capítulo 2

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Maraisa

Entrando no quarto, eu fechei a porta e a Maiara se sentou na cama, encostando as costas na cabeceira. Ela permaneceu calada enquanto eu me sentei e cruzei os braços, a olhando.

Mara: por que você escondeu isso de mim?

Mai: por que não quero que você faça uma besteira só pra me proteger — pega uma almofada —

Mara: você não pode esconder essas coisas de mim, metade! Ele poderia ter feito coisa pior!

Mai: eu não sou uma criança indefesa, irmã, já sou bem grandinha

Mara: isso não muda o fato de que você é a minha maior preocupação, eu não quero que nada ruim aconteça com você...

Ela toca no meu ombro, olhando nos meus olhos.

Mai: eu sei que, como minha irmã gêmea, você só quer me proteger... — sorri levemente — e eu gosto disso, mas não quero que faça algo do qual vai se arrepender depois, entende?

Mara: você tem razão, não posso me deixar levar pela raiva e ultrapassar os limites

Mai: eu te amo, metade...

Mara: eu também te amo, metade...

Mai: vamos dormir juntinhas?

Mara: é claro, sua boba

Peguei um pijama dela emprestado e depois de vesti-lo, fiz minhas higienes e deitei na cama. Nos aconchegamos uma na outra e dormimos grudadinhas.

No meio da madrugada, senti uma movimentação estranha na cama, abri os olhos com um pouco de dificuldade por conta do sono e vi a Maiara se mexendo muito, provavelmente tendo um pesadelo.

Mara: irmã? — me sento e mexo nela —

Mai: sai Fernando, não toca em mim... — afasta a minha mão — não me machuca...

Mara: Maiara, você tá tendo um pesadelo...

Mai: Maraisa...Maraisa...MARAISA! — acorda assustada —

Ofegante, ela se senta, começando a chorar enquanto tenta regular a respiração.

Mara: tô aqui, tô aqui, calma... — me aproximo e deito sua cabeça em meu ombro —

Mai: foi horrível, o Fernando tava me machucando e eu gritava por você mas você não aparecia... 

Mara: foi só um pesadelo, eu tô bem aqui do seu ladinho — acaricio seu cabelo —

Mai: promete que ele não vai mais me machucar?

Ela me olha com aqueles olhos brilhantes e inocentes cheios de lágrimas, transbordando a inocência típica de Maiara Carla.

Mara: eu não vou deixar que ele bata em você de novo, ok? Nem ele e nem ninguém vai te machucar, minha vida — sorrio —

Mai: você perdoa pelo que eu falei, metade? Eu preciso sim de alguém pra me defender e proteger...

Mara: tá tudo bem, metade, cê sabe que é minha maior preocupação e meu maior amor — beijo sua testa —

Mai: eu te amo, metade — sorri —

Mara: eu também, agora vem, deita aqui comigo — deito —

Ela deita e me abraça, repousando a cabeça no meu peito. Começo a fazer um cafuné gostoso no cabelo dela e abaixo um pouco a cabeça pra sentir seu cheirinho adocicado presente nos fios ruivos.

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Nunca ● Maiara e MaraisaWhere stories live. Discover now