Trinta e tês

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Eros Petrov's

Apertei a mão no volante cada vez mais. Parecia que nunca chegávamos. Merda não deveria ter deixado elas sozinhas. Droga. Bati com a mão no volante.

Chegando nem importei-me de desligar o carro ou fechar a porta quando sai correndo do carro em direção à casa. A porta já estava aberta.

- Liase! - Gritei entrando na casa.

- Droga! Não. - Fui até Apollo. Afrodite estava jogada no chão. - Ela tá viva, só desacordada.

Corri para o segundo andar. Nosso quarto estava completamente bagunçado. Tudo fora do lugar e isso só me deixou mais apreensivo. Liase esteja bem. Implorei para tudo que me ajudassem.

Pela primeira vez na minha vida eu tremi de medo. Liase é tudo para mim, perder ela é perder a minha vida. O ar parecia sumir a cada segundo. Tudo estava ficando turvo a minha volta. Que merda há comigo?

- Teresa? - Apollo bateu na porta. Ele empurrou tentando arrombar. Então com um chutou ela foi aberta.

Teresa estava segundo uma faca com uma mão e segurando Athos no outro braço. Ela jogou a faca no chão quando nos viu. Teresa correu até ele e o abraçou.

- Onde está Liase! - Exigi á Teresa.

- Não sei, ela me mandou ficar aqui. Eu tô com medo, Apollo. - Ela o abraçou forte. Teresa nunca passou por algo assim antes, deve ter sido um trauma.

- Ares deveria está aqui - Apollo disse entre dentes.

Eu sei disso.

Esmurrei a parede. Eu estava tentando controlar minha respiração, mas ela só piorava. Eu desci rapidamente. Havia pegadas pela neve, bem fracas.

- O rio. Ela tá no rio. - Ares apareceu todo molhado. Ele mal conseguia respirar. Percebi que estava coberto se sangue - Eu não to achando ela, Eros. - Sua voz está embargada.

Eu nunca vi Ares chorar.

Eu saí correndo em disparada. A neve estava forte, parecia que iria começar uma tempestades. Estamos no alto de uma montanha, as tempestades são mais fáceis aqui.

O rio é longe da casa. Quem quer que tenha feito isso vai pagar. Vou fazer ele desejar a morte.

Na beira do rio estava cheio de sangue cobrindo a neve, o rio quase todo congelado, apenas um parte quebrada. Eu pulei sem nem pensar. São quatro metros de profundidade, eu preciso achar ela.

A água começou congelar meu ossos, ficando cada vez mais difícil de nadar. O lago é enorme. Estava frio demais. Não tô conseguindo enxergar nada, está tudo escuro.

Eu nadei. Apenas nadei tentando manter-me acordado. Tentando ser firme até encontrar ela.

Vi um rastro de sangue pela água. Persegui ele. O corpo de Liase flutuava nu pela água. Eu agarrei ela, mas não tinha mais forças para carregar ela.

Vai ficar tudo bem, amor.

Eu não conseguia enxergar direito, estava escuro e minhas pálpebras pesadas. Apertei-me ao corpo de Liase, enquanto aos poucos tudo ao meu redor sumia. Apenas ouvi o barulho do meu coração acelerado em meio peito. Beijei os lábios de Liase e fechei meus olhos.

Onde está o amor? - Saga Petrov's IOnde histórias criam vida. Descubra agora