VI.

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Louis Tomlinson

Depois de passar a tarde com minha família, tomando bronca de Lottie e minha mãe, sendo bombardeado de novidade das gêmeas sobre como estão indo no curso de moda em que elas conseguiram entrar a um mês, (sempre foi o sonho delas serem modelos, eu não poderia estar mais orgulho) e em como Fizzy tem saído mais de casa para festas com os amigos, (os velhos hábitos não morrem, continuo sendo o irmão coruja e ciumento) me despeço de todas e sigo caminho de volta para meu apartamento.

Meu pai nos abandonou quando eu era pequeno, então sempre foram apenas nós. Eu não poderia ser mais feliz com isso; crescendo ao lado de minhas irmãs e minha mãe que mesmo com muitos filhos, nunca deixou de trabalhar duro por nós.

Quando chego ao prédio subo as escadas sem muita animação e fico aliviado por não encontrar Dom no caminho.

Bem que disseram que felicidade de pobre dura pouco.

– Dom, poderia por favor me dar licença? – suplico ao síndico que está parado em frente a minha porta.

– Na verdade, Sr. Tomlinson, eu não poderia. – ele responde me fazendo franzir a testa.

Ele me entrega um papel que estava sem suas mãos sem mais nem menos e eu o abro curioso.

Prezado Senhor Tomlinson,

Após muitos avisos o senhor finalmente chegou ao limite e está sendo despojado de seu apartamento por falta de compromisso com o pagamento. Pedimos gentilmente que o senhor retire suas coisas até a noite de amanhã.

Atenciosamente, a Direção do prédio.

Só pode ser brincadeira.

Levanto os olhos para Dom e vejo seu sorrio sínico que eu tenho uma vontade imensa de desmanchar com o punho, porém não irei estragar minhas mãos com isso.

Essas mãos irão valer milhões um dia.

– Não poderá dizer que foi falta de aviso, não? – ele sorri antes de sair por entre os corredores.

Como se meu dia já não estivesse ruim o suficiente, ainda tenho que lidar com isso. Com a cabeça quente do jeito que estou, prefiro fazer a única coisa que ainda me resta de bom hoje: trabalhar.

Nem todos tem a sorte que eu tenho de trabalhar com o que ama, não foi fácil para mim chegar onde estou vindo de uma família humilde como a minha. Mas isso não me impediu de qualquer forma.

Desço as escadas novamente sem nem abrir a porta do meu apartamento, ou antigo apartamento. Sei o caos que está lá dentro nesse momento e eu não tenho onde enfiar tudo isso agora.

Não quero voltar para a casa da minha mãe, já sou crescidinho. Irei ficar no hospital até encontrar um novo lugar para ficar.

Chego em minha moto pela milésima vez no dia e vejo que está sem gasolina, preciso parar em um posto primeiro e é o que eu faço. Abasteço todo meu tanque e pago com minha última nota, agora é só no meu cartão e eu nem sei quanto tem nele.

Meu celular morreu de vez, tinha esquecido de por para carregar quando estava com minhas irmãs. Terei que encontrar uma boa alma para me emprestar um carregador, já que o meu ficou dentro da minha bagunça do apartamento.

Traitor - Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora