Capítulo 02- Enrola

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- O que foi? Não vem satisfazer sua esposa não? - Se remexe na cama até ficar totalmente aberta para mim, me dando total visão de seu corpo e de suas partes.

Merda. Aquela visão era sexy demais, e era minha esposa Ali, que mal tinha?

××××

A claridade do quarto me fez querer morrer ao abrir os olhos, nossa, eu estava toda quebrada. Olho em volta, o quarto está um verdadeiro caos, minhas roupas da noite passada estão espalhadas por todo o cômodo, eu não me lembrava de muita coisa.

Me viro devagar e vejo minha esposa ao meu lado, do mesmo jeito que estava ontem à noite quando cheguei. Completamente nua. Merda. Nós transamos. Me sinto uma completa estranha ao pensar em ter transado com ela, depois dos últimos acontecimentos nos últimos meses.

- Você é uma vadia que me trai com qualquer uma. -Ela esbraveja mais uma vez, por eu chegar vinte minutos atrasada do meu horário normal.

Já estava tão cansada de tantas discussões que não tinha mais forças nem para rebater, então eu só deixava ela surtar, todas as noites e ia para o meu quarto dormir.

Por Deus, eu não senti nada, absolutamente nada, nenhum sentimento, apenas tesão carnal. Quando você vive ao lado de alguém que te faz se sentir tudo menos amada, o amor vai se acabando, a admiração, a paixão.

Porque eu não simplesmente a deixava? Porque todas as vezes que tentei me desvencilhar desse relacionamento ela ameaçou se matar. Tenho medo do que ela possa fazer consigo mesma caso eu a deixe.

-Valentina não vai, por favor, não me deixe. - Ela dizia enquanto eu empurrava minha mala pela sala. -VALENTINA. Se você for. Eu juro que me mato, eu vou mudar amor, eu prometo, me desculpa- Quando me viro, Andrea está com uma faca empunhada no pescoço, colocando tanta força que a ponta da faca já rasgava sua pele.

Corri e tirei a faca de sua mão, no mesmo tempo em que ela se jogava nos meus braços e me abraçava.

- Obrigada amor, obrigada por não me deixar. - Em soluços ela dizia enquanto eu me tremia inteira.

A noite passada foi um completo erro, penso enquanto a água cai sobre o meu corpo, não sei quanto tempo fiquei no banho, mas quando sai o cheiro de café fresco invadiu minhas narinas. Mas que porra?

Me dirijo até a sala, e Andrea está terminando de fazer o café e algumas torradas, a mesa está posta e dei repente parece que ela nem era mais a mulher surtada que eu conheço, mas eu sabia que aquilo não duraria muito tempo, era sempre assim.

-Bom dia amor. -Vem em minha direção e me dá um selinho. - Vamos tomar café da manhã? Você está quase atrasada para se encontrar com seu tutor.

Que?

Ela percebe a confusão em meu rosto. -Amor seu doutorado. - Como de repente ela se interessava se eu me atrasaria para algo que fosse benéfico a minha vida?

- O que está acontecendo com você Andrea? - Primeira coisa que consigo pronunciar após o choque de ver uma mesa de café da manhã totalmente posta para mim.

- Café da manhã para minha esposa, não posso? - Me fita sugestiva, me analisando, fazendo um carinho em meu braço que me fazia querer morrer.

Nosso casamento já tinha dado o que tinha que dá isso era fato, não havia mais amor, paixão ou se quer o mínimo de respeito.

- É, pode. - Respondo de maneira seca.

- Ei, ontem foi bom, não é? - Sinto receio em sua pergunta, mas que merda está acontecendo? Ela não é assim, não nos últimos meses. Ela parece alguém que conheci há muito tempo. Alguém por quem me apaixonei, mas que não via mais traços da mesma a meses, com exceção de agora.

Até o Para Sempre - ValuOnde histórias criam vida. Descubra agora