Dois

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2. Liase Cameron

Me levanto bem cedo no outro dia. A vergonha ainda queimava na minha pele. Os olhares, os cochichos. - Como se o meu nascimento já não fosse motivo bastante para me desprezarem, ainda passo aquela vergonha. Eu quero sumir.

Me preparo para minha rotina normal. Separo a roupa que vou usar, depois sigo para o banheiro. Deixo a toalha cair no chão, encaro o refluxo do meu corpo nu no espelho. Sou magra, não tenho um corpo definido. A única coisa a qual é comentado, é minha cintura. Ela é fina, fazendo o fato do meu color não ser padrão ficar mais aceitável.

Vou até o boxer e ligo a água. Enquanto a água quente percorre meu corpo penso: Como será a minha vida?. Já tenho vinte anos, logo chegará o aniversário de vinte um. Ainda não tenho um pretendente. Como filha de um mafioso não posso simplesmente casar com qualquer homem que eu me apaixonar. E como bastarda, sou uma vergonha para qualquer homem dentro da máfia querer casar comigo.

Pode parecer besteira, mesmo assim, essa rejeição me causa angústia. Saber que sou rebaixado à lixo, que nunca poderei ser amada de verdade. Não sou uma desesperada por homem. Mas não é isso que desejamos? Ser amada?.

Não digo por homem, sim pelas pessoas a nossa volta. Não quero reclamar, nem parecer ingrata. Sei que minha mãe sacrificou tudo por mim, e isso a deixou quebrada. Ainda assim não entendo porque se fecha tanto para mim, ela sempre diz que me ama e sempre que pode comprar as coisas que e quero, mas nunca demonstra carinho. As vezes penso que não me ama. Que tem só uma obrigação como mãe.

Meu pai, não posso cobrar muito dele. Ele sempre diz: você é a filha do meu grande amor, meu tesouro. Porém as minhas irmãs sempre irão vim antes de mim. Sempre serão mais queridas, e o orgulho dele. Elas são aquela que não deveria existir na vida dos meus pais.

Talvez seja só drama. Talvez eu seja uma dramática. Talvez eu esteja sendo ingrata.

Deveria está grata pelo que eu tenho. Talvez o amor realmente seja só uma ilusão criada por pessoas emotivas.

Desligo a água. Pego uma toalha e coloco no cabelo e outra em volta do meu corpo. Saio do boxer. Ao colocar meu pé no chão piso em algo, acabo me desequilibrando. Dor. Muita dor. Abro meus olhos com cuidado olhando para meu pé. Não parece ter quebrado.

- MÃE! - Grito o mais alto possível. E com desespero.

Minha mãe chega correndo em meu quarto. Grito para ela indicando que estou no banheiro. Minha mãe chega no banheiro e a primeira frase que sai de sua boca é:

- Como foi isso menina?.

Bem carinhosa.

- Tá doendo. Muito.

- O Que eu faço? - pergunta sem conseguir olhar pra o meu pé.

Ainda no chão do banheiro, com dor, eu digo:

- Chame uma ambulância, me ajude a levantar. Sei lá! - grito a última parte. Ela continua em choque - Mãe faz alguma coisa - grito novamente.

Ela sai correndo. Dez minutos depois ela volta com meu pai. Pisco umas vinte vezes.

Sabe, as vezes eu penso que tenho alguma coisa para atrair azar.

- Eu estou nua! - quase grito.

- Eu já te vi nua - meu pai rebate.

- Eu era um Bebe. UM BEBÊ - minha paciência já está se esgotando. Estendo uma mão para o meu pai, e com a outra reforço a toalha, e não solto por nada. - Me leve para o meu quarto, aí eu me troco, e vamos direto para o hospital. - meu pai pega e me ajuda a levantar. Apoio um braço em seu pescoço andando igual saci.

- Se estiver quebrado precisamos ir logo - Olho rápida te para ele incrédula.

- Não vou sair assim - ele me olham juntos sem entender - Nua - específico.

