capítulo 27

651 85 34
                                    

Maraisa

Aquele homem me deu nos nervos, depois que ele saiu, soltei a Maiara e começei a organizar as coisas, já que não temos muito o que fazer nesse lugar.

Mai: metade, o que a gente vai fazer?

Mara: vamos cuidar uma da outra

Mai: eu tô com medo...

Mara: confia em mim... — sento ao seu lado e deito sua cabeça em meu ombro —

Minha irmã sorri levemente, mas seu sorriso se desmancha de repente, dando lugar a uma cara de dor e e ela leva a mão ao peito.

Mara: ei, ei, que que foi?

Mai: é só uma pontada no peito, já tá passando... — controla a respiração —

A porta se abre novamente e dois homens se aproximam de nós com semblantes nada amigáveis.

— bom dia, meninas! Eu sou o Felipe, muito prazer — diz irônico —

Mara: para de enrolação, fala logo o que vocês querem — coloco a Maiara atrás de mim —

Fe: olha, se eu fosse você dobrava a língua pra falar comigo

— ele tá certo — o outro homem sorri amarelo —

Mara: eu não tenho medo de vocês! — fecho os punhos — deixem a gente sair!

Mai: irmã, calma... — me aperta —

Felipe se aproximou de mim e me agarrou pelo pescoço, pressionando meu corpo contra a parede, enquanto isso, seu ajudando segurava os braços da Maiara atrás de seu corpo com força.

Fe: você tá corajosa demais pro meu gosto, mocinha...

Mara: que que foi? – sorrio irônica — tá com medo de uma mulher?

Ele aperta meu pescoço e eu travo a mandíbula. Respirando ofegante, vejo a Maiara se debatendo desesperada e sinto a raiva subindo, tomando conta de mim.

Mara: manda seu amigo soltar a minha irmã, agora!

Fe: e por que eu aceitaria suas ordens?

Mara: por que o que eu fiz com o seu chefe posso fazer pior com você — ele aperta mais —

Mai: Maraisa! — olha pra mim —

Fe: aaah, então você que é a Maraisa... — me olha debochado — a gêmea mais velha e encalhada, né?

Mara: idiota! — dou uma joelhada no meio das pernas dele —

Assustado, o outro capanga joga a Maiara no chão e sai correndo, Felipe sai com dificuldade logo atrás, trancando a porta de novo. Ajudei minha metade a se levantar e nos sentamos no colchão. Respirei aliviada e de repente a porta se abre novamente, em um estrondo. Era o mesm o cara barbado de antes e não estava nada contente.

— eu mandei não fazer graçinhas, suas desgraçadas!

Ele se aproxima e pega nós duas pelos cabelos.

— quem vai apanhar primeiro?

Nunca ● Maiara e MaraisaWhere stories live. Discover now