Dezesete

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Liase Cameron.

Voltei no carro de Ares, eu não falei absolutamente nada durante o trajeto. Estou com raiva - De mim. De Eros. - Quero gritar com alguém.

Desço do carro no mesmo momento que ele para. Eros já estava lá, passei direto por ele. Ele me seguiu.

- Liase - Ele está calmo, mas eu não. Continuo andando. Abro a porta e entro - Liase! - Continuo andando. - Liase, pare agora - O grito dele me fez parar no mesmo momento. Confesso que me assustei, nunca o vi gritar dessa forma. Olhei pelo meu ombro e vi Afrodite se agarrar ao braço de Apollo.

- O que!? - Não abaixei minha guarda. Não o olhei, continuei de pé.

- O que você quer que eu faça? - Ele continua gritando.

- Era minha escolha - me virei para ele. - MINHA! Não tem o direito de escolher por mim. - Ele travou o maxilar.

- Saiam - Ele diz para os irmãos e Karen. - Agora.

Ares tenta puxar Karen, mas ela só se retira quando eu sussurro para ela ir.

- Eu precisava - Eu rir

- Nossa, alguém te obrigou? - Falei com deboche.

- Tá agindo igual criança - Endireitei minha postura.

- Eu passei a minha vida inteira atrás de pessoas, ouvindo o que eu tinha ou não que fazer - comecei ainda gritando. - Sempre fui tratada igual lixo pelo simples fato de nascer. Você sabe o que é isso? Sabe como é ir dormi chorando todos os dias? - começo a me aproximar dele - Sabe o que é ficar com o corpo todo roxo e tomar banhos de gelo para amenizar a dor, só porque falou algo, sem querer, que não devia? - Ele virou uma estátua - Você não sabe o que isso causa na cabeça de uma criança.

- Liase, eu - Interrompo.

- Não. Eu não terminei. - gritei novamente - Eu sempre fui um objeto, todos faziam o que queriam comigo. Mas você. Você fez que eu me sentisse especial, não um objeto. Eu não queria o mundo, Eros, só queria ser amada da forma que eu mereço. - Sinto as lágrimas rolarem em meu rosto - Não sou um objeto!

- Eu sei disso. - Ele está com a voz embargada.

- Não, não sabe - aponto para o rosto dele - Não sabe. - cubro meus rosto.

Eu comecei a soluçar sem parar, o choro era inevitável. Claro que eu desejaria me casar com ele. Mas a escolha era minha, e ele tirou isso de mim. Simplesmente me tomou, como um objeto. Como todo sempre fazem.

- Liase - Ele segurou meus braços. - Por favor, me perdoa. Eu juro, juro que não queria te magoar - Eros fala desperado.

Não estou agindo igual criança. Ele quebrou a minha confiança. Merda. Eu quero ficar com ele, muito. Mas não dessa forma. Não sou um objeto para quando ele disser: eu quero. Droga, eu não posso negar que ele querer casar comigo me deixar feliz.

- Eu te amo - Ele sussurra. Começo a chorar mais. Eros me vira contra o corpo dele e me abraça por trás segurando meus braços. - De verdade, e não sei mais como ficar longe de vocês. Preciso de você, Liase. - Ele coloca o rosto nos meus cabelos. - Me perdoa, por favor.

- Para - peço entre lágrimas. - Não é justo.

- Não, não é. Você não deveria passar por isso - Ele diz. - Vou cuidar de você. É uma promessa.

Olho para ele. Meus olhos descem está vermelhos e a cara toda melada de maquiagem.

E se der certo?

- Quer um casamento? - Me desvinculei dele.

Livre arbítrio e confiança.

- Eu me caso com você. - Sussurrei.

Onde está o amor? - Saga Petrov's IOnde histórias criam vida. Descubra agora