Vinte e nove.

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Liase Petrov's

A cada passo meu nervosismo aumentam. Mordi meu lábio inferior, enquanto limpo o suor das minhas mãos. Estou andando de um lado para o outro igual doida.

Eu e Teresa formos comprar algumas coisas para o bebê.- Inclusive é menino. Eu a obriguei fazer um ultrassom. - Até que a merda da bolsa estourou. É cedo demais para nascer. Já perdi a noção tempo. Eros e Apollo estão viajando à trabalho, Afrodite e Lorenzo estão na Itália, Ares confinados em um internato na Inglaterra. Sobrou eu, a pior pessoa para sobrar.

Pelo menos Apollo não vai assistir o parto, ele desmaiaria. Homens são tão sortudos, não precisam passar por nada doloroso como um parto. Ou cólica. Ambos infelizes.

Eu e Eros não estamos muito bem essas semanas. Ele anda mito estressado, sempre trabalhando, mal fala comigo. O que mais temos feito é brigar e transar.

Meu celular começa a vibrar no meu bolso. Foi aí que parei de andar de um lado para o outro igual doida e voltei ao mundo real. Pego o celular e é um número desconhecido.

- Não é uma boa hora, Ares.

Nunca deixei de ligar um dia se quer para ele.

- Nunca vai ser, já que você só vive estressada. Isso é falta de sexo. - Revirei meus olhos.

- A culpa é sua, sabia?

- Eu tô entediado. As aulas vão iniciar ainda e as pessoas aqui não fazem meu tipo. Tô sofrendo!

- Poço mandar a Luana te visitar, o que acha?

- Aquela Barbie falsificadas não. Não me interprete mal, mas ela é ela.

- Também não gosto dela. Fica calmo.

- Vai me tirar daqui?

- Não. Tchau.

- Calma ai! - desliguei.

Tenho m preocupações maiores, do que o tédio de Ares Petrov's.

Porra. Se o bebê nascer? O que eu vou fazer!? Puts. Eros não atende o telefone aquele boiola. Dou um mini grito batendo o pé no chão. Vão tudo se fod...

- Com licença. - Levantei meu olhar rapidamente. - Tá tudo bem?

A vergonha invadiu meu rosto. Meu Deus o que ele deve tá achando de mim? Que sou louca é claro. Mas é um hospital, normal as pessoas surtarem? Deixa de ser neutra Liase. Hospital que o povo surta é o psiquiátrico. Daqui a pouco eu mesmo me interno lá.

- Tá tudo ótimo. - Ok. Estou parecendo uma estranha falando. Dou um passo para trás me batendo com a cadeira. Olho para a bolsa de bebê, para em certificar que não derrubei nada. Se o bebê nascer, o que já deve está acontecendo, ele vai precisar de coisas.

- Tem filhos? - Franzi a testa enquanto dou uma risada. - Desculpe não é da minha conta.

- Não. Tá tudo bem. - Ele é bem gentil para um médico. Normalmente eles são estressados. - Não é meu, eu não posso engravidar.

- Desculpe-me dobrado.

- Não, que isso. Isso não me ofende. Inclusive, sou a Liase - Estendi minha mão, comprometendo-o.

- Eu sou o Adam. - Sorri.

- Doutor Adam, precisam de você na pediatria. - recepcionista meio que grita.

- Bom, preciso ir. - Ele aponta para o corredor. Eu apenas assenti enquanto ele saiu.

Já era noite quando uma médica me chamou. Meu olhos quinaram em lágrimas quando vejo Athos. Teresa tá dopada, eu não sabia que um parto doesse tanto, ou demorasse. Estão dando banho para tirar o sangue em volta dela.

Onde está o amor? - Saga Petrov's IOnde histórias criam vida. Descubra agora