Seis

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6. Liase Cameron

- para o carro - digo. Eros não olha para mim. - Por favor?. - nenhuma resposta.

O que eu tô fazendo aqui? Por que eu entrei no carro? Por que ele me mandou entrar? Eu tô endoidando. A verdade é que eu nem sei o que pensar. Ela é do meu irmão. Eu nem deveria ter subido e agora quero que ele simplesmente pare? Nada a comentar.

- Você entrou por que quis - finalmente ele quebra o silêncio. Ainda não me olhou - Não te obriguei. Poderia ter negado. - Verdade. Me encolho envergonhada.

Fiquei em silêncio. A vergonha queimando minha pele. Por que essas coisas so acontecem comigo. Levo minhas mãos ao rosto o cobrindo.

- minha intenção não era a deixar envergonhada. Me perdoe - olho para ele rapidamente. Os olhos arregalados. - Disse algo errado novamente? Eu juro que realmente não quero a ofender... Eu... e... - Gaguejando. Ele ESTÁ GAGUEJANDO?

- Não. Você não falou nada de errado. - Juro ter visto alívio em seu rosto. - So que você se desculpou por me ofender. Tipo você é você. E eu sou Eu...- Balanço a cabeça sem entender essa situação.

- Não vejo muita diferença - Estou o olhando tão incrédula.

- Sabe quem eu sou?

- Liase Donavan, primogênita do capo da Itália.

- Não. Errou. Sou Liase Cameron, Filha bastarda do capo da Itália. Um nada. Algo que deu errado no caminho - Dou de ombros.

- Você acha isso normal?

- Não tem muito o que fazer. - Observo a rua. Meus olhos brilham quando vejo um parque de diversão enorme. Na Itália é muito difícil de aparecer um desses. Sempre quis ir em um.

- Não a vejo assim...- O encaro confusa. Ele completa: - Não a vejo como um nada.

O resto do caminho não falamos nada - Nem sei a onde estamos Indo - Eros é indecifrável. Seu rosto não revela o que pode está se passando na cabeça dele. Como isso foi acontecer? Como o Mafioso mais poderoso que já existiu falou que eu sou algum coisa? Como eu estou dentro do carro dele?

- Podemos passar na minha casa? - Perguntei. É aqui perto e o meu primeiro destino era lá.

- Claro. Coloque a localização no gps.

Assim fiz, coloquei a localização. Estávamos na rua da minha casa, avistei Karen parada na frente. Esqueci completamente que eu pedi para ela me encontrar aqui. Merda.

- Pode não descer? - Ele ficou sem entender. - Minha amiga tá aí fora. Ela vai ficar um pouco desconfortável com sua presença. - Sorri amigável-mente. - prometo que vou dispensar ela, pego o que tenho que pegar e volto.

- Não acha que já está abusando? - Sim, estou. Então ele sorriu - Demore o tempo que precisar. - Eu desci. Os olhos azuis esverdeados de Karen me observaram com ódio.

- Sabe quanto tempo eu fiquei aqui plantada? - Ela praticamente gritou - Foi aquele velho? Eu vou matar ele. - Ela foi na direção do carro - é ele que está aqui? Foi por isso que ele não desceu? - Corro até ela segurando o braços ela.

- O que houve? - pergunto. Por que ela está com tanta raiva? Ela já me fez eperar muito mais tempo do que isso.

- Aline me contou o que aconteceu. - Soltei ela - Seu pai contou para o pai dela, que disse a ela , a qual me disse - Então é assim que funciona a fofoca - E agora você deveria está em um hospital. Já pensou se isso infeccionar? - Ela me vira tentando abrir o zíper do meu vestido.

- Para com isso - me desvinculo dela. - Karen, eu desobedeci criei uma confusão, agora paguei por isso. Nada mas que justo - Ela nega com a cabeça.

- Desça seu velho vagabundo - Ela grita. Estamos no gramado, ainda assim Eros vai ouvir e achar que é com ele. - Você deveria ter me ligado, dito alguma coisa. Eu não ligo para as consequências. Ele te machucou. Eu vou machucar ele. - Ela olhou novamente para o carro - Eu vou te bater da mesma forma.

- Me bater? - Eros já estava parado fora do carro. Karen me olhou pasma sem entender.

- Eu posso explicar.

- Por que tá no carro do mafioso gostoso? - Apertei meus olhos morta de vergonha. Me virei para Eros com a intenção de me desculpar. - Liase seu vestido - A olhei confusa. Estou com um vestido branco mais solto. Tem o zíper atrás para eu não me machucar na hora de abri e...

- O que ta acontecendo? - Eros perguntou. Percebi que ela está atrás de mim. Uma lágrima rolou no rosto de Karen. Seus olhos estão vermelhos.

- Está tudo bem - garanti - Não é nada. Nada demais. Só me deem um minuto - Começo a andar, mas não vou longe. A enorme mão de Eros me faz parar. - Preciso entrar, ou vai manchar o vestido.

- Quem fez isso com você? - Ele se importa? Por que ele se importa? Esse dia não tá fazendo sentindo. Nada aqui faz sentido.

- Foram consequências. - Desviei meu olhar do dele - Por favor, me deixa tirar essa roupa. - ele me soltou.

Karen entrou para me ajudar. Eu não quis que ela me visse, então ela só separou as roupas. Mas eu escutei seu choro, mesmo que tentasse disfarça. Aquilo me apertou o coração.

Eros não falou durante o caminho. E pela forma como apertou o volante presumi que estava irritado. Talvez eu e Karen tenhamos feito ele perde algo importante hoje. Nossa ele é tão educado. Aposto que só ficou por educação. Como eu sou burra.

- Me desculpa. De verdade - Eros olhou sem entender para mim. Eu não o olhava, mas ele parecia nem piscar. - Sei que está sendo educado. Peço desculpas por fazer você perde tempo comigo e os dramas da minha vida. E me desculpe mesmo pelo show de Karen mais cedo - não consigo olhar para ele, estou envergonhada demais. Vergonha, é o que mais sinto na minha vida.

- Liase, não estou irritado com você. Claro que não. - Ele hesitou em continuar. - Você não me faz perder tempo. - pisco várias vezes o encarando.

- Que bom. Estou mais aliviada. - sorri para ele. Ele não sorriu, mas um alívio tomou conta da sua face - Onde... Onde estamos indo?

- Ah, nada demais. Vamos a um jantar - O que! Não estou vestida apropriadamente para isso. - Você me deve algumas horas do seu dia. Noite no caso - ele faz um biquinho e joga a cabeça de lado um pouco.

- Eu ainda te mato - Gargalhadas. Muito contagiantes.

Onde está o amor? - Saga Petrov's IOnde histórias criam vida. Descubra agora