Doze

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Liase Cameron.

Eu dormi. Desabei na cama. Já estava cansada. Outras vezes na minha vida já presenciei mortes, como filha de mafioso isso é normal. O impacto é grande, mas com o tempo você se acostuma. Mas Karen... ela nunca viu alguém morrer. Ela nunca matou alguém. Ela está o dia inteiro com Ares no hospital. O que me impressiona, o que mostra o quanto ela é forte.

Ela vai desabar em algum momento, e eu não quero que isso acontece na frente de nenhum deles. Ela precisa se sentir segura para isso. Minha culpa isso está acontecendo, eu a coloquei nisso. Karen merece o mundo, e tudo de bom nele. Não merece virar uma assassina dentro de um mundo onde a morte é a única aliada.

Estou tão cansada para pensar em algo, para raciocinar alguma coisa. - Imagina Karen - Não me levantei para o café da manhã, e dispensei quando vieram limpar o quarto, ou quando trouxeram meu café da manhã. Só vim me levantar nove horas da manhã porque sei que Ares e Karen irão chegar às dez.

Entro no banheiro e fiquei por trinta minutos na banheira antes de começar meu banho. Após terminar fui até minha malas - não vou desfazer elas, logo não estarei mais aqui - peguei um vestido florido curto e meu coturno. Coloquei pequenos brincos delicados e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo alto. Passei meu perfume preferido e desço. - Eu já esperava que eles tivessem chegado, quando desci já era mais de dez.

Chegando na sala vejo Karen encarando o nada. Ela está paralisada, seu peito sobe e desce em uma respiração acelerada. Ontem liguei para os seus pais e disse que ela tinha vindo ficar na minha casa. Eles não fizeram muitas perguntas, o que só me ajudou. Não tem ninguém aqui, só eu e ela.

- Eles saíram. Ares tinha algumas coisa para resolver com o irmão - Ela virou a cabaça e depois me encarou.

Silêncio. Ficamos assim por alguns minutos. Karen Caio no chão chorando, eu corri até ela. A envolvi em meus braço. Prendi seus braços a abraçando por trás. Ela soluçou de tanto corar. A primeira vez que eu vi alguém matar foi horrível, eu vomitei, e chorei por uma semana. Já fui obrigada a matar, aquilo sim foi o fim do mundo para mim. - mas aqui são situações diferentes, Karen não sou eu. Temos psicológicos. Eu posso lidar de uma maneira, ela de outra. Não posso deixar que ela carregue tudo para se mesma.

- Tudo bem. Deixa eu ficar com a sua dor - Seguro minhas lágrimas - passa pra mim. Eu aguento - Os gritos dela. A dor. Seu desperto. Isso me quebra, mas preciso ser forte por ela. A culpa foi minha, eu estava armada, deveria ter e defendido ela.

- Eu matei ele - Ela diz ente soluços. Me seguro para não chorar com ela, para não desabar também. Eu nunca a vi assim. Durante anos de amizade nunca a vi se despertar assim.

- Não matou - Ela mega com a cabeça. - Eu matei. Não foi você, fui eu. - Ela continua negando sem parar. - A culpa foi minha, não sua.

- Eu sou uma maldita assassina - seus lindos olhos azuis esverdeados estão vermelhos, várias lágrimas rolando deles.

Viro ela para mim. Seguro ela fazendo me olhar. - Você não fez nada, tá me ouvindo!? Você não tem culpa, eu tenho. Então aquele cadáver está na minha conta, eu vou ser contatada disso quando for para o inferno. - Não gaguejo. Só precisa. Coloco toda culpa que, de início, deveria está em mim. - Você é um anjo na minha vida, não um assassina. Eu sou a maldita assassina. - abraço ela bem forte. Sinto suas lágrimas molharem meu ombro, mas não ligo.

Onde está o amor? - Saga Petrov's IOnde histórias criam vida. Descubra agora