Capítulo 6

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Maraisa

nosso show foi maravilhoso, assim como  minha noite de sono. De manhã, eu e Maiara estávamos tomando café quando ela viu algo no celular e quase caiu da cadeira.

Mara: o que que foi, irmã? Por que cê tá assim? — bebo um gole do meu café — aconteceu alguma coisa?

Mai: O Fernando foi baleado na barriga e tá em estado grave no hospital, e os sites de fofoca e notícias descobriram que ele me batia, o nome dele tá em todo lugar...

Mara: nossa, que coisa

Mai: eu fiquei com pena, isso é bem ruim...

Mara: ele mereceu — mordo meu pão —

Mai: você sempre demonstrando o ódio por ele, né?

fomos pro quarto nos trocar. Eu estava procurando uma blusa na mala quando ouvi a Maiara trancar a porta, quando me virei, era tarde demais, minha mochila estava na mão dela.

Mai: eu posso saber o que significa isso, Carla Maraisa?

Mara: — pego a mochila — quem te deu permissão pra mexer nas minhas coisas, hein?!

Mai: não muda de assunto, eu só fui procurar uma blusa minha e curiosamente vi um revólver aqui ao invés de roupas! Foi você que atirou nele?

Mara: fala baixo, burra! — falo baixo — foi eu sim, eu precisava dar uma lição naquele idiota!

Mai: você quase matou ele! — fala baixo —

Mara: mas não matei, foi só um susto — visto uma blusa — eu precisava fazer alguma coisa!

Mai: Maraisa, você perdeu a noção? você pode acabar sendo presa por tentativa de homicídio!

Mara: foi em legítima defesa!

Mai: não justifica! Não precisava ter feito tudo isso por minha causa, irmã! — se veste —

Mara: tudo que eu fiz foi pensando em te proteger, Maiara! Eu devoto a minha vida inteira a isso, eu prometi que cuidaria de você e é isso que eu tô fazendo! Tá, eu posso ter passado um pouquinho só dos limites, mas tudo que eu fiz foi por que me assusta muito a ideia de que ele quer machucar você a todo custo, e isso eu não posso permitir. Você é minha responsabilidade.

Mai: e você é a minha! Por isso eu não quero que você faça coisas erradas pensando em me proteger, você não é assim, Maraisa... — coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha — por que isso? Por que tanta necessidade de me proteger?

Mara: por que eu tenho medo de te perder e ficar sozinha no mundo...

Mai: você não vai me perder, irmã, ninguém vai me tirar de você... — acaricia minha bochecha — não precisa tomar atitudes tão radicais assim pra me manter segura...

Mara: desculpa...

Mai: tá tudo bem... — sorri — e ele bem que mereceu um pouquinho, né?

sorrio levemente e nós escondemos a mochila no fundo da mala. Saímos do quarto, estávamos caminhando no jardim quando o Bruno vem correndo na nossa direção segurando o telefone.

Bru: meninas, a dona Almira acabou de saber do que aconteceu com o Fernando, e ela quer falar com vocês.

Mara: puta merda...

Eu e a Maiara nos olhamos, prevendo a conversa que estava pra acontecer.



Nunca ● Maiara e MaraisaWhere stories live. Discover now