𝐏𝐫𝐨𝐛𝐥𝐞𝐦𝐚 𝐏𝐫𝐚 𝐕𝐨𝐜𝐞̂ - 𝐆𝐚𝐛𝐢𝐠𝐨𝐥

014

A bebida humilha e humilha muito, era sábado de manhã quando abri meus olhos e me encontrei toda esparramada na cama do Gabriel, ele estava deitado de bruços com seu braço por cima da minha cintura.

Minha cabeça doía, parecia que ia explodir a qualquer momento. O quarto do Gabriel era geladinho e aconchegante e eu poderia dormir mais uma horinha tranquilamente, mas quando busquei por meu celular na mesinha ao lado, já se passa das 13h da tarde.

Aos poucos tirei aquele braço pesado de cima do meu corpo, e me levantei com todo cuidado do mundo tentando não fazer com que ele acordasse. Fui até minha mochila que estava jogada no chão pegando uma roupa e entrei pro banheiro.

Tomei um banho bem gelado e sai pra vestir minha roupa, só que bem no momento que eu estava prestes a vestir meu sutiã o Gabriel simplesmente abriu a porta do banheiro.

Eu fiquei tão desesperada só consegui por a  mão sobre meus peitos — Porra, não sabia que você tava aqui — No mesmo pé que ele entrou ele saiu, não sei se ele viu algo demais, só sei que fiquei tão envergonha.

Droga, eu estava torcendo dentro de mim pra que ele não tenha visto nada. A ensegurança me consumiu de tal forma que  depois de vestir a roupa demorei uns 20 minutinhos pra sair do banheiro.

Assim que sai ele me olhou e deu um breve sorriso, merda — Trouxe um remédio, aposto que tá com dor de cabeça — Veio até mim me entregando um copo de água e um comprimido.

—Será que devo confiar em você me entregando um comprimido? — Brinquei e ele sorriu enquanto eu tomava o copo da água.

—Eu perguntei a Rose qual remédio te dar, nem eu confio em mim — Pegou o copo da minha mão e colocou sobre a mesinha e se sentou na cama — Você tá bem?.

—Eu tô bem e você — Espero que ele não toque nesse assunto.

—É que eu entrei sem querer no banheiro, me desculpa — Ai que merda.

—Você viu alguma coisa? — Fui até um espelho que tinha em seu quarto e peguei sua escova penteando meu cabelo.

—Pra ser sincero não, só silhueta — Não tive coragem de encarar ele nesse momento então continue concentrada em pentear o cabelo.

—Menos mal — Falei simples.

—Vamos tomar café, as meninas já acordaram — Concordei com a cabeça, largando o pente em cima da cama e o seguindo.

—Você não vai tomar uma banho não? — Perguntei assim que ele levantou pra me abraçar, empurrei seu corpo — Porco.

—Você anda muito agressivinha né — Jogou o peso de seu corpo pra uma perna — Quando eu tiver cheiroso também não vou querer papo com você.

—Você tá fedendo a bebida, não tem como te defender.

Esperei ele escovar os dentes e em seguida descemos a escada e fomos até a cozinha, e eu não contava com a presença do Fabinho encarando a gente — Chegou quem faltava,  — Ele falou assim que nos sentamos a mesa um do lado do outro.

—Eu só vou te perguntar uma vez, quem te deu autorização pra comer meu bolo? — Gabriel perguntou meio puto.

—Era seu? Tava muito bom cara, desculpa não resisti — Dhiovanna deu uma risada.

—Ele vai surtar, ontem ela já estava surtando por que ganhei mais coisa que ele. Invejoso.

—Claro eu conheço ela primeiro que você e você ganha mais coisas que eu — Ele revirou os olhos.

—Sem ciúmes, eu trouxe três pedaços de bolo pra você Gabi — Falei o olhando.

—Já falei que sou ciumento, quero igualdade se a Dhiovanna ganhou cinco brownies eu quero três fatias de bolo — Disse exigente.

—Porra, ele quer te falir Dandara — Fabinho falou fazendo todos rir menos a amiga da Dhio, que ficava calada a maior parte do tempo.

—Sim, ele tem dinheiro pra comprar a loja inteira e fica me perturbando — Apontei pro achocolatado e o Gabi pegou colocando perto de mim.

Fiz um Nescau e peguei um pedaço de pão colocando um pouco de queijo. O café da manhã na hora do almoço, coisas que acontecem pós encher a cara.

—E como foi a baladinha de vocês ontem? Gabriel aprontou? — Fabinho primeiro olhou pra mim e depois pra Gabriel insinuando alguma coisa.

—Não sei se ele aprontou, agora ele tem a Dandara tomando conta dele e graças a Deus eu fico livre, leve e solta — Peguei a xícara bebendo um pouco do achocolatado prestando atenção no que a Dhio falava — Eles ficaram em um canto lá e eu nem vi mais eles.

E do nada minha mente resolveu lembrar oque tinha acontecido na noite anterior no meio do café da manhã.

Eu beijei a porra do meu amigo.

Simplesmente engasguei com o líquido.

—Ai meu Deus, Gabriel bate nas costas dela — Dhiovanna fala e o Gabriel larga o pão na mesa e começa a bater nas minhas costas, eu parecia que ia morrer esgasgada aqui na frente de todo mundo.

Ele me deu mais um tapa —— que convenhamos, não foi nada fraco —— e eu voltei a saber oque é respirar novamente.

—Porra, que susto Danda — Secou o suor da testa e eu fiquei sem graça enquanto todos da mesa olhavam pra mim preocupados.

—Toma minha filha, bebe um pouco de água — Dona Rose me entregou um copo de água e eu engoli tudo de uma vez.

Não era pra mim ter deixado acontecer isso. Começo a lembrar de tudo, eu dançando me esfregando nele, ele tocando meu corpo e eu me lembro agora de não ter me incomodado dele ter feito isso. Me lembro do teu beijo que se encaixou muito bem.

Merda, mil vezes merda.

Olhei pra ele de canto que me obersvava, ele parecia não lembrar de nada. Então vou deixar isso pra lá , e fingir que nada aconteceu.

—Ta bem? — Ele perguntou.

—Tô bem, foi só um susto.

Seria cômico eu ir parar no hospital sufocada porque na hora que estava bebendo Nescau lembrei que beijei o Gabriel, nossa nunca mais eu bebo como bebi ontem.

—Não foi nada demais gente — Ingrid falou — Ela já tá até bem — Concordei com a cabeça.

180 curtidas e 100 comentários para o próximo.

Eu tô muito feliz com o tanto de comentários que teve no último capítulo, muito obrigada 🫶🏽❤️

Isso me dá um gás enorme pra escrever, tanto que escrevi esse capítulo em menos de um hora.