To Talk.

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S/n Point Off View

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S/n Point Off View.


Continuei deitada no sofá sem ter muita reação, meu coração batia como o de um ladrão, minhas mãos suavam e minha garganta estava seca. Nesse exato momento a única coisa que me preocupava era se ele viu o que eu e Felix estávamos fazendo.  Mas olhando bem ele está muito calmo e não chegou a ver a cena.

— Com licença! - Me levantei para sair.

— Não vai me cumprimentar nem me fazer companhia? Achei que nada tinha mudado entre nós. 

— Eu… Eu não sei se devemos…

— Não somos mais amigos? - Perguntou confuso.

— Eu acho que muita coisa mudou, você também sabe. Eu preciso de um tempo. - Cruzei meus braços. - Talvez nós precisemos de um tempo para pensar. Não acha?

— Não. - Ele olhou para o irmão. - Onde eu vou dormir? 

— Vem comigo. - O loiro antes de sair me olhou preocupado mas eu continuei séria sem deixar transparecer minha tristeza.

Minho me olhou por alguns segundos, um olhar intenso e frio.

— Desculpa. - Sussurrei e o mesmo me ignorou indo atrás de seu irmão.

Me sentei novamente no sofá e toquei em meu peito. Meu coração estava acelerado, eu estava trêmula, isso era normal em mim, quando eu me sentia muito pressionada por algo.

Alguns minutos se passaram e durante isso eu apenas pensei em como fugiria de Minho dentro dessa casa.

— Ele quer conversar. - a voz grave e conhecida soou em meus ouvidos. - Você deveria ouvi-lo.

— E se for ruim o que ele tem a dizer? Porque depois de ontem eu sinto que perdi qualquer chance com ele.  

— Ele me disse. 

— O que? O fracasso de ontem?

— Que você está dividida entre três homens e que enquanto ama ele deseja outros dois, eu e Hyunjin.  Disse que um relacionamento sério para ele é impossível, mas que ele gosta de você.

— Como eu posso entender o seu irmão? Nem que ele me explique mil vezes, eu acho que não vou entender o medo dele.

— Só ele pode te contar. Se eu fosse você eu iria.

— Então eu vou. - Me levantei determinada. - E você?

— Ele já sabe quais são minhas intenções. - O mesmo se aproximou e beijou o canto dos meus lábios. - Agora vai.

— Não sei o que fazer. - Segurei as mãos dele. - Me dá um conselho?

— Você quer um conselho? - Uma terceira voz pergunta e eu me viro sabendo que se tratava do Hwang. - Não pense muito. Faça o que tiver mais vontade. O que você decidir é o que você quer.

Depois de pensar e repensar em minha decisão, eu subi para o segundo andar e lentamente fui me aproximando do quarto que o Felix mandou arrumar ontem à tarde.    

Ao parar em frente a porta eu respirei fundo e bati na porta.

— Minho? - O chamei e a porta demorou de ser aberta, quando eu estava quase saindo ouvi o trinco da porta e virei para frente vendo o rapaz me olhar atento. - Eu posso? - Apontei para dentro e ele me deu espaço. Meio incerta eu entrei e aguardei em pé.

Ficou tudo em silêncio, o único barulho foi o da porta sendo fechada e os passos dele até a cômoda, o mesmo apoiou suas mãos e abaixou a cabeça deixando um longo suspiro sair e voltou a sua postura. 

— O que devemos falar? - Perguntou balançando sua destra repetidamente, logo cheguei a conclusão que ele estava ansioso. - É difícil para mim, eu não imaginei viver isso um dia. Nunca passou pela minha cabeça. - Se virou para mim. - Ter que tomar uma decisão, que de uma forma ou de outra vai me fazer mal.

Abaixei a cabeça e engoli em seco.

— Eu posso sair. - Disse sem olhar em seus olhos. - Eu imagino como deve ser difícil.

— Imagina? - Perguntou parando em minha frente. - Olhe em meus olhos, por favor, e diga que me entende?

— Eu não posso ter certeza. - Disse olhando-o nos olhos sem quebrar o contato visual. - Em menos de um mês minha vida mudou de água para o vinho em um piscar de olhos.

— O Felix me disse que… que ele e você se beijaram e que no momento em que eu cheguei estavam prestes a transar. E eu me pergunto nesse exato momento se o que eu pensei daria realmente certo. 

— Eu, eu me desculpo mesmo sabendo que eu não tenho mais o controle do meu corpo, eu penso de um jeito mais o meu corpo não. A verdade é que eu te amo mais os toques de outro pode facilmente me distanciar da realidade.

— Nossa… - Sorriu triste e puxou os cabelos para trás. - Isso é o que eu não consigo compreender.

— Por que?

— Porque em toda a minha vida todos os meus relacionamentos foram falsos, eram uma farsa. Ninguém que realmente se envolveu comigo foi sincero ao ponto de dizer o que sentia. Eu nunca fui realmente amado ou tive uma companhia verdadeira, entre tudo que eu vivi tinha um porém, entende? - O olhei na esperança dele continuar. - Diziam gostar de mim, porém, eu era frio, eu não demonstrava meus sentimentos, eu não sabia falar muito menos agir de forma carinhosa. E eu acreditei, agora tudo que me resta é viver com essa incerteza, a incerteza de algo real, sem mentiras existir.

— Mais existe. - Eu bati meu pé no chão tentando ficar menos tensa. - Eu só não posso fazer isso porque… antes de acontecer eu já fui traidora.

— Não. - Ele se aproximou e eu dei dois passos para trás. - Eu percebi que está em mim.

— A minutos atrás eu estava prestes a transar com o seu irmão. - Ele parou. - O erro está em mim, eu aposto que se não soubesse iria propor algo entre nós. Olha a minha vida também não é fácil, ela é cheia de poréns. Somos iguais mais em níveis diferentes.

— Eu ainda quero algo. 

— Minho… - Resmunguei incerta e ele continuou se aproximando.

— Me deixe aproveitar isso, aproveitar ao máximo.

— E os nossos obstáculos?

— Eu não sou tão ciumento, você pode ficar com quem quiser. 

— Oi?

— Isso mesmo que você ouviu. - Sorriu malicioso e se aproximou ainda mais. - Se aguenta dois, aguenta três facilmente gata.

Seu olhar desafiador começou a me provocar um calor entre as pernas, impossível de descrever com clareza, o ponto certo era que eu estava me excitando por apenas um olhar.

Puxei o mais velho pela nuca, juntando de uma vez nossos lábios, quebrando qualquer distância. De início uso apenas nossos lábios depois de um tempo desço minhas mãos para baixo e subo novamente passando por seu peitoral e paro na altura do segundo botão da sua camisa e abro lentamente e assim vou fazendo com os outros até abrir todos. Eu estou louca? Sim, mas é por uma causa óbvia. Eu sonho com esse homem faz muitas noites e em todas eu sou torturada com os pensamentos sujos. Passei minhas mãos por seu pescoço e desci arranhando todo seu tronco com as pontas das minhas unhas até chegar no cós da sua calça.

Ele separou nossos lábios e começou a tirar minha blusa enquanto mordia meu lóbulo.

— Isso será inesquecível.

— Já estou delirando de tesão.

— Calminha, eu vou resolver. 

𝖠𝖭𝖦𝖤𝖫 𝖠𝖬𝖮𝖭𝖦 𝖣𝖤𝖬𝖮𝖭𝖲 ♥︎°Onde histórias criam vida. Descubra agora