Capítulo 37- Reencontro

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- Uma pessoa ligou te procurando. - Imagino ser Tayla. - Ligou para a faculdade, depois para mim, era ela Valentina, sua professora. Cece.

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Entro em choque, a anos não tinha notícias de Cecília Hawkings, a mesma pessoa que tinha aceitado dinheiro do meu pai para ir embora da minha vida, a mesma que jurava me amar, aquela maldita professora.

Sinto uma raiva sem tamanho e acabo rebolando meu telefone no chão, Luiza rapidamente sai do carro caminhando para o meu lado.

- O que aconteceu amor? Se aproxima colocando as mãos em meu rosto fazendo com que meus olhos, olhassem diretamente nos dela. Não consigo falar nada, então ela só me abraça. - Está tudo bem, vem. - Me coloca no banco do passageiro e me pede as chaves, eu não sabia que ela dirigia.

- Posso? - Pergunta antes de ligar o carro.

- Eu não sabia que você... – As palavras morrem quando ela me corta.

- Carro automático, eu dirigia as Hilux do meu pai. - Assento enquanto ela nos leva para meu apartamento.

Vejo ela pedir nossa janta, sabendo que ela não sabia cozinhar, vejo a movimentação pela casa do quarto onde ela disse que eu estava muito estressada e precisava descansar, a quando ela souber...

Cece procurando por mim. O que isso significava? Já não basta meus problemas com Andrea, agora vem a outra.

Era coincidência demais Tayla está vindo para cá com uma surpresa e Cecília ligar.

Na mesma hora meu celular toca, número desconhecido, não era preciso ser um gênio para saber quem era, eu sabia que era ela.

- Alô Valentina? - Eu reconhecia essa maldita voz. Cecília Hawkings. - Que felicidade te encontrar novamente.

- Ligou para pedir mais dinheiro? Passar bem. - E desligo.

- Amor a janta cheg... - Luiza entra no quarto vendo a última cena me vendo transtornada novamente. - Amor não dá mais para aguentar, isso não está certo, o que está acontecendo? - Lágrimas furiosas molham o meu rosto.

Luiza PVO.

Tá, isso já era demais, Valentina estava chorando transtornada e eu sei que ela não demonstrava seus sentimentos assim, primeiro no estacionamento do hospital agora aqui, o que estava havendo?

- Desculpa, eu não sei o que dizer. - Ela chora como uma criança.

- Ei calma, vem aqui, porque está se desculpando. - Meu coração ficava miudinho vendo-a assim.

- Preciso ser muito sincera com você Luiza. - Me endireito na cama para ouvi-la. - Uma pessoa ligou para a Unifronteiras perguntando por mim e depois ligou para Rodrigo. - Ouço tudo, eu achava que ela estava assim por causa de seu pai, mas pelo visto agora não fazia ideia. - Era Cece, quero dizer, Cecília. Cecília Hawkings.

Quem diabos era Cecília Hawkings? Fico quieta para deixar que ela continue.

-Cece. Cecília. Foi minha professora na faculdade. - Ela parecia escolher o que dizer e eu não precisava de muito para tirar várias conclusões. - Eu me envolvi com ela. - Bah! Parece uma história que eu conheço, mas continuo calada ouvindo tudo. - Eu me apaixonei por minha professora de Anatomia Humana, ficamos juntas por mais de três semestres, estávamos apaixonadas, mas meu pai descobriu, e aí começou a nos perseguir, persegui principalmente Cecília. Ele ameaçou expor ela, caçar seus direitos institucionais, e então por fim ofereceu dinheiro para que ela fosse embora e recomeçasse longe e com muita grana, ela aceitou e me deixou, fim. - Valentina contava sua história de maneira dolorida, óbvio que aquilo ainda mexia com ela, mas o quanto?

Até o Para Sempre - ValuOnde histórias criam vida. Descubra agora