Até o Para Sempre - Valu

Capítulo 04- Agente Secreta

- Não, eu juro pra você que na... - a porta se abre e vejo uma Valentina Reis entrar radiante e prepotente.

Merda de novo, Valentina.

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-Boa noite - Digo em alto e bom tom para todos, porém meus olhos automaticamente a procuram, a dona daqueles olhos castanhos. Merda. Que merda era essa? -Esse é o professor e mestre Rodrigo Tardelli, ministrará nossas aulas às terças e quintas. - Prossigo ao ver que seus olhos se desviam dos meus.

-Olá, eu sou o professor Rodrigo, mas podem me chamar de Tio Rodrigo, adoro ter sobrinhos, em especial aqueles que se tornarão futuros enfermeiros.

- Então é isso, deixo vocês com o Tio Rodrigo. Espero que se comportem, meus filhinhos. - Digo com brincadeira, mas falo com uma expressão tão séria que ninguém se atreve a rir. E assim deixo a sala de aula.

Luiza PVO.

- Nossa, acho que você tinha um pouco de razão, assim que ela entrou os olhos dela buscaram logo os seus, que tensão sexual. -Priscila fala baixo enquanto aquele ser humaninho baixinho dava uma aula maravilhosa de Leitura e Produção Textual.

-Tensão Sexual de nada, pare com isso, Priscila. -Digo rapidamente e constrangida.

-Nossa, que mau humor. – ela se finge de ofendida.

-Briguei com Louise pra variar, tudo está me enlouquecendo, nada favorece. - Digo sincera.

- Quer falar sobre isso depois, Chancho? – ela diz rapidamente quando o professor olha para onde estamos conversando.

-Sei lá, pode ser. – respondo rápido, nem sei se ela entendeu.

Tudo passa um pouco mais rápido do que eu gostaria, Tio Rodrigo tinha nascido pra dá aula. Tio Rodrigo assim todo mundo já estava chamando-o. Ele era leve, a aula dele, por mais que o conteúdo fosse chato, ele tornava tudo envolvente.

-Chancho e aí? Teu ônibus já vai sair? - Priscila me acompanha com Natalie ao seu lado. Elas eram simplesmente o casal mais fofo do mundo todo, apesar da diferença de idade, elas se completavam de uma forma única. A história de amor delas era simplesmente incrível e vencia vários padrões impostos por uma sociedade que não sabe o verdadeiro significado de amor.

-Faltam 20 minutos ainda. Porquê? – será que elas queriam ir para Trairi e eu não sabia? Rio do meu pensamento.

-Você se esqueceu que íamos conversar? -eu era desligada da vida e já havia esquecido.

-Ah é verdade. Vamos pra praça de alimentação. Oh Natalie, não sei como você aguenta essa garota. - Insulto ela, sabendo que ela ia pegar onda.

-Para com Isso Lu, não fala assim do meu amor. - Natalie enfim se pronuncia. E eu finjo que vou vomitar. E nós caminhamos até a praça.

-Se ela tá falando desse jeito pra te defender alguma coisa ela quer. - Digo rindo da cara das duas e a Priscila faz menção de correr atrás de mim, mas Natalie a impede.

- Eu que não sei como te suporto. - Priscila esbraveja, ela não aguentava uma pilha.

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-Então o que rolou com Louise? - curta e grossa, sem arrodeio.

-Então eu não sei se aguento mais levar essa situação, tem horas que parece que ela quer algo comigo, e em outros momentos ela tem atitudes que me fazem refletir sobre o quanto eu estou iludida por essa garota. E ela só tem 15 anos, Priscila. Como me deixei me envolver tanto assim por uma garota?

-Aí, acho que você precisa de um baita gelo nela, nada melhor pra ela cair em si. "Para conquistar Natalie, tive que fazer a mesma coisa " -sussurra a última parte.