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E tudo estava rodando na minha mente, apenas um toque me fez voltar no passado e lembrar o quanto ele me machuca verbalmente

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E tudo estava rodando na minha mente, apenas um toque me fez voltar no passado e lembrar o quanto ele me machuca verbalmente.

Palavras como "Gorda" "baleia", isso me machucava tanto na época que eu nem tinha forças pra sair desse relacionamento. Passei os dedos pelo meu pulso me lembrando de todas as vezes que ele me segurou mais forte e todas as vezes que levantou o tom de voz.

Tirei meu olhar das flores rosas e encarei ele sem acreditar no que estava acontecendo, como ele pode ser tão baixo e enganar todo mundo com essa carinha de bom moço.

Continuei ali por alguns minutos sem conseguir fazer nada, em minha volta meus familiares me olhavam e falavam algo entre si. Gabriel pareceu perceber oque estava acontecendo e levantou vindo parar do meu lado.

Passou a mão no meu rosto — Que foi amor? oque ele fez pra você?.

—Eu não fiz nada não Gabigol ,mas fácil você ter feito né. Sua fama não é muito boa — Pec falou e eu vi as veias do braço do Gabriel saltarem e o maxilar travar.

—Qual é a tua cara? — Perguntou se virando, ficando de costas pra mim — Tá querendo conquistar minha mulher? — Se virou falando em um tom totalmente debochado.

—Sua mulher? Não tô vendo nenhuma aliança — Coloquei minha mão no pulso do Gabriel tentando conter ele — Se eu fosse você eu desistiria, ela pode até gostar de você. Mas quem ela amou de verdade foi eu.

—Amor, deixa ele pra lá — Puxei a mão dele — Hoje é aniversário do meu irmão — Falei totalmente nervosa, porque vi que apesar deles estarem falando baixo o pessoal prestava atenção no que acontecia aqui.

Gabriel pareceu me ouvir e virou de costas andando comigo até a mesa que estavamos sentados junto com minha família, todos só prestavam atenção em nós dois.

—Minha vontade é meter a porrada nele — Coçou a cabeça nervoso e me encarou — Você tá bem? Ele falou alguma merda pra você?.

—Não falou nada, acho que foi só um gatilho — A mão do Gabriel passou por minha perna subiu parando em minha coxa e deu um aperto.

Ela sabia me confortar, só com um olhar que me encarava nesse exato momento fazia isso. Eu me sentia tão bem com ele, ele era meu lar.

Meu medo era que esse gatilho me fizesse chorar, ainda mais na frente da minha família.

—Não vai comer? Esse fricassê tá uma delícia — Beijou minha buchecha e em seguida esfregou seu nariz sobre minha pele vermelha.

—Fiquei até sem fome — Dei um sorriso de canto.

—Não vai nem comer a sobremesa vida? Hum? — Percebi que ele ainda continuava nervoso, mas estava tentando deixar isso pra lá por mim.

Sua barba raspou em minha orelha e em seguida ele mordeu a aba  — Você quer a sobremesa você fala Gabriel.

𝐏𝐫𝐨𝐛𝐥𝐞𝐦𝐚 𝐏𝐫𝐚 𝐕𝐨𝐜𝐞̂ - 𝐆𝐚𝐛𝐢𝐠𝐨𝐥Onde histórias criam vida. Descubra agora