Capítulo 38

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Maiara

Amanheceu e depois de tomarmos café, fomos no hospital ver a bebê. Chegamos lá e o médico nos levou até o quarto,  onde ela dormia tranquilamente no berço hospitalar, tomando medicamentos pela veia.

Mai: ela é tão lindinha, doutor... — me apoio no berço e olho a bebê —

Dr.Art: e saudável, os exames deram todos normais

Mara: encontraram alguma informação sobre ela? — olha pro médico —

Dr.Art: infelizmente não, como ela veio sem a pulseirinha de identificação, não conseguimos encontrar nada nos registros do hospital.

Mai: e a polícia? Eles encontraram alguma coisa?

Dr.Art: nenhum registro — põe as mãos nos bolsos do jaleco — ela vai pro programa de adoção, quando tiver alta, vão levá-la pra um orfanato.

Mara: doutor, eu e minha irmã conversamos e... — se aproxima dele — há alguma possibilidade de conseguirmos adotar ela?

Dr.Art: vocês tem certeza?

Mai: sim — sorrio nervosa e mexo as mãos —

Dr.Art: a assistente social vai vir buscar essa pequena hoje a tarde, vocês poderiam vir e conversar com ela.

Mara: obrigada, doutor! — estende a mão —

Dr.Art: desejo sorte — aperta a mão da minha irmã — tenho certeza que se conseguirem, vão cuidar muito bem dela.

Mai: eu garanto que sim...

...

r

etornamos ao hospital e fomos até o quarto da pequena. Eu estava ansiosa pra poder levar ela pra casa, dar banho, carinho e poder chamá-la de minha. Chegamos na porta do quarto e parei abruptamente ao ver uma mulher com a minha bebê nos braços. Senti as lágrimas querendo sair dos meus olhos e a Maraisa apertando a minha mão, tentando me acalmar.

Mai: q-quem é você?

— sou a assistente social, vou levar esse bebê pro conselho tutelar.

Mai: não precisa, eu e minha irmã vamos ficar com ela... — me aproximo —

— ela vai pro conselho tutelar, senhorita, e de lá, será encaminhada pra um orfanato.

Mai: não, eu vou adotar ela, já disse!

— o processo de adoção não é tão simples assim

Mara: a gente sabe, acabamos de passar por um — cruza os braços — e se a minha irmã disse que vamos adotar esse bebê é por que vamos adotar!

— mas senhorita...

Mara: entrega ela pra minha irmã, anda!

— espero que não se arrependam depois

A assistente social entrega a bebê pra mim e vai embora. Ajeito a pequena em meus braços, deixando algumas lágrimas caírem. Ela abre os olhinhos e me encara, olhos nos olhos delas e vejo o meu sonho, minha Isabela, tudo que eu sempre quis e agora tenho em meus braços.

Mai: olha, irmã, ela tá olhando pra mim...

Mara: ela gostou de você... — me abraça por trás — parabéns, irmã...

Mai: seja bem vinda a sua nova família, minha Isabela... — sorrio em meio as lágrimas —

Maraisa

Chegamos em casa com a Isabela, chamando a atenção da Melissa, que estava brincando no sofá. Curiosa, ela se aproxima de nós segurando seu ursinho de pelúcia.

Mel: poque você tá segulando um bebezinho, mamãe Balala?

Mai: senta ali no sofá, meu amor

Mara: vem com a mamãe, meu amor — seguro sua mãozinha e caminho até o sofá —

Mel: faia logo, mamãe! — senta —

Mara: meu amor, essa é a sua nova irmãzinha... — sorrio —

Mel: de vedade?

Mai: sim, meu amor!

Mel: ma de onde eia saiu, mamãe?

Mai: nós adotamos, pequena

Mel: os papais dela também não quiselam ela?

Mara: e agora ela faz parte da nossa família — sorrio — você gostou da novidade?

Mel: tim, mamãe! Gostei muitão!

Mai: agora você é irmã mais velha, meu amor!

Nunca ● Maiara e MaraisaWhere stories live. Discover now