Maiara
Amanheceu e depois de tomarmos café, fomos no hospital ver a bebê. Chegamos lá e o médico nos levou até o quarto, onde ela dormia tranquilamente no berço hospitalar, tomando medicamentos pela veia.
Mai: ela é tão lindinha, doutor... — me apoio no berço e olho a bebê —
Dr.Art: e saudável, os exames deram todos normais
Mara: encontraram alguma informação sobre ela? — olha pro médico —
Dr.Art: infelizmente não, como ela veio sem a pulseirinha de identificação, não conseguimos encontrar nada nos registros do hospital.
Mai: e a polícia? Eles encontraram alguma coisa?
Dr.Art: nenhum registro — põe as mãos nos bolsos do jaleco — ela vai pro programa de adoção, quando tiver alta, vão levá-la pra um orfanato.
Mara: doutor, eu e minha irmã conversamos e... — se aproxima dele — há alguma possibilidade de conseguirmos adotar ela?
Dr.Art: vocês tem certeza?
Mai: sim — sorrio nervosa e mexo as mãos —
Dr.Art: a assistente social vai vir buscar essa pequena hoje a tarde, vocês poderiam vir e conversar com ela.
Mara: obrigada, doutor! — estende a mão —
Dr.Art: desejo sorte — aperta a mão da minha irmã — tenho certeza que se conseguirem, vão cuidar muito bem dela.
Mai: eu garanto que sim...
...
r
etornamos ao hospital e fomos até o quarto da pequena. Eu estava ansiosa pra poder levar ela pra casa, dar banho, carinho e poder chamá-la de minha. Chegamos na porta do quarto e parei abruptamente ao ver uma mulher com a minha bebê nos braços. Senti as lágrimas querendo sair dos meus olhos e a Maraisa apertando a minha mão, tentando me acalmar.
Mai: q-quem é você?
— sou a assistente social, vou levar esse bebê pro conselho tutelar.
Mai: não precisa, eu e minha irmã vamos ficar com ela... — me aproximo —
— ela vai pro conselho tutelar, senhorita, e de lá, será encaminhada pra um orfanato.
Mai: não, eu vou adotar ela, já disse!
— o processo de adoção não é tão simples assim
Mara: a gente sabe, acabamos de passar por um — cruza os braços — e se a minha irmã disse que vamos adotar esse bebê é por que vamos adotar!
— mas senhorita...
Mara: entrega ela pra minha irmã, anda!
— espero que não se arrependam depois
A assistente social entrega a bebê pra mim e vai embora. Ajeito a pequena em meus braços, deixando algumas lágrimas caírem. Ela abre os olhinhos e me encara, olhos nos olhos delas e vejo o meu sonho, minha Isabela, tudo que eu sempre quis e agora tenho em meus braços.
Mai: olha, irmã, ela tá olhando pra mim...
Mara: ela gostou de você... — me abraça por trás — parabéns, irmã...
Mai: seja bem vinda a sua nova família, minha Isabela... — sorrio em meio as lágrimas —
Maraisa
Chegamos em casa com a Isabela, chamando a atenção da Melissa, que estava brincando no sofá. Curiosa, ela se aproxima de nós segurando seu ursinho de pelúcia.
Mel: poque você tá segulando um bebezinho, mamãe Balala?
Mai: senta ali no sofá, meu amor
Mara: vem com a mamãe, meu amor — seguro sua mãozinha e caminho até o sofá —
Mel: faia logo, mamãe! — senta —
Mara: meu amor, essa é a sua nova irmãzinha... — sorrio —
Mel: de vedade?
Mai: sim, meu amor!
Mel: ma de onde eia saiu, mamãe?
Mai: nós adotamos, pequena
Mel: os papais dela também não quiselam ela?
Mara: e agora ela faz parte da nossa família — sorrio — você gostou da novidade?
Mel: tim, mamãe! Gostei muitão!
Mai: agora você é irmã mais velha, meu amor!
YOU ARE READING
Nunca ● Maiara e Maraisa
Fanfictionbrigas são inevitáveis, em qualquer que seja o relacionamento. O Orgulho sobressai a lucidez e as palavras são cuspidas desenfreadamente, sem filtro algum. elas faziam parte do cotidiano de Maiara Carla, que se sentia sufocada de tanto viver no mei...