Maiara
Voltamos pra delegacia, conversamos com um dos policiais e ele conseguiu localizar a viatura onde colocaram a minha irmã. Ela estava em uma fazenda a 40 minutos de Goiânia, então, sem mais tempo a perder, eu o César Filho e dois soldados fomos até lá. Quando chegamos, eles prenderam os falsos policiais e arrombaram a porta do local.
César F: calma, maninha...
Mai: eu sinto que ela precisa de mim... — coloco a mão no peito — vamos pro segundo andar, vem
Um dos policiais vai na frente e o outro fica recebendo reforço de mais uma viatura que chegou. Ouvimos um barulho vindo do final do corredor, eu corri até lá e ao abrir a porta, vi o Fernando muito confortável na sua cadeira de couro, diante de sua mesa cheia de papéis.
Fer: que visita maravilhosa, meu amor!
Mai: cadê a minha irmã? O que fez com ela?! — bato as duas mãos na mesa — FALA IDIOTA!
Rabinha e o policial ouviram meus gritos e foram ao meu encontro. Saindo do escritório, enquanto negociavam com o Fernando, olhei pra porta a minha frente e senti meu coração acelerar.
Mai: irmã...
Chamei o rabinha e ele arrombou a porta com um chute. Entrei correndo, percebi que era um quarto e durante um minuto de silêncio, ouvi soluços e um choro baixinho vindo de outra porta dentro do cômodo. Esta não está trancada, então a abri e me deparei com a mimha metade nua, deitada no chão, tremendo e chorando.
Mai: metade... — me aproximo dela —
Mara: não! — se encolhe e se afasta — não me toca, por favor...
Mai: irmã, sou eu...
Mara: não me toca, não me toca...
Olho pra ela e depois pro homem parado na porta, sem acreditar no que estou cogitando.
Mai: você estuprou a minha irmã?
Fer: eu não diria isso, alguém precisava aproveitar os atributos dela, né? E também, ela precisava de uma lição.
Foram as últimas palavras dele antes de ser preso. Enquanto os policiais escoltavam o Fernando pra fora dali, o rabinha pegou a Maraisa no colo e finalente fomos embora.
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Chegamos em casa e consegui dar um banho gelado na Maraisa, com dificuldade por ela não querer que toquem nela. Vesti um pijama leve e a coloquei na cama com cuidado.
Mai: eu vou lá embaixo ver o que o rabinha tá fazendo pro almoço, ok? Agora descansa, você passou por muita coisa...
Mara: não! — se cobre mais com o cobertor — q-quer di-dizer, fi-fica comigo, por favor...
Sorrio levemente e deito ao seu lado, deitando sua cabeça em meu ombro.
Mai: você tá em casa, tá segura agora, ok? Ninguém aqui vai te machucar...
Mara: vo-você pode ficar do meu lado o tempo todo, pra e-eu me sentir segura... — diz tremendo —
Mai: eu não vou a lugar nenhum...
Deito ela confortável em meu peito. Ela continua tremendo, seus olhos estão arregalados e parados, as mãos se mexem nervosas e até sua voz está trêmula e assustada.
Mara: — me abraça e chora — dor...
Mai: vai passar, minha vida...a metade tá aqui...
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Nunca ● Maiara e Maraisa
Fanfictionbrigas são inevitáveis, em qualquer que seja o relacionamento. O Orgulho sobressai a lucidez e as palavras são cuspidas desenfreadamente, sem filtro algum. elas faziam parte do cotidiano de Maiara Carla, que se sentia sufocada de tanto viver no mei...