Um

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1. Liase Cameron

- Tá prestando atenção? - Karen, minha melhor amiga, tira-me dos meus pensamentos.

Essa é Karen. Minha melhor amiga desde sempre. Não me lembro muito bem quando nos tornamos melhores amigas, mas parece que ela sempre esteve aqui comigo.

Ela esta me contando como a vida dela é uma bosta. Pois se apaixonou pelo único homem que não pode ter - palavras dela não minhas -. Ela sempre foi assim. Emotiva no amor e dramática para tudo.

Olho para ela entediada. Karen me conhece mais que todos no mundo. Ela é chata, insuportável, uma emocionada, chorona, barraqueira. Porém é minha melhor amiga. Mais que isso é minha irmã.

- Quem é esse homem? - pergunto parando de andar e encarando-a. Conheço minha amiga e conheço nossas vidas. Deve ter sido alguém que ela viu cortando grama sem camisa.

- Você vai rir. - levanto uma sobrancelhas.

- Não vou. Prometo - beijo meu dedo indicador e levanto ele e Karen faz o mesmo grudando o dela no meu.

Não tem mais volta - temos essa mania. Quando algo é muito importante para nós, fazemos isso. Significa: não conte absolutamente ninguém, Ou mato-lhe, vadia. Ela inventou isso. Muito fofo não. Também usamos como: não fica com raiva. Não surte. Prometa que ainda vai ser minha amiga. Não me chame de tola. Normalmente usamos da outra forma mesmo.

- Meu vizinho - tento segurar minha risada - tá vendo aí.

- Já superou Lorenzo? - provoco ela.

- Lorenzo? - repete - claro que não, mas ela tá muito longe. Quando ele voltar vou tomá-lo para mim - reviro os olhos.

- Meio nojento - faço careta.

- pelo menos ele tem um pai normal e não estaria em constante perigo - Ela joga essa informação na minha cara.

Caso não tenha contado. Sou italiana. Obviamente, moro na Itália. Sou filha do capo da Itália. Sim, capo. Significa que meu pai é mafioso. Nossa que alegria. Isso não significa muita coisa, sou livre para uma vida quase normal. Ainda assim, existem coisas muito complicadas. Muitas pessoas me querem morta.

- preciso contar a alguém - aviso a ela segurando a risada.

- não faz isso - ela tenta segurar meu braço. Porém dou dois passos para trás - eu te mato - ela tenta me atacar. Acabo tropeçado quando tento fugir dela. Já estava preparada para colidir com o chão, quando sinto mãos firmes me segurarem. Abro meus olhos lentamente, e morta de vergonha.

Tô no céu? Como pode ser alguém tão bonito? Foi propósito de Deus tudo isso?.

- Minha amiga tá apaixonada por alguém que nem sabe da existência dela - falo sem pensar. Fecho meus olhos apertando bem forte. Morta de vergonha, isso me explica nesse momento. Número um: pelo menos contei a alguém. Segundo: Não pensei bem nisso, e contei a um COMPLETO estranho, que me ajudou a não cair no chão.

- Que falta de sorte - ele diz num tom brincalhão. Peraí! Ele tá brincando com a situação?. Não sei se fico aliviada ou confusa. Prefiro ficar aliviada.

Onde está o amor? - Saga Petrov's IOnde histórias criam vida. Descubra agora