Capítulo 32- Internação

1.3K 92 61
                                    

- meu rosto já estava manchado pelas lágrimas, dessa vez de emoção, aquela mulher me amava o tanto que eu a amava.

xoxoxoxooxxoxoxoxo

Luiza PVO.

Ela me abraça, e próximo ao seu ouvido, com muita dificuldade falo pela primeira vez.

- Eu aceito meu amor, eu também te amo muito. - Ela levanta seu rosto em um sorriso solto dado pela primeira vez desde que eu acordei, nossas respirações se misturavam, e ela finalmente sela nossos lábios em um beijo com gosto de saudade.

Durante os dias seguintes, eu fui melhorando gradativamente, Valentina não saia do meu pé um só instante, fiquei até preocupada com seu trabalho, mas ela me informou que pediu uma licença, recebi algumas visitas rápidas, o médico não queria um trânsito muito grande de pessoas, Priscila e Natalie mataram aula para vim me ver, claro que elas entraram no quarto fora do horário de visita com a ajuda de Valentina. Priscila me fez mil e uma juras de morte após eu sair daquela cama, mas me pediu para nunca mais fazer nada daquilo novamente, pois me amava demais, Natalie só chorava.

Fiquei envergonhada com a visita da minha prima Andressa, ela depositava muita confiança em mim, e também estava muito triste e abalada, sentindo-se culpada por não ter me ajudado, e Valentina parecia um pouco distante, pensativa, continuava atenciosa e carinhosa, mas eu sentia que havia algo estranho, sabe aquele sexto sentido?

No dia que seria a minha alta, Valentina entra acompanhada de Eduarda, minha mãe e Andressa, junto com toda a equipe médica que me atendeu, mas diferente do que eu esperava, ninguém estava alegre por que eu iria sair dali, eu sabia que tinha algo errado.

- Luiza Buiar, 20 anos, sexo feminino, tentativa de suicídio, dezesseis dias de internação hoje receberá alta. - O médico apresenta meu caso para alguns internos que tinham ali. - Luiza, hoje você receberá alta hospitalar dos seus ferimentos fisiológicos. - Ele se aproxima de mim, junto a Valentina e Eduarda, os internos saem, o que estava acontecendo ali? Valentina segura minha mão e percebo seus olhos cheios de lágrimas. - Contudo, você não poderá voltar para casa agora. - Como assim? - Você tentou suicídio, Luiza. - Abaixo minha cabeça envergonhada. - Ainda temos danos psicológicos que precisam ser tratados. - Acho que agora estou começando a entender o que estava acontecendo, se eu não ia para casa, e ainda ia me tratar, eu ia para outro lugar, e eu sabia qual.

- Só fale de uma vez por favor. - Peço, vendo Eduarda abaixar a cabeça e minha mãe chorar. Não consegui decifrar as feições de Valentina.

- Luiza você está sendo transferida para o hospital de saúde mental, em Messejana. - Recebo aquilo como um baque, meus olhos buscam o de Lauren que estão dolorosos, era real, nem Valentina estava se opondo a isso. - É temporário, isso também vai depender de você, cooperar, se ajudar, você vai poder receber algumas visitas, mas é para o seu bem. - Controlo o choro que eu sentia que queria sair em desvairamento, mas eu tinha que aceitar, aquilo era consequência dos meus atos.

- Pode me deixar as sós com minha família? - Peço ao médico que assente.

- Está tudo bem? - Pergunta e eu afirmo que sim, Valentina já estava se aprontando para sair também.

- Estrela, onde vai? - Pergunto em descrença.

- Achei que você queria um momento a sós com sua família. - Ela diz um pouco receosa, acho que ela não sabia naquele momento em que posição estava, estava sendo cautelosa comigo.

- Vem cá, amor, você agora também é minha família. - Digo estendendo a mão até que ela pegue e fique ao meu lado. - Podem vim para cá, para pertinho de mim? - Peço a minha irmã, mãe e prima.

Até o Para Sempre - ValuOnde histórias criam vida. Descubra agora