XXIX.

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Louis Tomlinson

Encaro calmamente todas as expressões faciais que Harry faz essa noite.

Tudo sobre ele me encanta. Não menti quando disse que o amo, eu amo ele, amo tudo nele, cada mínimo detalhe. Eu poderia morrer feliz agora mesmo sabendo que ele também me ama.

E a melhor parte da noite ainda nem chegou.

– Louis? – ouço sua voz relaxada me chamar.

– Sim? – encaro seus olhos verdes.

– Está tudo muito lindo, obrigado.

Sorrio quando ele rouba um selinho de mim ao falar.

– É a terceira vez que você fala isso essa noite, meu bem – digo próximo aos seus lábios.

– Só quero que você saiba de que eu amei – sorri com covinhas fundas em suas bochechas.

Brinco com os dedos com caixinha de veludo escondida no bolso frontal da minha calça. No momento certo.

– Você não quis contar o que Gemma te contou – recorda me fazendo rir.

– Não é nada demais, na verdade – me espreguiço deitando com a cabeça sobre suas coxas, suas costas estão encostadas na árvore ao nosso lado e sua mão passeia lentamente em meus cabelos – Ela me contou que você ama jardins e eu lembrei desse lugar que eu costumava vim quando criança com a minha mãe.

Harry pisca lento pra mim, sem nenhuma reação alarmante quanto a isso.

– É verdade. Jardins e flores são uma das coisas que eu mais amo – conta – Lembra que te contei sobre John? – confirmo com a cabeça para que ele prossiga – Ele tinha um jardim na casa dele e eu costumava fugir muito pra lá, só pra, você sabe, respirar.

Agora é minha vez de acenar com a cabeça com um sorriso mínimo. Harry conta bem pouco sobre John e eu sei que é por conta da saudade que ele sente do mesmo.

Respiro fundo criando coragem e me sento de pernas cruzadas em sua frente, ganhando um olhar confuso de Harry pelo afastamento repentino.

Seguro sua mão com a minha e aproveito o momento apenas para observá-lo. Seus cachos brilhantes, suas covinhas na bochecha, sua boca rosa e carnuda, sem contar sua imensidão esverdeada. Tudo, tudo, tudo.

– Harry... – começo – eu amo você.

– E eu amo você – suspira de volta.

– E...pode ser cedo, mas eu não aguento mais esperar. Desde o dia em que eu fui estúpido o suficiente pra bater na porta da casa de um desconhecido, e curiosamente esse desconhecido tinha uma arma na mão e um cabelo incrível, eu soube que um capítulo muito importante da minha vida se iniciaria. Acho que isso estava reservado pra nós, pode parecer loucura, mas talvez o universo encontrou uma única maneira de fazermos nós dois nos encontramos – digo retirando a caixinha do bolso e colocando em sua vista, vendo-o arregalar os olhos – Sofremos bastante no caminho, quase nos perdemos de vista, mas o que é nosso está guardado a sete chaves e ninguém, nem mesmo nós podemos contrariar.

Pauso para tomar fôlego e continuar, vendo suas íris focadas e marejadas em mim.

– Harry, não há forma melhor de expressar todas as sensações que você me causou nos últimos meses. Foi tudo como uma montanha russa, ou como você diz, um riacho. Acho que finalmente chegamos na parte calma desse riacho, por isso eu preciso saber...Quer namorar comigo?

Uma pausa torturante se dá entre nós, aproximados dez segundos de puro nervosismo. Até que finalmente palavras deixam seus lábios.

– Louis...meu Deus, sim, sim e sim – responde embolado se jogando sobre mim e me derrubando com as costas no lençol branco – Puta merda, você é perfeito.

Traitor - Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora