IV.

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Louis Tomlinson

Depois de tomar um banho rápido e me despedir de Liam dizendo que depois devolveria suas roupas (de péssimo mau gosto se me permite dizer) saio de seu prédio que é um pouco longe do meu e logo procuro um táxi.

Espero alguns minutos e um táxi finalmente aparece. Entro e dou o endereço do meu prédio ao taxista que não parece em um bom dia, mas assente e segue caminho sem dizer nada.

Repenso comigo mesmo se o que eu estou cogitando em fazer é o certo. Eu deveria confiar no Ethan, mas essa não é a primeira vez que algo assim acontece.

Quando uma vez que saímos para beber, ele não parava de receber mensagens de alguém que ele disse ser a mãe. Na hora estávamos bêbados então não dei muita importância, mas me recordo de depois da sexta ligação ele dizer que tinha que ir para casa e eu me ofereci para levá-lo já que estava de carro. Ele negou tanto a carona que fiquei até assustado.

Houveram outras ocasiões desse tipo, mas nada que merecia muito alarde. Bom, pelo menos não naquela época.

Depois de dez minutos chego ao meu destino. Tiro o dinheiro da carteira e pago o taxista murmurando um "bom dia" antes de sair apressado do carro e subir as escadas.

Antes que eu comece a subir os degraus, dou de cara com o síndico do edifício. Quase reviro os olhos, estou fugindo desse cara a semanas.

– Sr. Tomlinson, que bom que encontrei você aqui – ele diz sínico como sempre.

Sua estatura baixa e seus cabelos castanhos ralos não lhe dão um ar de muito respeito, apenas sua chatice diária que faz com que ninguém o questione.

– Dom ao que devo a honra? – me viro para ele usando minha dose sarcasmo.

Ele se aproxima mais de mim que estou parado no começo da escada.

– Quem dera fosse, fui informado de que seu aluguel está atrasado e se não resolver isso levará uma ordem de despejo na cara. – assim como eu não gosto dele, ele também não gosta de mim.

– Obrigado pela ótima informação, Dom! Te vejo por aí! – o lanço um sorriso falso e volto a subir as escadas correndo.

Entro em meu apartamento que aparenta que um furacão passou aqui. Ignoro como sempre, preciso de uma diarista. Eu até poderia tirar um tempo para limpar, mas desde sempre eu odeio fazer tarefas domésticas, então está fora de cogitação.

Pego uma muda de roupa diferente, ninguém merece ficar com as roupas de péssimo mau gosto de Liam. Ponho uma calça de moletom cinza e uma blusa preta de alguma banda. Logo, volto para a sala e me jogo no sofá pegando meu celular que está com pouquíssima bateria.

Antes de por para carregar, procuro em meus contatos um número específico para fazer uma ligação.

Dr. Tomlinson? – depois do segundo bipe a mulher atende – Precisa de algo?

– Bom dia Marina, desculpa ligar derrepente – digo pelo celular – E sim, preciso de algo.

Oh claro, mas poderia ser rápido? Estou bem ocupada agora. – ela diz meio sem graça.

– Oh claro, desculpa – sorrio fraco – Poderia me dizer o endereço do enfermeiro Ethan Gregory?

Ela solta um suspiro surpreso do outro lado da linha antes que eu prossiga:

– Eu preciso mesmo falar com ele e como ele não atende o celular decidi ir até sua casa. E eu sei que tem as fichas dos enfermeiros aí do hospital, então pensei "por que não?" – digo usando meu tom simpático de sempre.

Traitor - Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora