Vinte e sete.

1.4K 112 68
                                    


Meus olhos caminharam para um homem alto e loiro. Ele me observava pela multidão. Desviei meu olhar procurando meu marido. Mas ele está preso a alguns capos. Eros está tão frio está noite, mas entendo. Ele não é o mesmo com os outros, como é comigo. A expressão em seu rosto não me assusta, poderia assustar-me a um ano atrás,mas agora que realmente o conheço, não mais.

- Vermelho é mais a sua cor. - Lorenzo sussurrou em meu ouvido. Por instinto cotovelei seu rosto.

- Meu Deus, desculpe-me. - Ele riu e limpou o sangue do nariz.

- Eu mereci.

- É. Mereceu.

Nos olhamos então começamos a rir. Ele olhou para Karen, que está com a minha cunhada bebendo no bar. O sorriso sumiu do seu rosto, mas seus olhos falaram outra coisa.

- Hoje é importante, Lorenzo. - Conheço esse olhar dele, é quando Lorenzo vai aprontar.

- Suas irmãzinhas não estão aqui. - Ele apontou. Estamos em uma parte superior, no alto, consigo ver todos daqui. - Seu papai também não. - mudou a direção do dedo rindo. - Nada te impede de ser feliz.

- Minha mãe também não. - Lembrei-o.

- Sei que não devo preocupar-me com você, por que é uma mulher incrível e pode lidar com tudo sozinha, mas sou seu irmão. Não se esqueça.

- Vem. Vai me apresentar ao seu pai. - O puxei. Mudando de assunto instantemente.

- Pai, essa é Liase, minha irmã. E mulher do seu capo. - Lorenzo apresentou-me. Sorri ao pegar na sua mão. - Mamãe... - Dei um passo para trás com a frase de Lorenzo. Minhas respiração começou a ficar irregular. -, essa é Liase, lembra? Já te falei dela.

Um linda mulher loira, talvez a mesma idade que a minha mãe tinha. Ela é mais baixa que eu. Seu sorriso se alargou mais. Então ela estendeu a mão, fiquei com medo de segurar e ela perceber que estou tremendo. Seu sorriso vacilou, então o peguei sua mão cumprimentando mais rápido.

- Lorenzo falou muito de você e da sua beleza, além das fotos nos sites, mas é ainda mais bonita pessoalmente. Não que eu seja uma stalkear louca. - Ela se atrapalhou nas palavras. Suou tão...bom? Acho que ela é uma pessoas incrível. Tentei força um sorriso.

Dei alguns passos para trás e sai dali. Eu não sabia para onde caminhar. Me senti sufocada. Aqui está muito cheio. Olho em volta e tudo está turvo.

Não é justo. Não é junto! Minha mãe morreu, á dele não. Eu fiquei com um buraco dentro de mim, ele não. Por quê?

Respira. Só respira Liase. Por favor, se controle.

Alguém segurou meu braço. Fui puxada sem mesmo saber quem me guiava. Do lado de fora me soltei bruscamente. Então percebi que era Ares. Seu olhar tinha pena, ou medo? Não me preocupei em saber.

Tentei criar coragem para caminha de volta para dentro. Fingir que estou bem, já sou profissional nisso. Foram anos forçando sorrisos, risadas e abafando o choro. Você consegue Liase. Não é como fosse a primeira vez.

- Você está me assustando. - Ares disse. Me virei encarando o rosto dele. O terno azul caiu bem nele. O cabelo para trás. Balancei meus ombros com cara de confusa. - Isso tudo, Liase. - Ele apontou para mim, de cima para baixo. - O que houve?

- Não é justo! - Tentei não gritar. Respirei fundo e cobrir meu rosto. - Minha mãe morreu, Ares, sabe como dói? - Ele paralisou. Balancei minha cabeça em negação. - Claro, você numa entenderia. - Sussurrei. - Hoje é importante para mim. Nada pode sair errado. - Ares, lentamente, aproximou-se de mim. Ele estendeu o braço, e cruzei o meu no dele.

Onde está o amor? - Saga Petrov's IOnde histórias criam vida. Descubra agora