Capítulo 46- O casamento

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Eu me desesperei e só então a ficha caiu, gritava por socorro, foi então que Luiza entrou na sala desesperada já pegando o desfibrilador, vários profissionais entrando na sala, meu pai estava morrendo.

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Em algum momento me tiraram de cima dele e os médicos tomaram de conta, eu só chorava e gritava.

- Eu te perdoo pai, mas volta por favor. - Agora eu entendia o sentimento de Luiza, por pior que ele tenha sido, esse não poderia ser o fim, eu não poderia aceitar que ele partisse sem dar a ele o meu perdão.

Tayla chorava desesperadamente, até nos tirar da sala e nos colocar na de espera.

- Amor você está bem? - Luiza vinha nervosa com um copo de água, bebo tudo de uma vez só sem nem perceber, estava me tremendo.

Luiza PVO.

Estava indo ver meu sogro pela primeira vez desde nossa conversa no carro, quando escuto os gritos desesperados de Valentina por socorro.

Ao entrar na sala me deparo com a cena de Valentina em cima do pai fazendo sua reanimação, vou rapidamente pegar o desfibrilador, para ajudar, em cinco segundos o quarto estava infestado de médicos e enfermeiros, retirando-nos de lá.

Na realidade mesmo já tendo passado por situação semelhante ainda assim, não fazia ideia do que fazer, de como ajudar. Eu estava sensível e ver Valentina chorando me destruía, então eu controlava, mas era inevitável das lágrimas não caírem.

Após longos trinta minutos os médicos responsáveis vieram finalmente da alguma notícia, estava apreensiva, segurava no braço de minha amada. Preparada para qualquer coisa que vinhesse a acontecer.

- Ele morreu no foi doutor? - Tayla chorava que soluçava.

- Calma mocinha. Foi só um susto, o sangue dele está muito grosso dificultando a circulação, por isso a parada, o coração está sobrecarregado. Infelizmente não podemos fazer muita coisa, vamos prescrever anticoagulantes, e esperar. - Valentina só chorava.

- Eu quero vê-lo. - ela dizia, debruçada em meus braços.

- Ainda não é uma boa hora Dra. o melhor agora é deixa-lo descansar. - O médico dizia complacente com a dor de todos nós. Abraço-a de lado tentando conforta-la.

- Calma meu amor, você ainda vai conseguir falar com ele. - Eu afirmava sentindo um nó na garganta.

Rodrigo acabava de chegar, Valentina se entrega em seus braços, enquanto isso aproveito para dá um conforto a Tayla, quando um garoto com seus 20 anos chega ali.

- Fala maninhas. - Seu sotaque gringo carregadíssimo, se referindo a Valentina e Tayla. Então esse deveria ser o Chris. - Que o papai aprontou dessa vez? Quem se danou, você? - apontou para Tayla. - Ou a preferida dele, você. - Agora apontava para Valentina. Era notório que a criação deles não havia sido fácil. - Não importa, eu cheguei. - Tayla corre para seus braços, onde é recebida calorosamente. Por seguinte, Valentina se levanta e vai abraça-lo, depois Rodrigo, e eu fiquei sobrando.

- E essa gatinha aí? é amiga de vocês? - me olha malicioso. Valentina dá um soco em seu braço.

- É minha noiva seu idiota. - Todos riem, quebrando aquele clima de velório. Tayla atualizou Chris da situação do pai, ele não ficou muito comovido, mas também não iria pular fora do barco, ajudaria também.

Valentina PVO.

- Pai? - entro devagar no quarto sem saber se ele estava dormindo ou acordado. - Quantos anos não faz que eu não te chamo assim? - digo sem pensar. Com um sorriso no rosto ouço sua voz.

Até o Para Sempre - ValuOnde histórias criam vida. Descubra agora