- precisa de ajuda? - minha mãe pergunta e eu semicerro os olhos.

- Não.

Eles deixam o quarto logo após de me colocarem na cama. - Como eu não fosse me levantar.

Procuro um vestido bem leve. Coloco bem rápido, nem me preocupo com calçado. Meio óbvio. Pego uma bolsa e coloco tudo que for necessário.

Consigo andar, mas ainda dói muito, muito mesmo. Odeio isso tá acontecendo.

- Sera que algum de vocês podem vim me ajudar?.

Acho que demorei alguns minutos demais procurando um vestido. E tentando achar meus documentos etc...

Meu pai me levou-a te o carro nos braços. Fomos direto para um hospital.

- Como isso aconteceu? - meu pai perguntou.

- escorreguei em algo, e não consegui me equilibrar - Estou no banco de trás do carro, com a perna estendida pelo banco todo, enquanto observo a rua pela janela.

- Tem que presta mais atenção, Liase, poderia ter sido pior. Ontem...- no mesmo momento minha mãe o interrompeu.

- Ontem O que? - Ela estão no banco do passageiro - Você a levou. Você a obriga está perto de pessoas a qual não fazem bem para ela. Pessoas que a julgam simplesmente por existir - ela está rígida. Nunca vi minha ame perde a paciência dessa forma - o único culpado por ontem foi você.

- Qual moral você tem, Samanta? Nunca está em casa. Vive trabalhando. Nunca da a atenção devida a ela, agora quer me julgar por levá-la ao um local para se distrair? - ele foi totalmente irônico. Muito desdém.

Eu não entendo eles. Quando estão longe um do outro, sempre cometam o quando se amavam. Mas quando estão perto... o ódio que paira pelo local é sufocante.

Minha paciência já se acabou. Sumiu. Foi embora. Ela decidiu me deixar.

- Hospital - trago a atenção deles para mim - Esse é o objetivo. E não descobrirei qual dos dois são mais ausentes - Eles ficam em silêncio.

Pelo resto do caminho foi silêncio total. Meu pai nos levará em um hospital muito chic, logo fui atendida. Meu pé está bem. A dor foi por causa da queda e a forma que eu caí. Sem torção, ou, muito menos, quebrado.

- Tenho uma reunião para ir - meu pai falou.

- pode ir. Não lhe chamei - confusão: isso é o que explica o momento.

Se ela não o chamou como ele apareceu lá em casa? Ela demorou muito para voltar, e quando voltou ele estava lá, resumo que teria o chamado. Vejo que me enganei. Existe algum motivo a mais.

- Liase, filha - como filha do, praticamente, dono do país, foi tudo bem rápido. Logo fui atendida. Preciso ficar sem fazer esforços por no mínimo uma semana e depois força o pé a andar mesmo que doa - Eu vim para lhe buscar. Tem um evento hoje - olho para minha mãe, e ela olha para mim com um olhar que pedia desculpas. Com o pé torcido, sem conseguir andar, de mal humor. E agora isso? - preciso que venha.

Olho novamente para minha mãe. Suplicado, implorando que não me deixe ir. Minhas irmãs são horríveis, monstros. Elas me odeiam e fazem de tudo para minha vida ser um inferno.

- Eu vou viajar. E preciso ter certeza que irá ficar bem - Percebi que algo está errado. E eles não vão me contar - Talvez quando eu volte, Lorenzo já estava voltando também - ela me deu um sorriso, a qual saio triste.

Lorenzo só volta daqui a um mês. Um mês é tempo demais, algo está muito errado. Minha ame não iria para longe de mim por tanto tempo sem motivo nenhum. E...e ela nem me avisou, foi de última hora.

- Algo está errado - senti os dois me olharam preocupados - entendo que querem me proteger, Mas já sou adulta. Tenho direito de saber do que por está acontecendo. - finalmente olhei nos olhos azuis do meu pai, e depois os cor de mel da minha mãe - Não sou criança, não mais.

Onde está o amor? - Saga Petrov's IOnde histórias criam vida. Descubra agora