III.

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Louis Tomlinson

Viro mais uma dose de vodka na garganta e bato o copinho de vidro com força na mesa antes de olhar para Liam que faz o mesmo que eu.

Essa deve ser a quarta ou quinta dose (não estou em condições de lembrar) que viramos. Além dos drinks que bebemos quando chegamos.

Como combinamos, eu e Liam viemos a um bar famoso na cidade assim que saímos do hospital. Deixei minha moto lá mesmo e meu amigo deixou seu carro também, não queremos ter que nos preocupar em dirigir essa noite.

– Sério, Tomlinson, você tinha que ter visto sua cara quando aquele policial entrou no hospital – Payne diz um pouco mais animado do que o normal por conta do álcool em seu sangue.

Desde aquele encontro mais cedo no hospital eu fiquei meio relutante. Se aquele policial não foi para prendê-lo, o que foi fazer lá com o Ethan? Ele disse que foi buscá-lo, claro, mas isso deve ser o que mais está me intrigando.

– Nem vem! – grito apontando para o bartender pedindo mais duas doses.

– Qual é, você tá devendo ou algo do tipo? Única explicação pra alguém com 30 anos nas costas ter medo de polícia – ele caçoa pegando o copinho em cima do balcão quando o homem nos entrega.

Rio do seu comentário e faço o mesmo virando, dessa vez mais devagar, a vodka na garganta.

Não tive a chance de falar com o enfermeiro depois que levei o policial misterioso até ele, e sinceramente, nem sei se quero.

"– Vou indo, tenho coisas para fazerele diz começando a dar as costas, mas eu seguro seu pulso antes

– Quem era aquele? – aponto com a cabeça para o homem de farda que está correndo para alcançar o elevador.

– Ninguém importante, não se preocupe – ele dá de ombros antes de virar e sair andando. Não o impeço dessa vez.

Fico ali mais alguns segundos parado no meio da emergência tranquila. Mesmo ele dizendo para não me preocupar, acho isso estranho.

Balanço a cabeça e finalmente saio de lá para ver se Liam já foi ou ainda está me esperando para irmos ao bar."

Eu não nasci ontem. Sei que ele está escondendo alguma coisa e eu pretendo descobrir, mas não hoje. Hoje quero aproveitar para beber com meu amigo.

Viro a cabeça para o lado onde a segundos atrás estava meu amigo e vejo que está vazio. Franzo as sobrancelhas e passo os olhos por todo ambiente a procura dele.

Paro meu olhar sobre a pista de dança quando o vejo ali com sua calça apertada clara e sua blusa vermelha xadrez.

Como ele chegou ali tão rápido?

Ele está dançando enquanto encara um homem moreno a sua frente que também parece encara-lo. Na verdade, eles estão quase se comendo com os olhos.

Sorrio de lado olhando a cena e me viro para frente novamente me perdendo em meus pensamentos. Esse safado me chama para beber e me deixa de vela?

– Vai mais uma? – o bartender diz se debruçando no balcão olhando em minhas orbes.

Ele parece ter por volta dos 25 anos, cabelo loiro e olhos azuis meio acinzentado. É baixo e consigo ver alguns músculos em seus braços. De fato, muito bonito.

Traitor - Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora