Até o Para Sempre - Valu

Capítulo 40- Adrenalina

Natalie. Tayla. Luiza e Cece sentadas todas juntas.

xxxxxxxxxx

Luiza PVO.

Tamanho não foi minha surpresa quando estava de tardinha, eu estava de camisolão da Priscila, de mangas longas, toda despojada, com a cabeça repousando em uma almofada, nariz congestionado por causa do choro que ia e voltava, minha cabeça a mil, Natalie estava fazendo um chocolate quente na tentativa de me animar, quando a companhia toca. Natalie vinha para atende, mas eu me levantei mais rápido.

- Pode deixar. – Eu abro o ferrolho da porta.

Quando abri a porta, meus olhos bateram de cara com a pessoa que eu menos queria ver agora, Cecília Hawkings, a mulher que estava beijando minha namorada mais cedo.

Faço menção de fechar a porta na cara dela e de Tayla, mas Taylor segura.

- Espera Camila, por favor, isso foi um mal-entendido. - Tayla fala de uma só vez como se eu fosse fechar antes dela conseguir falar. Natalie ouvia tudo já estava no meu encalço.

Ao ver minha expressão facial e física logo deduziu quem era aquelas duas, tendo em vista que elas ainda não se conheciam.

- Com licença, precisamos falar com Luiza. - Natalie se põe à frente de mim, como se fosse me defender do que quer que fosse.

- Tayla eu quem devo fazer isso. - Ouço Cece falar pela primeira vez.

Eu estou paralisada, voltei a chorar sem perceber. Parada com Natalie a minha frente, ouço as palavras de Cece muito longe, minha cabeça está girando, eu sei o que está acontecendo, eu estou mudando, a borderline me dá esse presente de vez em sempre.

- Eu a beijei, ela havia fechados os olhos, e eu não aguentei meus impulsos, eu também a amo Luiza. Cece fala antes de Nath bater à porta em sua cara.

- Você não precisa disso. - Ela diz. Volto um pouco parando no tempo, e vejo as palavras saltitarem de minha boca.

- Deixa elas entrarem, Nath. - Digo indo para a porta a abrindo.

- Mas Lu, essa - Nath se cala quando do final do corredor elas se viram para me encarar.

Os olhos de Cecília caem quando se deparam com os meus, estou olhando para ela, a mulher que é motivo do meu coração está partido nesse exato momento. O que eu esperava sentir? Eu não sei, essa mulher veio de muito longe, sabia que era por causa de minha namorada, e eu a deixei entrar, eu dei espaço para isso, por um momento me perguntava se a culpa era minha.

Elas voltam e eu dou passagem para elas entrarem, Tayla se apresenta para Natalie que está com suas narinas infladas de raiva se bem a conheço. Ouço Tayla pedir um copo de água e sair atrás de Normani, e eu sabia também que aquilo era só para me deixar a sós com Cece.

- Luiza por favor, antes de tudo quero te dizer que Valentina não teve culpa de nada, foi tudo culpa minha. - Ela se aproxima de mim, implorando para que eu acreditasse nela.

- Valentina mandou você vir? - Curiosamente me veio essa pergunta em mente.

- Não, não. Deus, ela nem sabe que eu estou aqui. - Fala de maneira rápida. - Ela me colocou para fora da casa dela, por isso, e com razão, me desculpa, eu não sei mais o que dizer, eu não queria ter feito ou que você tivesse visto aquilo. - Olho em seus olhos procurando a mentira, a pegadinha, mas não encontro, somente sinceridade, e eu sentia, parte de mim aliviada e parte angustiada porque a imagem não saia de minha cabeça.

Me sentei no sofá e ela fez o mesmo, ficamos em silêncio.

- Você deve reconsiderar o que aconteceu, por mais difícil que seja, eu nunca, nunca foi minha intenção, eu só... só não consegui me controlar diante dela. - Apavorada vejo lágrimas escorrerem de seus olhos. Como eu não conseguia ver ninguém chorando por impulso minha mão foi parar em sua perna, como quem dá apoio, mas não consigo falar nada, apenas choro. - Você é uma pessoa boa, eu vejo isso em você, é alguém que eu desejaria que ficasse com ela, por mais doloroso que seja dizer para a mulher que a mulher que eu amo, ama. Ela está com você e isso é culpa minha. - Sinto sua mágoa, eu via o lado dela, esse era o maior defeito de quem era compreensiva demais, nas situações em que eu deveria estar magoada, estou sendo passiva e vendo todos os lados da história.