brigas são inevitáveis, em qualquer que seja o relacionamento. O Orgulho sobressai a lucidez e as palavras são cuspidas desenfreadamente, sem filtro algum.
elas faziam parte do cotidiano de Maiara Carla, que se sentia sufocada de tanto viver no mei...
Entrando no quarto, eu fechei a porta e a Maiara se sentou na cama, encostando as costas na cabeceira. Ela permaneceu calada enquanto eu me sentei e cruzei os braços, a olhando.
Mara: por que você escondeu isso de mim?
Mai: por que não quero que você faça uma besteira só pra me proteger — pega uma almofada —
Mara: você não pode esconder essas coisas de mim, metade! Ele poderia ter feito coisa pior!
Mai: eu não sou uma criança indefesa, irmã, já sou bem grandinha
Mara: isso não muda o fato de que você é a minha maior preocupação, eu não quero que nada ruim aconteça com você...
Ela toca no meu ombro, olhando nos meus olhos.
Mai: eu sei que, como minha irmã gêmea, você só quer me proteger... — sorri levemente — e eu gosto disso, mas não quero que faça algo do qual vai se arrepender depois, entende?
Mara: você tem razão, não posso me deixar levar pela raiva e ultrapassar os limites
Mai: eu te amo, metade...
Mara: eu também te amo, metade...
Mai: vamos dormir juntinhas?
Mara: é claro, sua boba
Peguei um pijama dela emprestado e depois de vesti-lo, fiz minhas higienes e deitei na cama. Nos aconchegamos uma na outra e dormimos grudadinhas.
No meio da madrugada, senti uma movimentação estranha na cama, abri os olhos com um pouco de dificuldade por conta do sono e vi a Maiara se mexendo muito, provavelmente tendo um pesadelo.
Mara: irmã? — me sento e mexo nela —
Mai: sai Fernando, não toca em mim... — afasta a minha mão — não me machuca...
Ela deita e me abraça, repousando a cabeça no meu peito. Começo a fazer um cafuné gostoso no cabelo dela e abaixo um pouco a cabeça pra sentir seu cheirinho adocicado presente nos fios ruivos.
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