𝐏𝐫𝐨𝐛𝐥𝐞𝐦𝐚 𝐏𝐫𝐚 𝐕𝐨𝐜𝐞̂ - 𝐆𝐚𝐛𝐢𝐠𝐨𝐥

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—Para de bobeira e aceita viajar com ele, se ele quer pagar é com ele mesmo — Julia deu uma risada.

—Aa sei lá, fico meia assim de aceitar né. Não gosto da ideia dele ter que pagar pra mim as coisas.

—Deveria gostar, ele é rico e é seu namorado. Nem vai fazer diferença.

—Ele não é bem meu namorado, a gente só está ficando sabe — Abri um sorriso nervoso. A gente só ficou duas vezes, que foi uma péssima ideia isso ter acontecido.

Ainda se passava tudo bem claro na minha mente, como suas mãos percorria pelo meu corpo e como eu não me senti nem um pouco incomodada com isso. Isso era bom, mas ao mesmo tempo era tão péssimo.

—Mas se você quiser ir tudo bem, isso não vai te fazer interesseira — Julia sorriu pra mim — E outra, imagina a oportunidade de ir viajar de jatinho? Não é de se jogar fora.

—Vou pensar — Era fato que eu deveria pensar rápido. Porque hoje era dia vinte cinco e eu tinha acabado de olhar o stories dele e ele já estava no Rio De Janeiro. Ontem mesmo esse homem estava em São Paulo comemorando com sua família.

Estávamos como de costume na casa de Lorena, mas dessa vez sem a presença de Bruna que foi viajar com a Família.

—Ei, vamos começar logo esse amigo calcinha — Laura chamou minha atencão e se levantanou com uma bolsa pequena em mãos — Eu começo — Falou e toda nós prestamos atenção nela — Minha amiga oculta é um pouco faladeira. Essa calcinha não é comportada, em um rosinha claro.

—Sou eu — Julia levanta as mãos sorrindo e Laura concorda com a cabeça, ela abre a sacola toda animada mostrando os detalhes da calcinha rendada da cor rosa bebê. Muito linda e delicada — Bom, eu tirei uma pessoa muito amável. Oque eu comprei talvez não tenha nada a vê com ela, mas como ela está de boizinho novo. Resolvi arriscar.

Sorri ao me levantar já sabendo que ela falava de mim, abracei ela e comecei a abrir a sacola e puxei o pequeno pano para cima. Era uma calcinha preta mega fina na parte de trás, e um detalhe diferente era as três tiras do lado.

Era óbvio que eu nunca usaria isso, até porque nem tendo relação eu tô.

—Obrigada — Sorri ao ver a Lorena com tamanha expectativa me olhando —Minha amiga oculta, é uma pessoa muito mimada as vezes — Falo e a Lorena me encarar já sabendo que eu estava falando dela, era a única que restava — Comprei uma calcinha bem Paty que combina super com ela. É a Lorena — Ela veio até mim pegando uma sacola e abriu revelando uma calcinha rosa que tinha uma correntinha.

—Eu ameii, vou usar muito — Demos uma risada.

Sentamos novamente no sofá, enquanto degustavamos do vinho importado que a Lorena fez questão que a gente tomasse. Eu tomei apenas uma taça, pois sabia que porre de vinho é uma grande merda.

Depois de passar um tempo conversando com as meninas resolvi ir pra casa.

Eu estava deitadinha na minha cama, fazendo a digestão de todos os alimentos que eu comi desde a ceia. Já estava arrependida e com vontade de chorar me sentindo péssima por ter comido, mas meu celular tocou me mostrando uma vídeo chamada de Gabriel.

Abri tentando mostrar minha melhor feição possível — Que carinha é essa? — Perguntou do outro lado da tela ajeitando o bucket — Aconteceu alguma coisa?.

—Não é nada Gabi — Dei um sorriso amarelo.

—Pode falando, sabe que sou seu amigo.

—É só que eu comi demais e fico me culpando por isso — A sensação ruim me inundou.

—Não precisa ficar assim, quando você se sentir assim no outro dia você pode ir correr ou praticar algum exercercico se for se sentir melhor. Você sabe que tudo isso é sua mente.

—Uhuum, já tá aqui no Rio?.

—Tô sim linda, cheguei hoje com uns amigos. Tive que ir no CT que os treinos voltaram — Coçou a barba — Como foi seu natal?.

—Foi bom, passei com minha mãe e meu irmão como de costume e o seu?.

—Foi bom, também passei com minha família — Por tempo indeterminado ele pareceu desviar seu olhar pra algum canto da tela, sua testa se franziu — Que isso aí atrás de você? É uma calcinha?.

—Aonde? Que calcinha? — Olhei desesperada pra trás de mim vendo a calcinha que ganhei bem encima da minha cabeça.

PUTA MERDA.

Peguei ela o mais rápido que pude jogando pro outro lado da cama — É calcinha nova? Comprou pra quem, hum?.

—É nova, comprei pra usar com o Joãozinho — Zombei e ele na mesma hora fechou a cara.

—Joãozinho não transa, ele é um homem de Deus — Arqueou a sombrancelha — Mas é sério comprou pra usar com ele? — Perguntou curioso.

—Não Gabriel, eu e minhas amigas fizemos um amigo calcinha. Aí eu ganhei, até parece que eu vou usar também.

—Pode usar comigo se quiser — Sorriu pervertido.

—Somos amigos, não sei se você lembra.

—Amizade colorida, já ficamos uma duas vezes — Ironizou, filho da mãe.

—E oque isso tem haver?.

—Que se tu quiser mais uma vez eu vou querer — Pareceu falar bem sério, sem esboçar nem um sorrisnho que indicava um tom de brincadeira — Ninguém mandou ser gostosa, já falei que a gente pode se pegar.

—Já disse que não vamos mais fazer isso, e que não quero estragar nossa amizade.

Ele pareceu ignorar oque eu falava e mudou de assunto — Você deveria usar essa calcinha po , sério mesmo. Tenta usar pra você mesma e se olha no espelho.

—Gabriel, eu não uso esse tipo de coisa, eu não me sinto bem e bonita usando um biquíni imagina uma lingerie — Suspirei pesado.

—Deveria usar, começar a praticar isso que eu te falei. Vai se sentir um pouco mais confiante — Olhei pra ele que se sentava na cama e enquadrava melhor o celular em seu rosto — Agora me fala, oque você decidiu sobre a viajem?.

—Ainda não sei Gabi, não quero parecer uma interreseira.

—E não vai, te garanto isso. Eu quero pagar porque eu quero sua companhia. Você é minha amiga.

—Ta, tá bom — Falei meio relutante.

—E outra, ninguém precisa saber que eu paguei pra você também, relaxa. Só o Fabinho sabe porque ele que agiliza essas coisas pra mim.

270 curtidas e 240 comentários para o próximo.

Se a meta for batida e eu conseguir escrever o próximo capítulo, talvez eu volte ainda hoje.