tá segura naquele lugar...
César F: irmã, você tá com sintomas de ansiedade, precisa se acalmar
Mai: mas nós... — olho pra ela — irmão...
César F: você precisa se acalmar e dormir, nós não vamos resolver nada desse jeito...
Mai: você tem razão...
Dei um remédio e ela dormiu a noite inteira. De manhã, pedi pro Bruno vir cuidar dela, deixei o café pronto e fui até a delegacia saber notícias da Maraisa.
César F: bom dia, policial!
— bom dia!
César F: eu gostaria de fazer uma visita a minha irmã, ela foi trazida pra cá ontem a noite.
— poderia me informar o nome da detenta?
César F: Carla Maraisa Henrique Pereira
Ele digita algo no computador, olha pra prancheta e enseguida pra mim.
— pelo que consta aqui, ela foi transferida meia hora atrás.
César F: como? Quem saiu com ela?
— dois soldados sairam com ela em uma viatura, senhor.
César F: por que não informaram a família dela? Pra qual penitenciária ela foi?
— infelizmente não posso formecer esses tipos de dados, sinto muito.
Saio da delegacia, entro no carro e antes de dar a partida, faço uma ligação. A Maiara estava certa, há algo muito errado nessa história toda.
Ligação on
— alô?
César F: oi Bruno! Prepara um chá pra Maiara, vou precisar que ela fique calma.
— por que? Aconteceu alguma coisa com a outra baixinha?
César F: quando eu chegar aí explico tudo, tchau
Ligação off
Cheguei em casa e encontrei a Maiara no sofá, conversando com o Gustavo Mioto. Respirei fundo e me aproximei da minha irmã, segurando a mão dela.
Mai: irmão, você tem notícias da minha metade? Ela veio com você? — olha pros lados —
César F: Maiara, quando cheguei lá, me disseram que dois policiais colocaram ela numa viatura e saíram. Eles sabem pra onde levaram a Maraisa.
Mai: sumiram com a minha metade? É isso mesmo?
Maiara
Escondo o rosto no peito do Gustavo e desabo, soluçando sem parar. O medo tomou conta de mim e tudo que eu consigo pensar é na Maraisa, sozinha e correndo perigo. Aperto o homem ao meu lado com toda a minha força, querendo que tudo isso seja só um sonho.
Mai: a minha Maraisa...minha metade...
Gu: calma, pequena...nós vamos encontrar a sua irmã...
Mai: promete? Promete que eu vou ter a minha Maraisa de volta?
Gu: prometo...
César F: eu sei que é difícil, mas você precisa aguentar firme, faremos o possível pra encontrarmos ela, ok?
Mai: eu acredito em vocês dois, mas... — olho pro meu irmão — quem vai cuidar de mim agora? Será que tem alguém cuidando dela?
Gu: sossega um pouco, logo logo você vai estar com ela de novo
Mai: eu acredito em você...
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Nunca ● Maiara e Maraisa
Fanfictionbrigas são inevitáveis, em qualquer que seja o relacionamento. O Orgulho sobressai a lucidez e as palavras são cuspidas desenfreadamente, sem filtro algum. elas faziam parte do cotidiano de Maiara Carla, que se sentia sufocada de tanto viver no mei...