VIII.

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Louis Tomlinson

É ele.

– Harry Styles, 28 anos, tipo sanguíneo O+ – outro homem sai de dentro da ambulância com um claro ferimento no braço.

Harry Styles. Então esse é seu nome.

– Senhor, peço que tome cuidado com seu ferimento no braço – digo com o outro – Entre e espere que um médico venha atendê-lo, vou cuidar desse aqui. O levem para a sala 3.

Os residentes seguem minha ordem e empurram a maca com o homem desacordado para a sala indicada. Vejo Ethan do outro lado muito atordoado cuidando de outros pacientes e prefiro não comunicá-lo de quem está aqui. Um lixo como ele não merece dar falso suporte a ele.

Terminamos de rasgar a parte de cima do seu uniforme policial para termos acesso ao ferimento e com seu tronco com algumas tatuagens totalmente exposto consigo ver claro como o dia onde a bala perfurou.

– Não a sinais do outro lado de que a bala saiu. Teremos que levá-lo para cirurgia para retirá-la o quanto antes. – digo para ninguém em específico – Thomas peça uma tomografia com urgência e alguém diga que iremos subir para o centro cirúrgico.

– Certo! – o residente mencionado corre para fora da sala para atender ao meu pedido.

Tateio seu corpo em busca de outros ferimentos graves mas só encontro alguns arranhados de possíveis escombros. Aproveito a espera do resultado da tomografia para limpar seu ferimento, para facilitar quando levá-lo para cirurgia. Passo álcool em um algodão envolta da buraco que a bala fez, tirando os resquícios de sangue.

Enquanto faço isso, percebo um leve movimento do seu corpo e levando rápido o olhar para encara-lo começando a abrir os olhos. Ele move as mãos para retirar o equipamento que leva oxigênio para seu nariz e boca, mas eu rapidamente o impeço.

– Harry, preciso que fique parado. Você tem um ferimento grave na costela e eu irei levá-lo para cirurgia para retirada da bala e controlar uma possível hemorragia. – comunico calmamente para que ele entenda, já que está meio atordoado com a adrenalina.

– V-você? Onde estou? – ele resmunga as palavras, claramente fraco pela perda de sangue.

– Você está no hospital, se lembra do que aconteceu? – tento fazê-lo manter a consciência.

– Eu estava em uma missão e...lembro de ser atingido mas não sentir dor. – sua resposta é tão baixa que tenho que fazer um esforço para conseguir ouvir.

Aceno com a cabeça em compreensão quando Thomas volta a sala afobado.

– Podemos levar ele para tomografia, mas tem que ser agora já que tem uma fila enorme que eu consegui pular. – ele fala embolado.

– Certo, me ajude, sim? – peço a ele que começa a empurrar a maca ao meu lado contrário.

Passamos rápido por entre o caos da emergência e eu tento entrar na frente do rosto de Harry para que Ethan não o veja, não acho que o policial queira vê-lo nesse momento. Chegamos ao corredor ainda cheio só que um pouco mais calmo. Vejo Taylor no caminho e ela passa apenas com uma ficha em mãos, sem o paciente de antes.

– Swift, cadê seu paciente? – pergunto quando ela anda atrás de mim. Harry parece ter perdido a consciência novamente, isso é até melhor já que se ele estivesse acordado iria sentir uma dor enorme.

Traitor - Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora