Capítulo 8

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Depois da noite absurdamente fodastica que tive, minha definição de sexo foi atualizada.

Sério.

Sem comparações.

Algo totalmente diferente do que já experimentei e ao mesmo tempo insano.

Confesso que meu corpo surpreendeu a mim mesma, não esperava gostar tanto de uma pegada mais bruta, já que foi algo que sempre me deixou mais travada na hora H.

Mas com Orfeu foi diferente, talvez por conta de toda a aura envolvente, primitiva e indomável que o rodeia.

Eu já estava no aeroporto, só esperando o horário do vôo para embarcar de volta para casa.

Cheguei em Atenas uma Joana totalmente diferente da que está partindo. Esses poucos dias me abriu tantas portas e tanto a minha mente, que ainda me falta o ar quando penso em como será daqui para frente.

A ALM terá uma expansão gigantesca, iremos conseguir ajudar uma infinidade de mulheres tão grande, que meus olhos enchem de lágrimas ao pensar na sorte que tive, e por consequência a sorte que elas terão — por ter o acesso a essa oportunidade ainda mais cedo do que o esperado.

Minha amiguinha nunca mais será a mesma também. Não sei se conseguirei esquecer tão cedo a sensação que é ter Orfeu Kalyvas me tocando e me tomando.

Por que o meu corpo é traidor desse jeito? Por que ele só se satisfaz com homens que não vale a água que bebe?

Quando aconteceu o que aconteceu com o Mike passei a achar que o problema estava em mim, depois do Orfeu tenho a certeza disso.

Sou um ímã para canalhas.

O problema maior é que eles metem bem.

Meter bem, não é, de longe, um termo que chegue perto ao que fizemos naquela cama — box, pia e chão.

Só a mera lembrança é capaz de me arrepiar, o que comprova que não poderemos deixar isso acontecer nunca mais.

Assim como o combinado.

Mas o acordo foi antes de vocês terem dormido juntos! Uma vozinha dentro de mim tenta desesperadamente me fazer mudar de ideia e correr para implorar mais uma noite de aventuras.

Mas se tem algo que nunca vou fazer no mundo, é deixar que Kalyvas me leve na conversa.

Vou tentar estar sempre um passo a frente.

Despertei do meu devaneio e suspirei sozinha afastando todos os pensamentos que envolviam as mãos daquele homem no meu corpo.

Fui até a área de embarque e em poucos minutos já estava dentro do avião a procura do meu lugar.

Me sentei no mesmo número da primeira classe que vim, o que me fez perceber o quanto a secretária do Orfeu é metódica.

Desbloqueei meu celular, respondi algumas mensagens referente a associação e antes que eu me desse conta tinha um homem se sentando ao meu lado.

Percebi sua presença tarde demais, a essência máscula me atingiu no exato momento que seus olhos encontraram os meus.

Ele falou alguma coisa em grego, mas precisei de alguns segundos para conseguir assimilar aquele homem ao meu lado.

— Desculpe, não falo sua língua — respondi em inglês assim que consegui formular uma frase.

Gente, que olhos são esses?

— É inglesa? — o sorriso nos lábios carnudos estavam deixando o ar rarefeito.

Vou tentar exemplificar o homem na poltrona ao meu lado: outro semideus.

SHARBERTY - A Liberdade InexploradaOnde histórias criam vida. Descubra agora