XVIII.

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Louis Tomlinson

– Não houveram baixas graças a vocês, doutores – Marina sorri para mim, Taylor e Liam enquanto fala – podem ir para casa se quiserem, não estão em turno.

– Obrigada Marina, mas prefiro ficar aqui um pouco mais só pra ter certeza de que está tudo bem – Taylor comenta.

– Eu também – concordo. Além de querer ficar de olho em um paciente, vou esperar Harry para ir embora e tenho certeza que ele não vai querer ir enquanto o loirinho estiver aqui.

Liam concorda conosco e nós três nos despedimos de Marina, seguindo caminho para ala dos quartos de emergência.

– Harry está aqui – anuncio.

– O quê? Ele se machucou de novo? – Taylor praticamente grita em preocupação.

– Não é isso, ele veio acompanhar o amigo que se machucou. Estão no quarto 14 – explico e ela suspira aliviada.

– Eu senti isso como uma indireta para nós irmos lá sem que você pareça um perseguidor – Liam deduz – Você está diferente, aconteceu alguma coisa entre vocês dois?

Me engasgo com a água que estava bebendo e os dois me olham com caras desconfiadas. Não tive tempo de contar a eles sobre o que rolou entre nós, não sei nem se eu deveria contar. Talvez eu devesse ver onde isso vai dar antes de dizer alguma coisa.

Não posso dizer que o beijo não mexeu comigo. Harry está mexendo com a minha cabeça e não é de hoje.

– Pode começar falando, Tomlinson – a loira para em minha frente com as mãos na cintura e eu engulo em seco.

– Eu conto depois, porque se não vocês vão ficar fazendo caras estranhas quando a gente for falar com ele – argumento rápido.

Eles bufam mas concordam, continuando andando. Consegui adiar a tortura que vai ser ouvir a Taylor dizendo que esteve certa desde o início.

Nos encaminhamos pelo corredor dos pacientes e chegamos ao quarto 14. Os dois estão sentados frente a frente na cama tendo uma conversa acalorada enquanto se saboreiam dos sanduíches que eu havia pedido para entregar.

Acho que isso virou um costume.

– Harry! – Taylor sorri de braços abertos, pronta para sufoca-lo com seu abraço.

– Não sufoque meu paciente, Taylor – brinco entrando logo em seguida e ela faz exatamente o oposto do que eu acabo de dizer.

– Também senti saudades, Tay – ele diz o mais alto que consegue por estar afundado nos braços da loira.

Quando ela o solta, eu posso observar como seu amigo Niall me encara calmamente.

– Não esperava ver você aqui tão cedo, Harry. Como está indo a recuperação em casa? – Liam se pronuncia.

– Muito bem. Sinto que posso voltar a trabalhar em pouco tempo – Harry responde – Isso é, se o seu precioso amigo me deixar fazer alguma coisa – alfineta.

– Tenha paciência e obedeça seu médico, querido – sorrio sarcástico e ele revira os olhos.

– Meu médico é um verdadeiro paspalhão, deveria conheço-lo antes de falar isso.

– Ouvi falar sobre ele. Me disseram que é um bonitão.

– Bonitão e paspalhão.

– Então assume que é bonitão?

Ele me lança o dedo do meio e eu sorrio de lado.

Posso sentir o olhar, não só dos meus amigos, como de Niall também, queimando em nossas costas. Acho que Harry reparou também, já que ele solta uma tosse fingida para dissipar a situação.

Traitor - Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora