Capítulo 19- Apenas Valentina

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Acho que Eduarda esqueceu de dizer quem a estava a chamando, pois ela veio ainda de camisola, com seus olhinhos fechados e coçando, e seu cabelo bagunçado a coisa mais fofa do mundo. Deus, como eu poderia ter tratado mal essa garota?

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Luiza P.V.O.

Abro e fecho meus olhos coçando, será que eu ainda estava sonhando ou Valentina realmente estava ali na minha frente, me encarando com aquele sorriso de lado? Não era possível, ou era?

- Valentina o que está fazendo aqui? - Logicamente essa é a primeira coisa que vem a minha cabeça, depois de analisar todo o seu corpo naquela roupa mais despojada que o normal, ela estava linda como sempre.

- Vim te ver, ué - essa brincadeira não cola comigo, porque ainda estou irritada com ela. Acho que ela percebe isso quando seu sorriso some, dando espaço a uma Valentina envergonhada, com direito a bochechas coradas.

- Desculpa, eu sei. - Ela coça a nuca, ela está sem jeito e se eu não estivesse irritada, estaria achando adorável. - Você aceitaria tomar café comigo? - Ela diz mais sem graça ainda, temendo que eu não aceite.

Ai eu não resisto. Ela me olha de cima abaixo e me encontro em seu olhar me deparando com as roupas que estava, que vergonha, minhas bochechas adquirem um tom avermelhado, o jogo virou, mas só por alguns segundos.

- Você espera eu tomar um banho rapidinho e bem, trocar de roupa? - Agora eu quem estava sem graça, droga. O jogo havia virado. Ela concorda risonha, caminhando para fora da minha casa.

- Ei, entra, senta para me esperar. – Ela cede e senta pacientemente com um sorriso nos lábios, oh céus.

Precisaria de um longo banho, mas não queria deixar Valentina esperando, então faço tudo o mais rápido que posso.

- Vai sair? - Eduarda aparece na porta do quarto com a cara inchada. Havia acordado agora.

- Vou sair com a Valentina, tá? Vamos tomar café da manhã. - Falo rapidamente calçando meus sapatos, eu já disse o quanto gosto de sapatos?

- Qual a de vocês duas? - Eduarda me encara séria, e retribuo o olhar, mais para mim mesma do que para ela, qual era a nossa? Dou de ombros. - Não há essa de nós duas, Valentina é, minha professora.

- Ata, e está aqui no meio da semana, só para tomar café da manhã com você. - Tá, eu admito, ela venceu essa discussão dessa vez, mas também não significava que ela estava certa. Saio mandando beijinhos debochados no ar, a tempo de ver ela revirando os olhos.

Após está consideravelmente arrumada, pego minhas chaves e minha bolsa. Coloco os pés fora de casa trancando o cadeado e levantando a vista para procurar Valentina e me arrependo assim que meus olhos a encontram. Sabe aqueles filmes onde a garota sexy, estilo bad boy, está te esperando encostada no carro com seus óculos escuros e sua jaqueta de couro?

Ai meu Deus, era Valentina ali. Valentina. Minha professora. Valentina. Professora. Foda-se Valentina incrivelmente sexy. Valentina Gostosa. Valentina, espera, gostosa?

Repreendo meus pensamentos e me encaminho a ela.

- Demorei? - Pigarreio um pouco para minha voz não sair tão falhada quanto eu achei que sairia, eu estava sem jeito por causa de meus pensamentos.

- Acho que valeu a pena. - Porra Valentina, facilita minha vida, professora. Ela sorri e abre a porta para mim, ela estava me provocando, ou só querendo me agradar. Sorte que ela não lia pensamentos.

Ela dirige até um supermercado bem conhecido da cidade, na verdade o melhor em estrutura.

- Valentina, não íamos tomar café? - Indago sem entender o contexto.

Até o Para Sempre - ValuOnde histórias criam vida. Descubra agora