Maraisa
Aquele homem me deu nos nervos, depois que ele saiu, soltei a Maiara e começei a organizar as coisas, já que não temos muito o que fazer nesse lugar.
Mai: metade, o que a gente vai fazer?
Mara: vamos cuidar uma da outra
Mai: eu tô com medo...
Mara: confia em mim... — sento ao seu lado e deito sua cabeça em meu ombro —
Minha irmã sorri levemente, mas seu sorriso se desmancha de repente, dando lugar a uma cara de dor e e ela leva a mão ao peito.
Mara: ei, ei, que que foi?
Mai: é só uma pontada no peito, já tá passando... — controla a respiração —
A porta se abre novamente e dois homens se aproximam de nós com semblantes nada amigáveis.
— bom dia, meninas! Eu sou o Felipe, muito prazer — diz irônico —
Mara: para de enrolação, fala logo o que vocês querem — coloco a Maiara atrás de mim —
Fe: olha, se eu fosse você dobrava a língua pra falar comigo
— ele tá certo — o outro homem sorri amarelo —
Mara: eu não tenho medo de vocês! — fecho os punhos — deixem a gente sair!
Mai: irmã, calma... — me aperta —
Felipe se aproximou de mim e me agarrou pelo pescoço, pressionando meu corpo contra a parede, enquanto isso, seu ajudando segurava os braços da Maiara atrás de seu corpo com força.
Fe: você tá corajosa demais pro meu gosto, mocinha...
Mara: que que foi? – sorrio irônica — tá com medo de uma mulher?
Ele aperta meu pescoço e eu travo a mandíbula. Respirando ofegante, vejo a Maiara se debatendo desesperada e sinto a raiva subindo, tomando conta de mim.
Mara: manda seu amigo soltar a minha irmã, agora!
Fe: e por que eu aceitaria suas ordens?
Mara: por que o que eu fiz com o seu chefe posso fazer pior com você — ele aperta mais —
Mai: Maraisa! — olha pra mim —
Fe: aaah, então você que é a Maraisa... — me olha debochado — a gêmea mais velha e encalhada, né?
Mara: idiota! — dou uma joelhada no meio das pernas dele —
Assustado, o outro capanga joga a Maiara no chão e sai correndo, Felipe sai com dificuldade logo atrás, trancando a porta de novo. Ajudei minha metade a se levantar e nos sentamos no colchão. Respirei aliviada e de repente a porta se abre novamente, em um estrondo. Era o mesm o cara barbado de antes e não estava nada contente.
— eu mandei não fazer graçinhas, suas desgraçadas!
Ele se aproxima e pega nós duas pelos cabelos.
— quem vai apanhar primeiro?
![](https://img.wattpad.com/cover/328161063-288-k913746.jpg)
YOU ARE READING
Nunca ● Maiara e Maraisa
أدب الهواةbrigas são inevitáveis, em qualquer que seja o relacionamento. O Orgulho sobressai a lucidez e as palavras são cuspidas desenfreadamente, sem filtro algum. elas faziam parte do cotidiano de Maiara Carla, que se sentia sufocada de tanto viver no mei...