Bruno
As meninas saíram daqui de manhã e já são quase duas da tarde, todo mundo tá preocupado. César Filho não larga o telefone, seu César tá na delegacia e eu em casa cuidando da Melissa, coloquei desenhos pra ela assistir, mas a mesma não para de perguntar da mãe da tia.
Mel: titio Buno, cadê a minha mamãe e a titia Balala?
Bru: elas saíram mas voltam logo, pequena
Mel: mas faz um tempão que elas sailam e não voltalam!
Bru: elas vão voltar...
Mel: pomete?
Bru: prometo ― suspiro ―
Maraisa
Tento pensar em alguma coisa e a Maiara começou a chorar, não sei se por estar sendo segurada pelo cabelo ou por medo. Impaciente, ele puxa mais forte e eu solto um gemido de dor.
― se decidam! Ou querem que eu escolha?
Mara: eu vou primeiro! ― grito e a Maiara olha pra mim assustada ―
Mai: irmã...
Mara: solta a minha irmã, pode me bater primeiro ― repito ―
― é assim que eu gosto ― joga a Maiara no chão e me arrasta pelo braço até o outro lado do quarto ―
Mai: o que vai fazer com ela?
― quieta, coisinha chorona!
Ele me põe de joelhos, de frente pra parede, com uma das mãos pega um tipo de chicote e com a outra rasga a minha blusa, deixando minhas costas expostas e afasta o meu cabelo, deixando ele cobrindo meus ombros. Fecho os olhos e respiro fundo.
Mara: AAAAAAAAA ― a primeira chicotada me atinge ―
as chicotadas me atingem uma após a outra, deixando uma dor insuportável nas minhas costas, como se minha pele estivesse sendo arrancada.
Mai: para! Por favor... ― rasteja no chão ― chega...
― mas que merda é ess... ― o interrompo ―
Mara: ela...tá sentindo a minha dor...ela...sente tudo... ― digo com dificuldade ―
ele nos olha com cara de besta e me joga no chão, ao lado da Maiara. Sem dizer nada, ele vai embora, trancando a porta. Com dificuldade, eu e minha irmã nos arrastamos até o colchão.
Mai: por que...você...fez isso? ― põe a mão trêmula sobre a minha ―
Mara: uma...cuida da outra... ― colo nossas testas ―
...
dias depois
Maiara
faz cinco dias que estamos presas nesse cativeiro. Todos os dias, recebemos 2 refeições que temos que dividir por que é um prato de comida pra duas pessoas. Pelo que pudemos contar, são 4 homens revezando pra vigiar a gente e o único bonzinho é o Pedro, ele conversa com a gente e trás remédios e água limpa escondido quando assume seu turno. As feridas nas costas da minha irmã estão melhorando, mas ela não foi a única que apanhou, eu apanhei por ela no segundo dia nesse lugar. Minhas costas ainda doem um pouco, mas esse é o menor dos nossos problemas.
Mara: metade, precisamos fugir, não dá mais pra fica nesse lugar imundo ― bufa ―
Mai: mas eles são bravos e ficam o tempo todo de vigia nessa porta trancada, sem contar que com as costas esse jeito, a gente não vai conseguir correr muito
Mara: prefere morrer nesse buraco? Eu já tô perdendo a paciência
Mai: a gente não pode simplesmente sair correndo, sua doida! precisamos de um plano!
Mara: a senhorita tem alguma ideia, hein metade?
Mai: precisamos pensar... ― começo a roer as unhas ―
Mara: calma, não precisa disso... ― segura minhas mãos ― nós vamos pensar juntas e sair daqui juntas
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Nunca ● Maiara e Maraisa
Fanfictionbrigas são inevitáveis, em qualquer que seja o relacionamento. O Orgulho sobressai a lucidez e as palavras são cuspidas desenfreadamente, sem filtro algum. elas faziam parte do cotidiano de Maiara Carla, que se sentia sufocada de tanto viver no mei...