Capítulo 30- Ei senhor

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Transtorno de Personalidade Borderline é o nome do transtorno de saúde mental dado a pessoas que possuam um padrão de comportamento permeado pela impulsividade, instabilidade emocional, medo da rejeição e tendências autodepreciativas.

Gente isso é uma doença, e eu diria que grave, sem controle, ela suga você e te joga em um quarto sem portas e sem janelas. Vamos acolher o amigo, vamos cuidar da nossa saúde mental.

Nós não sabemos o porque as pessoas fazem o que fazem, mas ninguém quer tá na pele para entender, empatia sempre!

Alerta: Capítulo com momentos pertubadores e com partes fortes, se você tem tendência a gatilhos, sugiro que tenha cuidado ou não leia.

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- Desculpe a minha falta de educação. - Ele se levanta e estende a mão em minha direção. – Augustus Reis.

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Luiza PVO.

Sento engolindo em seco, e procurando o fôlego tomo o refresco de uma só vez. O pai de Valentina estava bem ali na minha frente, vestido em um terno que custava mais do que a minha casa, com o olhar prepotente em minha direção, eu sabia que aquela conversa não seria agradável.

Meu nervosismo não passa despercebido por ele, que sorri e volta a se sentar em sua postura rígida e dominante. Ele sabia que estava no controle da situação.

- Então você é a famosa Luiza. - Por um momento eu paralisei, a acidez em sua voz era de matar. Eu sentia que tinha cometido um crime e era culpada por isso. - A garota com quem minha filha anda - ele procura as palavras antes de cuspi-las. - Tendo um caso. - Eu estava intimidada, eu não sabia o que dizer. - Você tem ideia do que fez na vida da minha filha? - Ele indaga. - Quase. Eu disse quase separou um casamento, a mãe de um filho, ela perdeu o emprego, e agora quer se mudar para essa passável de cidade. - Eu ouvia tudo atentamente sem ter coragem de pronunciar uma palavra. - Para o seu próprio bem, fica longe da minha filha. - Ele se levanta com seu ar de soberania e deixa uma nota de duzentos reais em cima da mesa.

Eu estava paralisada, totalmente estática, as palavras ásperas daquele homem faziam um ciclo na minha cabeça.

- Luiza o que você tem, está pálida. - Não consigo dizer nada, só então ela se aproxima de mim. - Está me deixando preocupada.

- O paaa.ii de Valen..tina esteve aqui. - Por fim consigo formar uma palavra toda. Eduarda me olha com preocupação, mas tento disfarçar me colocando de pé para tirar as louças que ele utilizou, ou melhor, deveria ter utilizado. Suas feições de preocupação não mudam, mas eu resolvo tudo e vou para o meu quarto me trancar.

Eu estava sentindo uma pressão tão forte dentro de mim, tudo vinha ao mesmo tempo, todas as coisas que eu estava passando ultimamente, tudo que aconteceu nesse ano, e talvez ele tivesse razão, eu causava destruição por onde passava. Eu não prestava para a minha família, tinha feito Valentina perder o emprego, e meu pai, tudo que fiz com meu pai e ele se quer estava ali para me perdoar, eu não passava de uma imprestável.

Aquele impulso estava lutando dentro de mim para se apossar do controle, eu errei, errei com meu pai, errei com minha mãe, errei com minha irmã, errei com Valentina e errei muito, comigo mesma. Eu merecia o descontrole. Eu merecia.

Deixei a raiva entrar, deixei se apossar de mim, deixei tudo vim de uma vez só para criar coragem o choro contido até aquele momento, colocava Lana del Rey em uma frieza inimaginável, pego um pedaço de papel e rabisco algumas coisas:

"Peço que não sintam raiva de mim, não é egoísmo se salvar de uma dor tão profunda, eu tentei de todas as formas permanecer aqui, mas eu não consegui, não tente achar uma razão para isso nenhum de vocês tem culpa, eu só estou me libertando de uma prisão que mora dentro de mim, eu gostaria de ter feito mais, há tantas coisas que eu gostaria de ter feito mais que vocês não imaginam, mas agora isso acabou, essa dor acabou e eu eternamente amarei vocês, até o para sempre, Lu."

Até o Para Sempre - ValuOnde histórias criam vida. Descubra agora