XXIII.

1.3K 139 36
                                    

Louis Tomlinson

Estou exausto, mas mesmo assim me movo rolando para fora da cama afim de lavar a mim e ao Harry que continua deitado na mesma posição.

Pego de volta minha calça de moletom e a visto, ouvindo os resmungos baixos do cacheado.

Viro-me para ele e acaricio seu rosto suadinho, com seus fios colados na testa. Suas pálpebras lutam para mantê-lo acordado e ele sorri pequeno.

- Oi - diz arrastado.

- Oi - sorrio de volta.

Ele se esforça para se sentar na beirada da cama ao meu lado.

- Vamos tomar banho - chamo.

- Eu estou com sono - reclama manhoso.

- Nem pensar que eu vou deixar você dormir com cheiro de porra na minha cama - brinco me levantando, puxando ele pela mão.

Harry pega a calça que estava em algum lugar no chão e veste de qualquer jeito. Solto uma risada ao ver que ele a colocou ao contrário.

- Vem, eu te carrego - convido me agachando de costas na sua frente, o incentivando a subir em minha garupa.

- Tá' falando sério? - sorri incrédulo e eu retribuo um sorriso, confirmando sua dúvida - Você é maluco.

Balança a cabeça, mas faz assim mesmo, pulando em minhas costas e abraçando meu pescoço, eu seguro-o por debaixo de suas coxas para impedir que ele caia.

- É melhor não me derrubar, cavalinho - brinca dando batidinhas em meu corpo com o pé.

- Engraçado...não era eu quem estava cavalgando agora pouco - provoco e recebo um tapa estalado no ombro - seu passivo agressivo.

- Anda logo, estou com sono.

Saio do quarto, tentando fazer o menor barulho possível para não acordar minhas irmãs, ou pior, minha mãe.

Mas Harry não está empenhado nisso.

- Você rasgou minha cueca, seu filho da puta - resmunga.

- Silêncio, idiota! Vai acordar todo mundo - repreendo.

- É bom mesmo que acordem, aí vão saber o destruidor que você é - continua reclamando - destruiu minha roupa, destruiu minha bunda...

Seu último comentário me faz rir e nós quase caímos escada abaixo, segurando com firmeza na mesinha que há no começo da escada e Harry se agarrando ainda mais em meu pescoço como um coala. Corro com ele me xingando nas costas até o banheiro antes que ele solte mais comentários que quase nos façam sair rolando no chão.

Tranco a porta do banheiro para evitar surpresas e o coloco no chão, ele se arrepia inteiro pelo contato de sua pele quente com o piso gelado.

- Perdi meu elástico - faz beiço ao esticar os braços para prender o cabelo com seus próprios fios.

Não resisto ao impulso de beijar o biquinho fofo que se forma ali e lhe dou um breve selinho. Ele sorri após meu ato e anda até o box, retirando sua calça no caminho e ligando a água quente do chuveiro.

Sem perder tempo, faço o mesmo que ele o o sigo, fechando o box atrás de nós e deixando o vapor quente nos aquecer.

Harry fecha os olhos deixando a água quente bater contra seu rosto e eu o abraço pela cintura, grudando nossos corpos.

- Você está bem? - pergunto.

- Sim - assente com a cabeça - só um pouco dolorido aqui atrás.

Rimos de sua brincadeira e ele apoia seus braços na lateral do meu pescoço, entrelaçando seus próprios dedos atrás da minha nuca.

Traitor - Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora