XIV.

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Harry Styles

- Harry! Harry! Harry! - são as primeiras palavras que escuto ao despertar.

Reconheço como a voz de Ethan e faço um esforço mínimo para abrir os olhos, ainda estou sonolento pelo despertar repentino e não tive uma noite de sono muito boa, sendo assim tenho certeza de que meu humor não ficará muito bom.

- Estou acordado... - murmuro para que ele pare de me balançar e cale a boca, o que funciona já que assim que profiro essas palavras ele recua.

Coço meus olhos com o ante braço e os abro lentamente, um bocejo preguiçoso escapa de meus lábios enquanto tento focar no homem em minha frente.

- Está tudo bem? Vi uma blusa manchada de sangue no banheiro. - sua voz é calma ao dizer.

Lembro-me dos ocorridos na madrugada anterior; meu pesadelo, meus pontos abrindo e Louis inseguro em relação a eu deixá-lo ou não cuidar do meu ferimento. Muitas emoções em questão de horas.

- Estou bem, meu machucado ainda não cicatrizou muito bem. - resolvo dizer algo para não deixar um clima pesado logo pela manhã.

Ele assente em compreensão e se inclina em minha direção, deixando um beijo seco em meus lábios. Me forço a retribuí-lo com a mesma intensidade que ele e quando vejo que ele pretende se aprofundar mais, me afasto minimamente.

Ele franze as sobrancelhas e me encara confuso pelo meu comportamento, eu apenas sorrio para ele e ponho minha mão em seu ombro.

- Melhor não, querido, ainda não estou 100% recuperado. - eu deveria investir na carreira de ator.

Ele sorri pequeno e se afasta, se levantando da cama e se direcionando ao banheiro. Só agora percebo que ele possuí uma toalha nos ombros, suponho que iria tomar banho e encontrou a camisa que eu usava ontem por lá.

Me sento na cama e ponho meus pés, que ainda possuem as meias, no chão com carpete. Meu torso se arrepia com a brisa gelada que entra pela janela e eu levanto a procura de uma camisa, a final eu não pensei em procurar uma outra na madrugada quando me joguei de volta na cama, finalmente conseguindo dormir pacificamente.

Ponho a camisa azul clara e pego meu celular que estava em cima da mesinha ao lado da minha cama e me arrasto até o lado de fora do quarto, não perdendo tempo e indo direto para a cozinha. Antes de qualquer coisa, me sirvo um copo de água do filtro como faço todas as manhãs, é um costume que peguei da minha mãe.

Abro o aplicativo de mensagens e vejo as mais importantes primeiro.

A primeira é de Niall.

Niller💛

Hey mate! Como você está?
Volto daqui uns dias pra Doncaster e assim que chegar irei até sua casa, nem adianta reclamar.

Sorrio com a mensagem bem carinhosa de meu amigo e digito uma resposta.

Niller💛

Estou melhor.
Como vão as coisas aí na Irlanda?

Fecho a conversa com o loiro e verifico as outras enquanto beberico meu copo d'água. Logo abaixo da de Niall tem uma da minha mãe e da minha irmã, Gemma.

Traitor - Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora