Orfeu saiu pisando forte pela festa, adentrando em várias portas, mas confesso que não prestei muito a atenção, foi impossível com aquele volume se apertando na minha boceta que pulsava mais e mais clamando por ele.
Me perdi no seu pescoço durante o percurso, na sua orelha deliciosa e nos rosnados e apertos de advertência que ele dava na minha bunda.
Só percebo que finalmente chegamos quando ouvi a porta bater e a chave trancar. Me inclinei para observar o lugar, mas o quarto está propositalmente mal iluminado, uma luz avermelhada apenas dava foco à mesa de madeira exatamente igual a que ele fodia a Esmeralda naquela maldita videochamada.
Desviei o olhar da madeira e voltei a atenção para Kalyvas que me olhava como o lobo mal prestes a devorar a chapeuzinho.
— Está com medo? — a rouquidão junto com terceiras e quartas intenções na sua voz deveria de fato me deixar com medo, mas toda a descarga de energia que passa pelo meu corpo está muito, mas muito longe disso.
— Eu só quero que você me foda — tentei me agarrar a ele, mas o filho da mãe me afastou, forçando-me a tocar os pés no chão, afastando-se de mim.
— Temos muito tempo, Joana — o safado sussurrou perto da minha boca e quando eu tentei alcança-lo para beijar seus lábios, ele me virou fazendo-me ficar de costas para ele, prensando o volume que almejo nas minhas costas nuas.
Gemi quando seus dedos pesados começaram a apertar minha nuca, em uma massagem nada delicada, mas longe de estar machucando. Inclinei o pescoço para o lado direito, tombando-o em uma das suas mãos, o que o fez se inclinar para chegar com os lábios no lado do meu pescoço que ficou exposto.
— Você não tem noção do quanto preciso dessa sua boceta gozando no meu pau — suas palavras sujas vieram junto com um aperto mais pesado, o que fez minhas pernas se apertarem uma na outra, tentando em vão aliviar um pouco desse prazer que só se acumula.
— Então entra nela — praticamente implorei, fechei os olhos e levei minhas mãos as suas coxas, desestabilizada, tentando manter-me em pé enquanto minhas pernas estão virando gelatina a cada lambida que ele me dá, arrastando a língua sensualmente contra minha pele, acabando com meu psicológico pouco a pouco.
— Abra os olhos, Joana — ordenou afastando o rosto do meu pescoço. Ele colou sua orelha com a minha, juntando ainda mais nossos corpos. — Por enquanto quero que veja tudo o que vou fazer com você.
Suas mãos nos meus ombros começaram a me guiar para o único lugar bem iluminado, para a mesa. A cada passo minhas pernas ameaçavam ceder, mas meu corpo sabia que dali viria prazer, então as obrigava a continuar.
Era ainda mais exótico ao vivo, me enganei achando que era a mesma cama que ele fodia a ruiva, era ainda mais crua que aquela, não havia acolchoado, apenas a madeira na sua essência natural, um retângulo maior onde sei que é onde vou deitar e o xis onde minhas pernas serão colocadas para ficar expostas. No final da outra ponta há uma coisa que não consigo identificar direito, mas imagino que seja para amarrar alguma coisa, talvez ele vá acrescentar mais apetrechos para essa loucura toda.
— Entende o que vamos fazer aqui, Joana? — sua boca está perto da minha e eu sou capaz de sentir o hálito quente que sai dos seus lábios, arrepiando minha pele.
— Sexo — respondo olhando nos seus olhos escuros.
— Não é sobre sexo, Joana — não sei de onde ele conseguiu aquele pedaço de pano, mas de repente havia um tecido de seda escorregando pelo meu braço junto aos seus dedos. — Foder é fácil, instintivo, natural... — observei atentamente o percurso dos dedos grossos e tatuados arrepiando-me por onde passam, brigando internamente com minha ânsia e desejo, a curiosidade e o medo. — O que vamos fazer aqui não se trata de sexo — prendi a respiração quando Orfeu passou a fita pela minha garganta, mas logo desviou dela para amarrá-la em meus olhos, privando-me da visão. — É sobre entrega, Joana — sua voz de repente estava no meu ouvido, em um sussurro que foi capaz de melar minhas pernas. — É sobre autoconhecimento — seus dedos desceram, agora sem a fita, pelos meus braços, indo para minha cintura, contornando pouco a pouco meu corpo. — Sobre prazer. Desejo. Liberdade de ser quem você deseja — soltei um gemido inconsciente quando percebi que ele havia me deixado totalmente nua no meio tempo em que sua voz me embriagava, mas nem tive tempo de contestar quando os mesmos dedos que me arrepiavam gentilmente, agora estavam firmes nos meus seios.
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SHARBERTY - A Liberdade Inexplorada
RomanceJoana Sharp nunca pensou que iria gostar de ser o centro das atenções. Nunca pensou que iniciar uma nova jornada apostando em algo que acredita, iria lhe trazer tantos benefícios - financeiro, mental e pessoal -, também não pensou que dinheiro e vis...